Alunos protestam contra a possível suspensão de curso da USP Leste
Cerca de cem alunos protestaram nesta terça-feira, 22, contra a possível suspensão do curso de Obstetrícia do câmpus da zona leste da Universidade de São Paulo (USP), a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). O ato ocorreu em frente à reitoria, na Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste.
O protesto, pacífico, foi motivado por um relatório denominado Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da EACH, que aponta uma redução de, no mínimo, dez vagas de cada um dos dez cursos da unidade. Em algumas carreiras, o número chegaria a 80, o que totalizaria uma redução de 330 vagas em toda a unidade. O estudo foi orientado pelo ex-reitor da USP Adolpho José Melfi.
No caso do curso de Obstetrícia, o documento propõe que haja uma fusão dele com a graduação em Enfermagem. O texto ainda propõe a suspensão do vestibular neste ano, enquanto a situação dos egressos – que não conseguem registro profissional – não for resolvida.
O grupo que protestou, formado majoritariamente por mulheres, usou bonecas e bexigas para simular gravidez e, com carro de som e microfone, defenderam a importância do curso para o desenvolvimento da saúde da mulher no Brasil.
“A USP deve assumir seu papel de inovação. A prioridade é manter o vestibular do curso”, afirma a professora Simone Diniz, da Faculdade de Saúde Pública da USP. “Recebemos a notícia com indignação. A USP está se intimidando diante de tudo isso.”
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