Foi bastante noticiado essa semana uma manifestação popular que gerou polemica e torceu alguns narizes da sociedade brasileira que, apesar de afirmar o contrario, é bastante conservadora. Foi a marcha das vadias.
Essa manifestação iniciou-se ano passado no Canadá, quando uma autoridade policial disse em uma palestra sobre segurança que, para não serem estupradas, “as mulheres deveriam evitar de se vestir como vadias”. Tal declaração gerou obviamente uma grande revolta por parte de grupos feministas, que se organizaram e decidiram mostrar que o crime de estupro não é culpa de como as mulheres se vestem, mas sim dos criminosos.
Rapidamente o movimento se tornou grande e se espalhou pelo mundo todo, no Brasil não foi diferente, e desde o ano passado ela acontece em diversas capitais do país. Ressalto que esse movimento está intimamente fundamentado no inciso III, do artigo 1º de nossa constituição, que garante a dignidade da pessoa humana.
Ora, qual é a ordem correta das coisas, ensinar uma mulher a não ser estuprada ou
ensinar os homens a respeitar a integridade de uma mulher? Fica evidente o quão enraizada está a idéia de que a culpa do estupro é da própria vitima, isso é
ultrajante! A que ponto chegou a mentalidade das pessoas de acreditar que a forma como uma pessoa se veste está ligada a sua vida sexual ou a sua disposição para tal?
Essa manifestação iniciou-se ano passado no Canadá, quando uma autoridade policial disse em uma palestra sobre segurança que, para não serem estupradas, “as mulheres deveriam evitar de se vestir como vadias”. Tal declaração gerou obviamente uma grande revolta por parte de grupos feministas, que se organizaram e decidiram mostrar que o crime de estupro não é culpa de como as mulheres se vestem, mas sim dos criminosos.
Rapidamente o movimento se tornou grande e se espalhou pelo mundo todo, no Brasil não foi diferente, e desde o ano passado ela acontece em diversas capitais do país. Ressalto que esse movimento está intimamente fundamentado no inciso III, do artigo 1º de nossa constituição, que garante a dignidade da pessoa humana.
Ora, qual é a ordem correta das coisas, ensinar uma mulher a não ser estuprada ou
ensinar os homens a respeitar a integridade de uma mulher? Fica evidente o quão enraizada está a idéia de que a culpa do estupro é da própria vitima, isso é
ultrajante! A que ponto chegou a mentalidade das pessoas de acreditar que a forma como uma pessoa se veste está ligada a sua vida sexual ou a sua disposição para tal?
Esse movimento é extremamente importante para explicitar para se futuras gerações em que lugar as mulheres devem se colocar perante os homens; juntos!
Essa marcha trás à tona a discussão sobre a igualdade de direitos que é muitas vezes desrespeitada em diversos ambientes, basta citar empresas que mesmo quando um homem e uma mulher ocupam o mesmo cargo, sua remuneração é diferente, sendo esta obrigada a entrar com um processo na justiça do trabalho pedindo equiparação salarial, ou o caso não tão recente
da estudante de uma universidade paulista que foi hostilizada pelos colegas por usar um vestido curto, tendo ela que sair escoltada por policiais. Acontecem também no próprio ambiente familiar,
onde tarefas domésticas são delegadas à mulher, pois são considerados como trabalhos inferiores.
Justamente nesse ponto que as coisas tem de mudar, na educação de nossos filhos, que chegaram nesse mundo a pouco tempo e podem ser a mudança real da sociedade. Não é certo que uma mulher tenha que se cobrir da cabeça aos pés para “evitar de ser estuprada” mas sim que a mentalidade machista e misógina mude. É bastante relevante também citar as frases de ordem que foram utilizadas como: “nem puta, nem santa, livre!” ou “eu não vim de sua costela, você que veio do meu útero”. O preconceito com o sexo feminino, e a idéia de que a mulher não é soberana de seu próprio corpo me causa repulsa, garantir que essa marcha aconteça de forma livre é garantir além do direito a dignidade humana, a própria liberdade de expressão e um futuro melhor para a nossa sociedade.
Essa marcha trás à tona a discussão sobre a igualdade de direitos que é muitas vezes desrespeitada em diversos ambientes, basta citar empresas que mesmo quando um homem e uma mulher ocupam o mesmo cargo, sua remuneração é diferente, sendo esta obrigada a entrar com um processo na justiça do trabalho pedindo equiparação salarial, ou o caso não tão recente
da estudante de uma universidade paulista que foi hostilizada pelos colegas por usar um vestido curto, tendo ela que sair escoltada por policiais. Acontecem também no próprio ambiente familiar,
onde tarefas domésticas são delegadas à mulher, pois são considerados como trabalhos inferiores.
Justamente nesse ponto que as coisas tem de mudar, na educação de nossos filhos, que chegaram nesse mundo a pouco tempo e podem ser a mudança real da sociedade. Não é certo que uma mulher tenha que se cobrir da cabeça aos pés para “evitar de ser estuprada” mas sim que a mentalidade machista e misógina mude. É bastante relevante também citar as frases de ordem que foram utilizadas como: “nem puta, nem santa, livre!” ou “eu não vim de sua costela, você que veio do meu útero”. O preconceito com o sexo feminino, e a idéia de que a mulher não é soberana de seu próprio corpo me causa repulsa, garantir que essa marcha aconteça de forma livre é garantir além do direito a dignidade humana, a própria liberdade de expressão e um futuro melhor para a nossa sociedade.
Georges Evangelos Loucas Nº USP: 7555089
Bacharelando em Gestão de Políticas Públicas pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades
(EACH) da Universidade de São Paulo (USP)
(EACH) da Universidade de São Paulo (USP)
Direito Constitucional
Profº Drº Marcelo Arno Nerling
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