sábado, 19 de março de 2011

De Zé Renato: Posição frente às eleições em GPP



Caros colegas e alunos,
segue no anexo carta de minha autoria, endereçada a todo corpo docente e discente, na qual exponho minha posição frente ao processo eleitoral do curso de GPP.
Abraços a todos; Zé Renato

Prof. José Renato de Campos Araújo
Coordenador de Curso
Gestão de Políticas Públicas
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)
Universidade de São Paulo (USP)

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Caros colegas e alunos;
Aproveito a manifestação do colega José Carlos Vaz aos docentes do curso, sobre sua posição em
nosso processo eleitoral, como uma oportunidade para expressar minhas posições enquanto docente dentro da escolha do coordenador de GPP e de seu suplente. Não podendo deixar de parabenizá-lo por assim agir, pois além de docente competente e suplente do mais alto gabarito nos últimos 5 anos, o Prof. José Carlos Vaz nos brinda com uma aula sobre como se portar, se movimentar e se expressar dentro de organizações públicas. Pois diferente de muitos que fazem debates nos corredores, em mensagens eletrônicas para poucos destinatários ou através de longos telefonemas para colegas, prefere expor sua posição com clareza numa carta direta aberta a todo corpo docente de nosso curso. 
Sem dúvida, não posso deixar de parabenizá-lo! Com certeza isso somente aumenta meu orgulho em tê-lo como companheiro de chapa e de gestão nestes últimos 5 anos. Além de me dar satisfação em lembrar que durantes estes 5 anos em todo final de ano sempre fiz questão de lhe enviar uma mensagem pessoal, na qual agradecia pelo privilégio de tê-lo como parceiro e companheiro dentro da EACH, compartilhando a gestão de nosso curso. 
Com isso, faço com prazer o que já tinha me programado a fazer nas vésperas de nosso pleito, enviar uma carta pública para todo corpo docente e discente de GPP na qual expresso minha posição com clareza frente a disputa natural que vivemos dentro de nosso curso no início deste semestre letivo, aproveitando também para fazer um breve balanço do cenário que vivemos atualmente. 
Começo pelo cenário, dado ser o que mais me aflige atualmente, e por ter certeza que as duas chapas
pleiteantes à coordenação de GPP são aptas a realizarem um ótimo trabalho nos próximos dois anos, seja qual for o resultado do processo eleitoral da próxima semana. E até porque tenho certeza que será o cenário no qual vivemos o primeiro grande desafio da próxima coordenação de curso. 
Como todos sabem, ou pelo menos deveriam saber, o resultado do processo eleitoral não será legitimado pelas instâncias da EACH e da USP, conforme relato pessoal da presidência da CG em reunião com nossa CoC na semana que precedeu o carnaval. Em outras palavras, a chapa vitoriosa na próxima semana terá  como primeira e urgente tarefa negociar, dialogar e caminhar no sentido de conseguirmos que o resultado de nosso processo eleitoral seja aceito pela CG, pela direção da EACH e pela Pró-reitoria de Graduação. Uma vez que nosso processo vem sendo contestado por estes órgãos como ilegítimo por não seguirmos o regimento das CoC da EACH e a resolução da Pró-G que regula a existência de colegiados como o nosso.
Sem dúvida, os vitoriosos terão que dialogar e negociar tanto internamente ao nosso curso como nestas instâncias da universidade para que o curso de GPP não seja prejudicado. Um exemplo somente: no próximo dia 7 de abril acontecerá uma importantíssima reunião da CG, na qual será discutido o regimento da própria CoC no sentido de ser reformado, e, principalmente, será nesta reunião que o relatório Melphi (tão falado e comentado desde ontem na EACH) será discutido para que questões como corte de vagas, fechamento de cursos e turmas sejam deliberadas. E, justamente numa reunião como essa, será o primeiro momento que o curso de GPP terá perdido sua condição de membro da CG, pois com o nosso processo eleitoral à margem do regimento atual da CoC o futuro “coordenador” será impedido de votar nesta reunião e de todas as demais enquanto insistirmos em não seguir os regimentos da nossa unidade e universidade. 
