sábado, 5 de novembro de 2011

PMs, FFLCH e a USP.


Algumas reflexões


Estive nas duas manifestações, na da Segunda e na de Terça e depois assisti a boa parte da assembléia de Terça no prédio da Geografia.
O que acho que ocorreu?
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1 - É fato que a PM incomoda os maconheiros, assim como existem muitas caixas pretas, como quem distribui cerveja para os CAs, existe também um negócio muito rentável de locação do espaço público na universidade, muitas barracas de tapioca dão grana a muitos dos militantes de esquerda através de seus grupos organizados. É fato também que quem compra drogas sabe quem vende e onde comprar, logo, uma revista ou uma investigação séria pode comprometer muita gente.
2 - Mas creio que nada disso importou, de fato, para o que está acontecendo agora na USP.
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Acredito que o motivo de tudo isso é a guerra entre os grupos de extrema esquerda pela posse do DCE na próxima gestão. O alvo é o atual grupo que controla o DCE e o prêmio é um palanque eleitoral para o ano de 2012 que se aproxima, principalmente para os cargos de vereador. O que gritam é `fora rodas', mas o que pensam é fora PSOL.
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3 - É uma briga de cachorro grande que levou o movimento estudantil de extrema esquerda a sua maior derrota em todos os tempos na USP como um todo.
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5 - Queria, desmoralizar a atual gestão do DCE, mas o plano saiu pela culatra. O que os radicais não previam é que na assembléia de Terça o grupo do DCE teria forças para vetar a invasão do prédio da administração da FFLCH.
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6 - O movimento estudantil radical de esquerda nunca se preocupou com o que eles chamam de direita pois não existe hoje na política qualquer partido de direita que tenha a mesma estrutura e capacidade de mobilizar massas como eles tem, afinal, quem trabalha não pode ficar o tempo todo se manifestando... O foco da luta de um grupo radical de esquerda é sempre outro grupo radical de esquerda. O que está em jogo não é mobilizar os estudantes da USP, mas se legitimar como sendo o real representante dos estudantes da USP.

7 - Com essa briga de comadres algumas coisas importantes vieram a tona, a primeira é que não se pode falar em movimento estudantil na USP. Cada grupo procura ver o seu lado e se sobressair sobre os demais. No início a imprensa falavas sobre 'OS ESTUDANTES DA USP' e agora fala em 'UM GRUPO DE ALUNOS'. Pode ser que a memória da população falhe, mas agora q USP tem sua comunidade dividida entre baderneiros/maconheiros e estudantes. Os radicais de esquerda perderam legitimidade e o direito de representar a USP.
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8 - Ao invadir a reitoria um grupo contrário ao DCE tenta salvar alguma coisa desse naufrágio, mas destrói ainda mais o movimento estudantil, pois fazia tempo que uma assembléia geral da USP tinha tanta gente e esse bando de gente não aprovou a invasão da reitoria.
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9 - Se rodas desejar usar a PM para reocupar a reitoria ele poderá argumentar que esse ato não foi aprovado pelos órgãos deliberativos dos próprios estudantes.
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Acho que isso pode ser uma boa oportunidade para se construir das cinzas um novo movimento estudantil dentro da USP, um movimento que esteja interessado em OUVIR os estudantes e não somente em FALAR para eles.

Fonte: Cesar Tiossi

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