segunda-feira, 29 de março de 2010

3ª "Feira do Livro" na USP LESTE

A terceira Feira do Livro da Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH) se realizará nos dias 13, 14 e 15 de abril, das 9 às 21 horas, no vão livre dos auditórios e da biblioteca do campus da USP Leste.

Mais de 70 editoras oferecerão descontos a partir de 50% em publicações voltadas a todos os públicos e que abrangem todas as áreas do conhecimento.

Nesse ano, haverá uma homenagem aos 10 anos do Fórum Social Mundial. No primeiro dia da feira, às 19 horas, a professora titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Leda Paulani, participará da mesa: "Afirmação ou enfraquecimento do discurso único na Economia”. O professor Aziz Ab’Saber falará sobre os “Desafios sócio-ambientais do século XXI” no dia 14 de abril às 19 horas, e no encerramento no dia 15 às 14 horas, os professores Alessandro Soares e Pablo Ortellado da EACH e alguns alunos contarão sobre a experiência da Escola no último Fórum Social que aconteceu no começo do ano em Porto Alegre.

A EACH está localizada na Av. Arlindo Bettio, 1000, Ermelino Matarazzo, São Paulo.

Mais informações: http://each.uspnet.usp.br/each/index.php

sexta-feira, 26 de março de 2010

EDITAL DE ELEIÇÃO PARA CA HERBERT DE SOUZA

ELEIÇÃO PARA DIRETORIA DO CENTRO ACADÊMICO HERBERT DE SOUZA

DO CURSO DE GESTÃO DE POLÍTICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Saibam quantos que por este EDITAL DE ELEIÇÃO, a COMISSÃO ELEITORAL DO CURSO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, neste ato representada por seus membros torna de conhecimento público que estará realizando, nos dias 26 e 27 de abril, PROCESSO ELEITORAL para a seleção de DISCENTES interessados em compor a diretoria do CENTRO ACADÊMICO.

  1. OBJETO
    1. O objeto deste processo eleitoral é a seleção de no mínimo 13 membros para compor a diretoria do Centro Acadêmico Herbert de Souza.

  1. DOS CANDIDATOS
    1. No período de 5 a 16 de abril de 2010, das 09hs às 13hs e das 18hs às 22hs, horário de Brasília, serão aceitas inscrições das chapas pelos membros da Comissão Eleitoral na EACH (Av. Arlindo Bettio, 1000 – Ermelindo Matarazzo);
    2. A inscrição será realizada por meio dos seguintes documentos:

    I – Documento de identidade dos candidatos (Cópia);

    II – Comprovante de matrícula no ano de 2010 (Podendo ser o histórico emitido pelo sistema júpiter); e

    III – Formulário de inscrição devidamente preenchido.

    1. A ficha de inscrição poderá ser obtida com os membros da Comissão ou por correspondência eletrônica.

  1. DOS CRITÉRIOS
    1. Só poderão efetivar a inscrição e concorrer ao pleito eleitoral, como membros das chapas, os alunos devidamente matriculados no curso de Gestão de Políticas Públicas.

  1. DA VOTAÇÃO
    1. Entre os dias 19 e 23 de abril será realizado a apresentação oficial dos candidatos e suas propostas, além de debate junto aos sócios
    2. Nos dias 26 e 27 de abril, serão realizadas as votações, nos períodos das 9hs às 10hs30; das 11hs45 às 13hs e das 18hs às 19hs30; das 20hs30 às 21hs30.
    3. Terão direito ao voto todos os alunos devidamente matriculados no curso de Gestão de Políticas Públicas, desde que, munidos com a carterinha de identificação da Universidade ou documento com foto.
    4. O preenchimento das vagas será de acordo com o critério majoritariedade

  1. DA DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
    1. No dia 28 de abril a Comissão eleitoral divulgará no mural da EACH, bem como por correspondência eletrônica, o resultado da votação.

  1. DO CASO DE EMPATE
    1. Eventuais empates serão solucionados através do critério de sorteio.

  1. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
    1. Os casos omissos serão decididos pela Comissão Eleitoral

    São Paulo, 23 de março de 2010.



