sábado, 11 de junho de 2011

Lutar pelo que é nosso

O sistema político brasileiro se encontra atualmente vinculado a uma imagem que causa descrença na sociedade. A corrupção que está cada vez mais freqüente, denúncias que envolvem nomes de pessoas consideradas ilustres, e a falta de transparência nas atividades orçamentárias do Governo, são alguns dos motivos que levam a população a ficar desmotivada para escolher um candidato que realmente possa representá-la.
Muitas vezes encontramos pessoas que se aproveitam deste cenário de impunidade e corrupção para continuar alimentando a existência de situações como subornos, extorsões e nepotismo.Por isso temos que entender que existe uma distinção entre aqueles que têm vontade de poder, e os que têm vontade de constituição.Não devemos dar nossos votos para aqueles que tenham como objetivo apenas chegar e se perpetuar no poder,mas sim, valorizar aqueles que honram a nossa Constituição e façam dela a aliada mais forte nas mudanças e conquistas para a nossa sociedade.
Os motivos apontados revelam que sua causa é decorrente dos nossos representantes que não cumprem o que juram quando tomam posse, como por exemplo, no artigo 6º da Constituição Federal que prevê os direitos sociais como garantia da educação, da saúde, do trabalho, da moradia, do lazer, da segurança, da previdência social entre outros. Cabe a nós como cidadãos exigir o cumprimento do que já está estabelecido na Constituição Federal e dessa forma, conseguir ter nossos direitos devidamente concretizados.
A segurança pública que é considerada um dos pilares da nossa sociedade, acaba sendo desmoralizada, pois frequentemente nos deparamos com bandidos utilizando armas sofisticadas, que são subtraídas das corporações militares ou até mesmo contrabandeadas, deixando visível que o poder público não nos proporciona a devida proteção. Deixar questões como essa em segundo plano, faz com que os policiais não sejam bem remunerados, que os vínculos entre criminosos e esta organização pública sejam frequentes e que cada vez mais os únicos prejudicados sejam os cidadãos, por terem seus direitos sociais fundamentais não atendidos.
O artigo 144 da Constituição Federal deixa explícito que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Por isso, no momento que vamos escolher nossos representantes para ocupar os cargos do legislativo e do executivo, devemos dar mais atenção para questões como a da segurança, para que se torne verídica a execução dos nossos direitos fundamentais. Mas vale ressaltar que não é apenas na hora de votar que devemos nos preocupar em escolher o candidato certo, é nosso dever também fiscalizar e cobrar daqueles que já foram eleitos.
Devemos ter o conhecimento da nossa Constituição Federal, porque é nela que está explícito todos os nossos direitos e deveres, e a partir disso nos unir, já que todo poder emana do povo, e dessa forma eleger pessoas que sejam capazes de nos representar e concretizar tudo aquilo que já está garantido.



Referências Bibliográficas

-        BENEVIDES, Maria Victória de Mesquita. Cidadania ativa: referendo, plebiscito e iniciativa popular. São Paulo: Editora Ática, 2000.
-        Constituição Federativa do Brasil, 1988
-        CREMONESE,Dejauma A evolução da cidadania no Brasil: brevíssima introdução,1998
      -    PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi, HISTÓRIA DA CIDADANIA, Editora Contexto,1996


Natália Rocha Silva
Nº USP: 7252011
Graduanda em Gestão de Políticas Públicas
Universidade de São Paulo - USP

Um comentário:

Anônimo disse...

Natália Rocha Silva aponta para a importancia da segurança pública para destacar parte do conteúdo dos direitos sociais constantes desde o artig sexto da Constituição Federal.

Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

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