quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ARTIGO PARA: A CIDADE CONSTITUCIONAL E A CAPITAL DA REPÚBLICA III.

Aos organizadores da "A CIDADE CONSTITUCIONAL E A CAPITAL DA REPÚBLICA III.

 

REQUERIMENTO

 

Eu,  PEREIRA, I. B. ildeu.pereira@usp.br,  RG, CPF, TEL, GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 4º SEMESTRE. Venho por meio deste requerer participação no processo de seleção A CIDADE CONSTITUCIONAL E A CAPITAL DA REPÚBLICA III.

 

 

 

Qual a política externa do Governo Lula?

 

 

Qual política externa o Itamaraty reserva para os nossos vizinhos latino-americanos? Busquei teses e trabalhos acadêmicos para embasar o presente artigo e tive dificuldade em determinar qual a política do atual governo para com nossos vizinhos, principalmente aqueles limítrofes ao Estado brasileiro.  

O governo Brasileiro, aparentemente, tem mostrado mais simpatia aos nossos vizinhos que pregam a união bolivariana do que àqueles tem implementado políticas mais voltadas ao status quo ocidental. Haja vista os pronunciamentos das autoridades com relação aos atos oriundos de governos que estão "refundando" seus Estados, o Chaves na Venezuela, Morales na Bolívia e Rafael Correa do Equador.  

Álvaro Uribe assina acordo com os Estados Unidos para que este possa instalar bases em território colombiano, e isto tem gerado protestos de Chaves. O governo brasileiro, num discurso ambíguo, diz que é problema interno da Colômbia, mas pede explicação dos EUA. Não me lembro do governo brasileiro pedir explicação do governo russo quando das manobras conjuntas da Venezuela e da Rússia, assim como não lembro do governo brasileiro emitir nota sobre as armas suecas encontradas em mãos das Farcs.  

O tratamento dispensado aos governos latino-americanos tem até  o momento tem prejudicado apenas o povo brasileiro. Lula parece pleitear o cargo de presidente da América Latina, mas não pode se esquecer que foi eleito presidente do Brasil com votos apenas dos brasileiros. Precisa lembrar disto quando cede aos apelos dos paraguaios para a renegociação dos contratos sobre Itaipu ou cede as pressões da Bolívia sobre investimentos da Petrobrás, pois está negociando direitos do Brasil e não apenas direitos do governo Lula. 

É histórica a tendência de Lula e do seu partido, o PT, para o socialismo, e talvez por conta desta tendência histórica é que Lula tem tomado partido de governantes que sonham com uma revolução Bolivariana, mas digamos que seja possível isto, uma união das ex-colônias espanholas numa grande nação. Isto seria bom para o Brasil? Como viveríamos num continente com dois grandes países disputando a hegemonia do continente? Talvez a política externa, - se é que ela existe, como já disse – esteja equivocada. Imagina um grande país de língua espanhola, disputando as riquezas da Amazônia  ou a água das bacias hidrográficas limítrofes. 

A política externa brasileira tem falhado nas defesas mais básicas dos nossos direitos. Não conseguimos fazer cumprir os contratos do Mercosul, tanto que a Argentina vive criando barreiras para nossos produtos, em especial para aqueles da linha branca, tal como lavadoras, fogões e geladeiras, alegando que estamos destruindo o parque industrial argentino. Mas ao mesmo tempo em que impõe barreiras para importações brasileiras, eles estão aumentando de sobremaneira as importações da China. E o atual governo, seguindo sua política de não melindrar nossos vizinhos acata e, além de não exigir cumprimento dos contratos e acordos,  nem mesmo endurece o discurso ameaçando criar empecilhos para os produtos argentinos que entram livremente em ao nosso mercado. 

 

O Itamaraty, que já foi muito elogiado pelos diplomatas do mundo, vive uma letargia já há muitos anos. Falta um rumo, uma orquestração para direcionar seus diplomatas e assim dar-lhes condições de defender os direitos dos brasileiros, algo que há muito não vemos nosso presidente fazer.

 

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