    Presidente da Comissão Eleitoral


    Membros


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CÓPIA DO FORMULÁRIO:

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO INDIVIDUAL

ELEIÇÕES DE DISCENTES PARA O CENTRO ACADÊMICO HERBERT DE SOUZA DO CURSO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Eu, ______________________, Nº USP __________ através da chapa ____________________, declaro para todos os fins que sou candidato às eleições do ano de dois mil e dez para a diretoria do Centro Acadêmico do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades.

São Paulo, ___ de Abril de 2010.

____________________________

Assinatura do Candidato

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FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO INDIVIDUAL

ELEIÇÕES DE DISCENTES PARA A REPRESENTAÇÃO DISCENTE NA COC DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Eu, _________________, Nº USP ________, através da chapa __________________declaro para todos os fins que sou candidato às eleições do ano de dois mil e dez para a representação discente na COC do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades.

São Paulo, ___ de Abril de 2010.

____________________________

Assinatura do Candidato




DÚVIDAS ENTRAR EM CONTATO COM:


Qualquer dúvida:
Tatinha321@hotmail.com,
betinhogarcia@yahoo.com.br,
ratodirato@hotmail.com,
suylianne.oliveira@usp.br




terça-feira, 23 de março de 2010

Brasil passa por sua era de ouro durante o governo FHC -

Brasil passa por sua era de ouro durante o governo FHC

Crescimento é a palavra-chave que descreve o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os resultados positivos da gestão de FHC podem ser verificados em todas as esferas de atuação do Estado. No plano econômico, observou-se a consolidação do Plano real, o fim da hiperinflação – que chegara a mais de 2500% na gestão anterior –, a estabilidade monetária e as privatizações. Além disso, a implantação do programa de reestruturação do sistema financeiro brasileiro (PROER) permitiu a consolidação dos bancos brasileiros em instituições fortemente fiscalizadas. Este feito foi devidamente reconhecido por Lula, sucessor de FHC no cargo presidencial.

Assim como no plano econômico, no plano social também houve melhorias: foram implantados diversos programas de transferência de renda, tais como o Bolsa Escola, o vale-gás e o bolsa-alimentação. O governo Lula também reconheceu a relevância desta iniciativa e optou por unificar os programas sob o nome de “Bolsa família”.

Por último, no plano gerencial aconteceram profundas reformas administrativas, com modernizações de sistemas estatais. São exemplos a implementação da Advocacia Geral da União, da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Ministério da Defesa.

O grande mérito conquistado por FHC durante seu mandato foi a manutenção da estabilidade da economia brasileira através do controle da inflação, feito que há tempos não se conseguia alcançar no Brasil. É preciso mencionar que não foi sem grandes obstáculos que se manteve o controle da economia: durante o governo FHC, diversas crises assolaram o mundo, tais como a crise do México em 1995, a crise asiática em 1997-98, a crise russa em 1998-99 e, em 2001, a crise argentina, além da crise deflagrada pelos atentados terroristas nos EUA em 11 de setembro de 2001.

Há quem diga, mesmo ante os dados enumerados acima, que o governo Lula tem sido muito melhor que o de FHC devido ao crescimento que apresenta o produto interno bruto (PIB) sob a gestão do primeiro. Sabe-se, porém, que usar o PIB para medir a qualidade de vida de uma população, não é adequado. Outros indicadores poderiam ser mais apropriados neste caso, pois o aumento do PIB não traduz necessariamente uma realidade sócio-econômica melhor. O Índice de desenvolvimento humano (IDH) seria o mais adequado para medir a qualidade de vida dos brasileiros. A observação deste, permite a verificação de que os indicadores sociais apresentaram melhor desempenho durante governo FHC, que ficou superior a 1%, na média. Por outro lado, sob o governo Lula, observa-se que a taxa média foi de 0,41% ao ano (entre 2000 e 2007), valor este que fica abaixo da metade dos valores verificado nos 5 anos anteriores.

Mas se insistirmos em usar o PIB como medida de crescimento, podemos observar que nos anos FHC o PIB brasileiro se manteve muito maior quando comparado com outros países latino americanos de estrutura sócio econômica semelhante, como a Argentina.

