Para disciplina Ciencias da Natureza do Ciclo Básico - primeiro semestre de 2008.
Autores: Rafael Prado Celso, Regina Cassai Alves, José Renato
Seção 7 - Mudanças Climáticas e o Desenvolvimento Sustentável
Palavras-Chave: Mudanças Climáticas; Desenvolvimento Sustentável; Consumo Sustentável.
Título: Desenvolvimento e consumo sustentável para o Séc.XXI
A partir da invenção da máquina a vapor bem como os processos da Revolução Industrial, novas oportunidades e novos objetos de fruição em favor da otimização dos sistemas produtivos foram atomizados.
Através dos estudos do setor, Herry Ford, já no início do séc. XX, perante as idéias de Taylor criava a produção seriada na indústria. Inventado o automóvel, incentivou-se a abertura de oportunidade para seu consumo gestada no ventre desta política econômica denominada Fordismo. Juntamente das demais criações da ciência, que se avolumavam, o consumo de combustíveis fosseis e carvão mineral crescia assustadoramente, pois traziam progresso e regalos à sociedade. Não havia limites.
Hoje, em pleno séc. XXI – aproximadamente 100 anos após este "boom" tecno-industrial – a sociedade global enfrenta graves problemas no âmbito social, político, econômico e ambiental perante a escassez de importantes matérias-primas, por exemplo o petróleo, que se tornou a principal matriz energética da industria contemporânea.
No contexto destas observações, é de plena necessidade entender o conceito de "Desenvolvimento Sustentável" como agente de integração entre a esfera econômica, social e ambiental – de forma a propiciar desenvolvimento econômico enquanto se promove sustentabilidade ao meio ambiente e aplicabilidade social. Para tanto, a politização do consumo em modelo sustentável, confere um vetor positivo na construção de um padrão que vise o consumo sustentável.
Segundo depoimento de críticos do espaço Greenpeace (Greenpeace.org.br), "o consumismo ético é fundamentalmente anti-democrático, muito embora os atuais padrões de consumo são ainda insustentáveis por excelência, injustos socialmente e depredadores do meio-ambiente". "Urge, portanto o estabelecimento de um novo padrão de desenvolvimento (Ribemboim, Jan - 1997)".
Existe também, o que teóricos associam "ao status social do consumo", ou seja, o tipo de consumo não considerado como uma necessidade absoluta, mas necessidade relativa (com propósitos não econômicos). De certa forma, o problema não é intrínseco ao consumo, mas aos seus padrões e efeitos no que se refere à conciliação de suas pressões sobre o meio ambiente e ao atendimento das necessidades da humanidade, que variam desde bens primários no cumprimento das necessidades básicas a bens supérfluos que trazem satisfação e regalos a cada indivíduo.
Segundo estudos da WW Foundation, é sabido que, os países ricos (menos de 20% da população mundial) são responsáveis por cerca de 80% do consumo privado mundial; enquanto os países de menor renda (cerca de 35% da população terrestre), respondem por apenas 2% desse mesmo consumo. Significa, então, que se a América Latina, Ásia e África tivessem o mesmo padrão de consumo dos países ricos, seria necessário mais dois planetas iguais ao nosso para poder conseguir a produção de alimentos necessária à demanda global.
O fato é que todo esse progresso experimentado com as novas descobertas e invenções, trouxe e continua trazendo prejuízos ao planeta pela não adesão de políticas ambientais e padrões sustentáveis corretos. O clima está mudando; a alteração do regime das chuvas; o aumento e intensificação de fenômenos meteorológicos (furacões, maremotos, tsunamis) – são exemplos incontestáveis. "Sabe-se que somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 7°C. Parece pouco, mas este aquecimento esta alterando o clima em todo o planeta" (Greenpeace.org.br).
É plenamente necessária a existência de instituições comprometidas na preservação dos ativos naturais; que estimulem a regeneração dos recursos renováveis e a manutenção das diversidades biológicas – na medida em que novas tecnologias ambientalmente limpas e sustentáveis são desenvolvidas, e poupem o gasto intensivo de matéria natural
Cabe, portanto, a sociedade reivindicar Políticas Públicas que promovam maior acesso ao conhecimento científico e desenvolvimento de novas opções tecnológicas no campo das relações ambientais, bem como aos tomadores de decisão – aprovarem medidas sustentáveis de governo, junto da adesão de novos tratados ambientais e métodos de politização social diante às formas de consumo. Ainda que a necessidade de consumo seja intrínseca ao ser humano – este deve ter consciência de seus impactos em âmbito global e individual; estar interado quanto à possibilidade de ação em favor de uma realidade mais sustentável, pode não ser a solução imediata – mas, para se atingir a macro-esfera sócio-ambiental, devemos investir primeiramente nas relações individuais de forma que cada indivíduo pratique ações de consumo sustentável.
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