Em recente notícia divulgada no jornal "A Gazeta da Zona Norte" (http://www.gazetazn.com.br/index1.asp?bm=m&ed=96&s=111&ma=537&c=0&m=0) , o Clube de Regatas Tietê com 105 anos de existência está sofrendo prazo de 30 dias para reintegração de posse da Prefeitura de São Paulo. Grandes clubes da capital estão assentados em terreno sob concessão da Prefeitura. Este ano tramita na Câmara Municipal de São Paulo o Projeto de Lei para prorrogação da concessão, da qual o Clube não foi incluso. Atualmente com dificuldades financeiras e alto endividamento, consequência da péssima administração nos anos 90, o clube suspira seus últimos momentos no local.
Embora o Clube esportivo, como associação civil sem fins econômicos de caráter privado tenha como finalidade atender exclusivamente os associados, distanciando do conceito de Organização Social que preza pelo atendimento à sociedade civil, ele possui um papel provocador na área pública. Atende uma parcela da população que opta por serviços de esportes e lazer em locais que carecem da atividade e/ou que o Estado não consegue atender adequadamente, atraindo aqueles que dotam de condições financeiras para se associar. A questão da concessão do terreno reforça o potencial que o poder público tem sobre os Clubes Esportivos, assim como reacende a possibilidade de aperfeiçoamento de novos conceitos de gestão nas associações.
Sob incentivos fiscais, os clubes esportivos tem oferecido contrapartida social à Sociedade Civil, abrindo com maior frequência suas instalações para eventos estaduais e municipais através de convênios e aumento no número de militantes contribuindo para as políticas públicas sociais. Nos anos 80 e 90 não ocorria esta prática, tendo em vista que o perfil organizacional das associações estava mais fechado e o número de associados na época eram maiores que os dias atuais, consequência de mudanças culturais que tiveram início na virada do século.
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