Porém, a insistência em usar dados do IBGE sobre o PIB comparando os governos Lula e FHC consiste em grande erro. Tal análise comparativa exige cautela, pois em 2007 houve alteração na metodologia utilizada e, coincidentemente, o valor do PIB para os anos do governo FHC ficou reduzido. Assim, fica evidente que desconsiderar essa mudança metodológica em uma análise comparativa sobre o PIB (nos governos FHC e Lula), levará a uma conclusão distorcida. Por outro lado, se a comparação entre as gestões se apoiar no IDH, nos programas sociais e na estabilidade econômica, será indiscutível a superioridade de alcance do governo FHC.

sábado, 20 de março de 2010

O embargador geral - Revista Exame ed. 964.

Nos últimos tempos a revista Exame tem publicado reportagens bem interessantes sobre a gestão pública. Trago mais uma sobre Alan Zaborski, que já retardou quase 400 licitações públicas em São Paulo. Ele atua em cima de uma lei absurda sobre licitações. Tal lei , de 1993, apresenta 126 artigos e mostra o absurdo que é nosso sistema de licitações: complexo, burocrático e incapaz de evitar desvios.


O embargador geral

Por Fabiane Stefano | 16/03/2010 - Revista Exame - edição 964

Alan Zaborski, um paulistano de 36 anos, descendente de poloneses e lituanos, costumava ser um especialista em síntese de fármacos. Formado em química, há três anos abandonou o estudo das moléculas para se dedicar a uma área que, embora igualmente complexa, nada tem a ver com sua especialização: as entrelinhas de editais de licitação. Em pouco tempo, Zaborski, com sua estampa de nerd e mais de 2 metros de altura, virou um per so na gem conhecido - e temido - na administração pública do estado de São Paulo. Seu nome passou a aparecer sistematicamente nos pedidos de exame prévio de editais - etapa que precede a abertura dos envelopes com as propostas dos concorrentes. Ninguém o supera em número de embargos de licitações em órgãos estatais paulistas: desde 2007, so ma quase 400 pedidos de análise. Daí seu apelido nos corredores do governo: o embargador geral. Zaborski questiona todo tipo de licitação - desde a compra de combustível para carros da Secretaria de Saúde até a contratação de serviços de arqueólogos para pesquisas nas escavações do metrô. "Ele tentou parar a maioria das licitações que fizemos em 2009", diz José Luiz Portella, secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo. "É um transtorno, pois, se a licitação atrasa, a conclusão da obra também é postergada."

Para ler o restante do texto vá para:
http://portalexame.abril.com.br/portalexame.abril.com.br/revista/exame/embargador-geral-540729.html.
A palavra-chave é KIGALI.

terça-feira, 2 de março de 2010

GOVERNO ELETRÔNICO - LEILÃO DE ENERGIA

De vento em popa -

Por Roberta Paduan - Revista Exame edição 959.

O mais recente leilão de energia ocorrido no país mostra que o sistema de negociação criado para o setor está entre os mais desenvolvidos do mundo e começa a servir de exemplo a outros países.

Há exatos cinco anos, o Brasil inaugurava, de modo cinematográfico, um novo sistema de negociação de energia elétrica. Na ocasião, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, uma espécie de bolsa privada de negócios designada para realizar as transações do setor, montou uma operação de segurança máxima para promover o primeiro leilão de energia do país. Os participantes da disputa -- os principais executivos das empresas de geração -- foram isolados em suítes de um hotel da capital paulista. Antes de ingressar, todos tiveram de passar por detectores de metal para impedir a entrada de celulares, canetas, alianças ou qualquer objeto que pudesse ocultar transmissores ou receptores de sons, imagens ou dados. Dentro dos quartos, submetidos a uma varredura minuciosa, apenas mesas, cadeiras, computadores previamente vistoriados e um telefone que só se conectava com a central de apoio da CCEE. Uma vez na suíte, ninguém entrava ou saía antes do término do leilão.