O parágrafo anterior relata só um exemplo das inúmeras dificuldades que o curso terá a partir do dia29 de março, data de término do mandato da atual coordenação. E, sem dúvida alguma, a próxima coordenação no
primeiro minuto após a proclamação do resultado da eleição já terá que se movimentar no sentido de contornar tal situação. Movimento que eu e o Prof. José Carlos Vaz já tentamos fazer nos últimos meses, mas que se mostrou infrutífero devido a dificuldades internas ao nosso curso, como todos já sabem, e pela posição institucional da presidência da CG que faz questão de cumprir o regimento. Uma vez que toda e qualquer CoC é um órgão auxiliar da CG criado por ação deste colegiado, conforme prevê a RESOLUÇÃO CoG Nº 5500, DE 13 DE JANEIRO DE 2009 (D.O.E. -29.01.2009-http://www.usp.br/leginf/resol/r5500m.htm) do Conselho de Graduação da USP, órgão colegiado deliberativo da Pró-Reitoria de Graduação. 
Não posso deixar de destacar o que já disse pessoalmente a todos ao presidir as reuniões de nossa CoC; cumprir as normas regimentais da EACH e da USP não significa em nada modificar a gestão democrática de
nosso curso. Pois desde 2006 tal gestão se implantou além dos regimentos da USP e da EACH, pois a formalização de nosso colegiado seria somente um ato burocrático administrativo que nada mudaria no cotidiano de nosso colegiado. E digo isso não por mim, uma vez que sempre garanti pessoalmente, com apoio incondicional de meu suplente – Prof. José Carlos Vaz – e de todos os docentes de nosso curso, que nossa CoC se ampliasse na participação docente como também no número de discentes que participam de nosso colegiado. Pois tenho certeza absoluta que nenhuma das duas chapas agirá diferente, dado as características e posicionamentos dos 4 candidatos nestes últimos 5 anos, e também por causa da cultura criada em nosso curso em relação ao nosso colegiado. 
A partir deste cenário gostaria de expressar meu apoio à chapa liderada pelo Prof. Jorge Machado, que tem por suplente o Prof. Eduardo Caldas, pois além de nossas afinidades de posições, fica bastante claro nos seus documentos de candidatura e de seu programa de ação que a opção da chapa é por uma atuação Política frente à gestão de nosso curso. E, sem dúvida, o que precisamos neste momento, e no futuro à frente de uma CoC ampliada e com participação ativa e efetiva do corpo discente, é de uma coordenação que entenda a dimensão política de nosso colegiado, e a partir disto faça com que nosso curso assuma papel de relevância dentro da EACH, o qual sempre ocupou desde 2005. 
Termino dizendo que fico muito feliz em ver a mobilização em torno das eleições de nosso curso, e
entendendo que qualquer que seja o resultado nosso curso somente terá a ganhar, pois com certeza todos sairemos engrandecidos deste processo. Pois Política, com P maiúsculo, se faz através do debate franco, da exposição de ideias, e com os participantes não tendo vergonha ou receio de expressarem suas posições. Pena que uma parte de nosso curso opte pela demagogia, pela retórica inconsistente e pelo populismo descarado, no qual a palavra é utilizada para produzir discursos rebuscados nos quais se grita em nome do coletivo e da democracia nas linhas, mas nas entrelinhas fica claro que a preocupação é sempre individual, oportunista, reacionária e autoritária. E o que é pior, fazendo proselitismo durante sua atividade acadêmica e didática dentro das salas de aulas de nossa escola. E faço questão de deixar claro, que estas palavras não se aplicam em nada e passam longe dos colegas Fernando Coelho e Cecília Olivieri, colegas os quais respeito profundamente e que sempre agiram com lealdade e profissionalismo no nosso cotidiano de trabalho acadêmico; exemplo que poderia e deveria ser seguido por todos de nosso curso. 

São Paulo 19 de março de 2011

Para ler o original da carta clique aqui.


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