sexta-feira, 3 de julho de 2009

RESENHA:"A GUERRA CIVIL NA FRANÇA" DE KARL MARX E ENGELS - NELSON SOARES FILHO

USP - EACH - GPP
TEORIAS DA DEMOCRACIA - Prof. Dr. Wagner Pralon Mancuso

Aluno: NELSON SOARES FILHO


A introdução feita por Friedrich Engels para a edição de "A Guerra Civil Publicar postagemna França", de Karl Marx, se foca na história da Comuna de Paris, ocorrida em 1871, vinte anos antes de tal relato. Nela, é feita uma retrospectiva dos eventos que ocorreram naquele movimento, ressaltando-se o caráter de classe existente, no caso, da classe proletária. Engels defende a Comuna por julgar suas atitudes justas e procura situá-la através da significação histórica de suas atividades. Nela, todos os membros eram operários ou seus representantes. Cita o exemplo dos Estados Unidos, onde segundo ele havia independência do Estado para com a sociedade de uma forma negativa, já que o governo formava uma classe separada daquela a qual deveria servir. Na França, a Comuna conseguiu uma fórmula para impedir tal situação, que foi a realização de eleições com direito de revogação do mandato a qualquer momento e o estabelecimento de remuneração igual para funcionários graduados ou modestos. Desta forma, as principais conclusões de Engels nessa reflexão são de que quando o proletariado age como classe independente defendendo seus interesses e reivindicações, a burguesia sente-se afrontada demonstrando crueldade e vingança, de que a história da Comuna de Paris é a de medidas contra a exploração dos operários e o poder da Igreja, que o Estado é uma máquina de opressão de uma classe por outra e que a Comuna de Paris era o melhor exemplo até então de ditadura do proletariado.
Na obra de Marx propriamente dita, também ressalta-se as características da Comuna de Paris, como uma forma política mais flexível, um governo nacional autêntico, que é a representação de todos os elementos sãos da sociedade francesa, um governo da classe operária para a emancipação econômica do trabalho, com os proletários compreendendo ter chegado o momento de tomar em suas mãos a direção dos negócios públicos, tornando-se donos de seus destinos. Isso se materializa com medidas que expressavam a linha de conduta de um governo do povo pelo povo, como organização da unidade da nação mediante um regime comunal e luta da classe produtora contra a classe apropriadora, com o objetivo de extinguir a dominação de classe. Marx pontua a conspiração da classe dominante para esmagar a revolução por meio de uma guerra civil como um triunfo sangrento, já que tal classe se organizou em Versalhes para derrubar a Comuna e retomar Paris sob o comando de Thiers e tal luta foi responsável por milhares de mortes. Ao relatar o fracasso do ponto de vista da justiça dos regimes da República, Império e Feudalismo, Marx faz uma exaltação da Comuna como uma forma positiva de República, uma nova sociedade que deve ser perseguida como ideal, já que há impossibilidade de paz entre os que trabalham e os que vivem do trabalho alheio.

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