O objetivo de tantas restrições era evitar o vazamento de informação. O maior receio do governo -- que havia recém-aprovado em lei o novo modelo de negociação -- era que os concorrentes conseguissem combinar preços, o que colocaria por terra todo o aparato pró-competição que se tentava criar na época. Há poucos dias, o 28o leilão de energia realizado no país, exclusivamente para usinas eólicas, contou com um aparato de segurança bem mais modesto. Cada empresa se reuniu onde bem entendeu e participou da negociação pela internet. A redução da segurança, no entanto, não diminuiu o nível de competição -- nem de estresse -- do evento. "A maior prova de que o leilão cumpriu seu papel foi o número de participantes e o preço final da energia", afirma Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, centro de estudos de energia elétrica. Inicialmente, 341 projetos de usinas foram inscritos, embora o número de participantes que efetivamente entraram na negociação seja mantido em sigilo. Sabe-se que 71 usinas saíram vencedoras. Essas usinas ainda não existem -- por enquanto são apenas projetos que terão de ser instalados até 2012 nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul e Sergipe para então produzir energia a partir do vento. No quesito preço, o leilão registrou o maior deságio médio de todos os realizados até agora, 21,5%. Em vez dos 189 reais por megawatt-hora médio estabelecidos como teto pelo Ministério de Minas e Energia, os contratos foram fechados por 148 reais, em média.

Os preços, que surpreenderam todo o setor, foram alcançados ao final de quase 8 horas de negociações. A CCEE funciona como uma bolsa que reúne produtores de energia (as geradoras) e consumidores (as distribuidoras, que vendem energia ao cidadão comum e às empresas). Na verdade, as distribuidoras não participam diretamente do leilão -- elas informam previamente ao governo quanto de energia precisarão no futuro, e a CCEE usa essa informação para executar a comercialização. Na hora do leilão, a CCEE busca baixar o preço até o limite em que a oferta cubra a demanda. Na prática, um sistema informatizado comanda o leilão e desconta, a cada lance, um percentual fixo do preço definido como máximo. A cada redução, os participantes são indagados pelo sistema se aceitam ou não vender a energia ofertada naquele valor. Assim que todos respondem, o sistema elimina os que declinaram e verifica se a quantidade de energia ofertada atende ao volume que se pretende comprar. Enquanto a oferta permanece maior que demanda, o sistema continua baixando o preço.

As reduções continuam até o ponto em que a oferta seja menor que a demanda. Aí, o jogo é invertido e os participantes chegam ao ápice do estresse. O sistema volta ao preço da rodada anterior e avisa aos participantes que eles têm 5 minutos para dar o último lance, o que significa oferecer o preço mínimo a que se propõem vender cada megawatt. Esse momento ocorreu após 75 exaustivas rodadas de descontos, que derrubaram o preço do megawatt-hora médio dos 189 reais iniciais para 155,15. "Foi uma tensão brutal, porque ninguém quer dar um preço muito baixo, mas também não quer ficar de fora", afirma Lucas Pescarmona, diretor do grupo argentino Impsa, que atua há 30 anos no Brasil. Ficar de fora, no caso da Impsa, significaria deixar de ganhar muito dinheiro, cerca de 100 milhões de reais anuais durante 20 anos. Para começar a receber esse dinheiro, a Impsa terá de construir até 2012 as oito usinas eólicas com as quais concorreu no leilão. Juntas, elas terão 211 megawatts de potência instalada. O investimento necessário para a construção dos parques, todos no Nordeste, será de 1,2 bilhão de reais. Outras empresas vencedoras foram Eletrosul, CPFL e Renova Energia, controlada pelo Fundo InfraBrasil, administrado pelo Santander.

