quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A direita não faz parte do movimento estudantil




Uma questão a ser debatida seriamente por todos os que estão na luta 
A direita não faz parte do movimento estudantil
Um fato absurdo, intolerável, precisa ser amplamente discutido e esclarecido entre os estudantes que estão lutando contra a Polícia na USP, os processos contra estuantes e funcionários e a ditadura do reitor-interventor João Grandino Rodas. Trata-se do fato de que a direita está tentando se infiltrar no movimento estudantil por meio de uma cobertura pseudo-democrática, a chapa Reação lançada para as eleições do DCE



A chapa Reação, como se pôde ver nos cartazes divulgados na USP e nas redes sociais, não faz nenhuma questão de esconder sua ligação a indivíduos da ditadura militar, assassinos e torturadores, hoje também camuflados de democratas. Na foto em questão, o encabeçador da chapa Reação, Rodrigo Souza “paga lanche” Neves, aparece abraçado a Paulo Maluf, um elemento que fazia parte do aparelho repressivo da ditadura e um dos que ajudaram a organizar o assassinato e a tortura de militantes de esquerda por meio da tenebrosa Operação Bandeirante (OBAN), criada durante seu mandato como prefeito biônico de São Paulo.

Uma das vítimas da OBAN de Maluf e da ditadura militar, foi o estudante Alexandre Vanucchi Leme, torturado e assassinado pelo DOI/CODI em 16 de março de 1973.


Agora, os representantes da extrema-direita fascista da ditadura militar, que são contra o movimento estudantil, querem tomar conta do DCE Livre “Alexandre Vanucchi Leme” da USP com a ajuda do aparelho de Estado, da reacionária revista Veja etc.

Isso não podemos permitir. O DCE expressa uma luta. Seu nome não é Alexandre Vanucchi Leme por acaso. E também não é livre no sentido em que o afirmam os direitistas que são inimigos do movimento estudantil. Nosso DCE não pode estar aberto para os mesmos que torturaram e mataram Vanucchi Leme. Ele foi criado a partir de uma intensa luta contra eles: a ditadura militar, contra o imperialismo e a tentativa de entregar a USP e o País aos banqueiros e empresários.

Quem é a favor da privatização, da intervenção policial/militar na USP e contra a luta dos estudantes, não pertence ao movimento estudantil.

Não se trata de uma divergência de opinião. A linha divisória entre os torturadores e assassinos da ditadura militar e os estudantes que lutam em defesa da universidade pública e gratuita para todos está traçada com sangue.

O companheiro Alexandre Vanucchi Leme foi brutalmente torturado pelos elementos dos quais a chapa Reação é continuadora. Eles não têm lugar no movimento estudantil.

Trata-se de uma operação para destruir o DCE Livre da USP e que deve ser impedida por todos os meios necessários pelos estudantes.

É preciso discutir amplamente e esclarecer esta questão. Os assassinos e torturadores da ditadura militar, e seus continuadores, não têm lugar no movimento estudantil.


Fonte: PCO

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