quinta-feira, 25 de junho de 2009

RESENHA 7: ANTHONY DOWNS - FLAVIA SPINELLI


RESENHA 7: ANTHONY DOWNS - TEORIA DA DEMOCRACIA


Universidade de São Paulo – USP

Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH

TEORIAS DA DEMOCRACIA

Nome: Flavia Spinelli Mezzarana

Resenha aula 7

Anthony Downs apresenta uma nova perspectiva da democracia através de uma "teoria econômica" da mesma; na qual ele demonstra as decisões políticas de cidadãos que agem racionalmente num mundo incerto.

O autor expõe que para tomar suas decisões, os indivíduos precisam considerar seu beneficio sobre ela e, considerando decisões políticas, os benefícios são "fluxos de utilidade obtidos através da atividade governamental" (pp.57). Assim, cada indivíduo possui certa renda de utilidade. Tal renda deve ser medida na unidade de tempo período eleitoral. Assim, cidadãos racionais, votam no partido que lhes proporcionará maior renda de utilidade no próximo período eleitoral.

Primeiramente, Downs considera um mundo de certeza, ou seja, no qual o cidadão recebe informações completas e sem custo. Dessa forma, para fazer suas escolhas os cidadãos precisam considerar seus diferenciais partidários. Então o cidadão vota no partido que prefere, trazendo maior renda de utilidade; a não ser no sistema multipartidário, no qual ele pode votar num partido que tem sua preferência intermediária a fim de evitar que o partido que menos prefere vença.

Depois, Downs passa a considerar que as decisões políticas ocorrem num mundo de incerteza, a qual pode ser reduzida pela informação, obtida através do gasto de recursos escassos. Essa incerteza se manifesta, pois os cidadãos nem sempre estão cientes do que o governo está ou poderia estar fazendo e porque eles freqüentemente não conhecem a relação entre as ações governamentais e suas rendas de utilidade. Essa incerteza afeta mais aqueles eleitores que não sabem qual partido preferem, dando origem à persuasão. A tentativa de convencimento daqueles que ainda não se decidiram ocorre tanto pelos partidos, quanto por outros eleitores, que já se convenceram, chamados de agitadores; ambos fornecem informações corretas, mas tendenciosas.

Esse mundo de incerteza política dá lugar aos "representantes". Os grupos de interesse, sabendo que o governo segue os desejos dos eleitores, se passam por representantes da vontade do povo, e tentam, ao mesmo tempo, criar uma vontade real que siga seus interesses. O governo tem que confiar nestes representantes como intermediários entre ele e o povo, assim como os "compradores de favor" também o são; porém estes auxiliam o governo a criar opiniões favoráveis dos cidadãos sobre políticas que o mesmo já decidiu. Dessa forma, os governos consideram alguns eleitores mais importantes que outros, fugindo da igualdade prevista pelo sufrágio universal.

O papel da informação é importante numa democracia, já que o governo representativo tem que possuir eleitorado com opiniões a serem representadas. Porém Downs demonstra que não há muito incentivo para o cidadão adquirir informação política, já que esta tem um custo e, entre o enorme eleitorado, seu voto não definirá o partido vencedor, então, como em todos os benefícios indivisíveis, o individuo negligencia sua parte dos custos. Sendo assim, a eleição não reflete o verdadeiro consentimento dos governados.

O eleitor recebe incentivos para obter informações se sua intenção é influenciar políticas, pois para tal, ele necessita de preferências especificas em determinada área. Para influenciar, o eleitor também precisa ter comunicação com o governo. Como os custos de informação e comunicação são altos, o individuo limita sua influencia a áreas onde a intervenção compensa mais, ou seja, sua própria especialização, restrita a poucos cidadãos.

Assim, Downs conclui que é irracional ser bem informado politicamente, porque os retornos não compensam os gastos; dessa forma, os cidadãos votam sem saber ao certo seu ponto de vista, e a grande maioria não está bem informada para influenciar políticas governamentais. Portanto, havendo incerteza, divisão do trabalho e racionalidade, é impossível haver igualdade política.

Um comentário:

Anônimo disse...

ESSES CAPETALISTAS, É FODA!
muito ruim.

Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

Jovens querem ser políticos

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