O trabalho para participar de um leilão desse tipo começa muito antes da divulgação do edital. Na Impsa, começou há três anos e já custou 25 milhões de reais. Nesse período, a empresa alugou diferentes áreas no Ceará e no Rio Grande do Norte, onde instalou torres para medir os ventos e contratou consultorias especializadas nesse tipo de medição e também em licenciamento ambiental -- uma das regras do leilão é que só podem concorrer projetos já previamente licenciados pelos governos estaduais. Todo esse trabalho é o que permite definir o limite mínimo de preço aceitável durante a negociação. Os estudos de capacidade de produção e a engenharia financeira têm de ser rigorosos, pois qualquer erro pode implicar prejuízo. "De um lado, o leilão oferece contratos de longo prazo, o que é ótimo para os empreendedores. De outro, estabelece multas pesadas a quem não cumprir o acordo", afirma Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL. Para participar do leilão, todas as competidoras tiveram de depositar uma garantia em dinheiro -- 100 milhões de reais, no caso da CPFL. "Esse tipo de regra impõe disciplina ao setor e evita a entrada de aventureiros", diz Ferreira.

O sistema de comercialização de energia por meio de leilões já é usado há décadas em países desenvolvidos. O sistema inglês, do início dos anos 80, é reconhecido por muitos especialistas como um dos mais avançados do mundo. Na Inglaterra, o governo não precisa interferir nos leilões -- as próprias empresas e os consumidores entram em acordo. "Por aqui, os leilões ainda são recentes, mas têm demonstrado uma evolução significativa, particularmente pelo número de investidores atraídos", afirma Virgínia Parente, professora do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo. De acordo com Mario Veiga, consultor da PSR, uma consultoria especializada no setor, o mais importante é que o governo atua na organização do processo, mas não compra nem vende nada. "O papel do governo é coletar a demanda das distribuidoras, programar os leilões e manter a demanda total em segredo até o final. O fato de ninguém saber quanto será comprado aumenta a competição entre as geradoras", diz Veiga.

O modelo de comercialização brasileiro já despertou interesse em vários países. A CCEE e a Aneel já foram visitadas por diversas delegações estrangeiras de países como Colômbia, Costa Rica, Coreia do Sul, China e Tailândia. A Paradigma, empresa catarinense que desenvolveu o sistema de TI dos leilões, foi responsável pela operação do primeiro leilão eletrônico da Colômbia, meses atrás. Atualmente, está desenvolvendo o sistema para a maior empresa portuguesa de energia, a Galp, que comercializará eletricidade e petróleo nas bolsas europeias. "O sucesso dos leilões por aqui abriu as portas para a internacionalização da nossa empresa", afirma Gerson Schmitt, presidente do conselho de administração da Paradigma.

O fato é que os leilões brasileiros são tidos como um sucesso por quem mais importa -- os próprios investidores, que vão produzir a energia de que o país necessita. "Um dos pontos altos desse modelo de leilão é a transparência", afirma Enrique Pescarmona, presidente do grupo Impsa, que veio ao Brasil para acompanhar o leilão. "Não enxergamos maneiras de haver acordos por baixo da mesa, principalmente quando existem centenas de participantes na disputa." Em meio a blecautes por problemas em redes de transmissão, como o ocorrido em novembro, e ainda com a memória do desastroso racionamento de energia de 2001 e a ameaça que rondou 2008, não deixa de ser um alento que empresários e especialistas em energia afirmem que o país vem evoluindo no setor elétrico. Que continue assim.




CONTINUA EM http://revista/exame/edicoes/0959/economia/vento-popa


PALAVRA-CHAVE: MAPUTO

Boletim RD: A Livre Docência na EACH



No último dia 26, sexta-feira, foi realizada às 8h da manhã uma Congregação Extraordinária na EACH para a aprovação de Especialidades a serem incluídas no edital do Concurso para Livre-Docentes que encontra-se aberto na EACH. A realização às pressas da reunião se deu por conta do prazo que a Escola tinha para lançar os programas do concurso a tempo deste ser realizado.


A Livre-Docência é uma titulação obtida através de Concurso Público aberto para portadores de um doutorado e se configura como o mais alto grau acadêmico no Brasil. A sua obtenção está atrelada a uma defesa pública de uma tese e um memorial que consolide o trabalho docente. Na USP, a Livre-Docência compõe a progressão na carreira dos professores. Um professor que tem um título de Livre-Docente, passa a ser considerado um Professor Associado, MS-5. A grande maioria dos professores da USP são MS-3, Professores Doutores. A tabela abaixo mostra como se dá a remuneração entre as diferentes funções no caso de docentes em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa(RDIDP):


Função

Referência

Vencimento

Auxiliar de Ensino

MS-1

3.240,84

Assistente

MS-2

4.795,97

Professor Doutor

MS-3

6.707,99

Professor Associado

MS-5

7.997,59

Professor Titular

MS-6

9.642,43

Atualizada em Junho de 2009


Entra em jogo aí uma questão que está além do âmbito e dos objetivos acadêmicos em si. É sabido que ao longo de anos e anos a carreira de Professores no Estado de São Paulo, em todos os níveis de ensino, vem sendo sucateada e muito mal remunerada. A progressão na carreira através da titulação pode, assim, se configurar como um dos meios para se alcançar maiores remunerações que se incorporam aos vencimentos. Numa unidade como a EACH, onde grande parte dos docentes ainda buscam seu espaço no mundo acadêmico, esse certamente tem sido um fator relevante na opção pelo concurso de livre docente.


Mesmo assim, este ainda não é o aspecto mais obscuro dos concursos em busca da Livre Docência na EACH. Por ser um concurso público, espera-se um mínimo de requisitos que garantam a isonomia do processo. Não existe clareza a respeito da composição dos programas a cada semestre que mais e mais levas de concursos se abrem. Esses programas são elaborados no âmbito dos cursos de graduação(que, diga-se de passagem, assumem, assim, função administrativa numa escola sem departamentos), sem a menor garantia de influência direta ou indireta sobre os pontos por parte daqueles que almejam o título.


É comum encontrar os tópicos dos Programas que constam nos concursos repetidas e sistemáticas vezes nas Plataformas Lattes dos únicos docentes que costumeiramente se inscrevem para estes concursos. Muitas vezes, algumas áreas contemplam pontos de pesquisa que nem mesmo são pertinentes a Escola de Artes, Ciências e Humanidades. As composições das bancas julgadoras dos concursos, então, estão muito além da possibilidade e capacidade de averiguação dos membros da Congregação, em especial dos Estudantes e Funcionários, completamente alijados deste processo.


É necessária, também, uma reflexão política por trás da busca pelo pote dourado da Livre-Docência. A ocupação de cargos de gestão executiva da universidade está diretamente ligada a função que se ocupa. A ordem de ocupação dos cargos mais altos de direção começa com os MS-6, Professores Titulares, e continua até os Associados e Doutores. Com as mudanças aprovadas pelo Conselho Universitário há exato 1 ano criando subcategorias de progressão dentro de cada uma das funções(Doutor 1 e 2 e Associado 1, 2 e 3), os estamentos dentro da maior universidade do país parecem engessar-se ainda mais, evidenciando a farsa democrática que interessa aqueles que fazem a corrida pelos títulos. Assim, mesmo que o parágrafo único do Artigo 78 do Estatuto da USP diga,


Na avaliação do memorial para Livre-Docência e progressão de nível na carreira docente deverão ser consideradas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão acadêmica, preferencialmente nos últimos cinco anos.”


docentes que nunca participaram se quer da gestão pedagógica de seus cursos habilitam-se a disputa e escaladas pelo poder dentro da universidade, reservando ao mundo acadêmico um lugar secundário.


A Congregação Extraordinária do dia 26 apontou para a necessidade de discussão ampla e comprometida em suas próximas reuniões(a próxima acontece no dia 04/03) para estabelecer critérios, firmar áreas e especialidades claras e organizar os concursos dentro da unidade. Ainda assim, caso a Escola, em especial as parcelas mais amplas da comunidade Eachiana formadas por Estudantes e Trabalhadores, não se aproprie deste debate, a estrutura que beneficia a seus burocratas não vai se auto-reformar.


Leandro Ferreira, Representante dos Alunos na Congregação



Leandro Teodoro Ferreira
Cel: (11) 9263-8624
Gestão de Políticas Públicas
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo


Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

Jovens querem ser políticos

USP LESTE - EACH

Vídeo institucional da EACH parte 1.

Vídeo institucional da EACH parte 2.

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 1

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 2