domingo, 5 de julho de 2009

RESENHA “Who governs? Democracy and power in an american city – New Heaven: Yale University Press”

Introdução ao Estudo de Políticas Públicas I - Profª. Drª. Marta Maria Assumpção Rodrigues

Nome: Bruno Martinelli – (Matutino) – 23/03/2009
Resenha do "Who governs? Democracy and power in an american city – New Heaven: Yale University Press"
Capítulo 19 – Sobre a espécie Homo Politicus


O texto analisa as mudanças políticas de longo prazo obtidas em New Heaven à partir das definições de Homo Civicus, Homo Politicus, recursos e da colocação de hipóteses.
A teoria pluralista se opõe à elistista, pois considera que não existe uma elite no poder da "América", e sim, várias elites em concorrência entre sí, segundo o Dicionário de política, Bobbio, Brasília : Ed. UnB ; Sao Paulo : Imprensa Oficial SP, 2002.
Para Dahl, existem os homens cívico (homo civicus) e político (homo politicus). O primeiro é considerado um "animal não político", embora utilize recursos, ou seja, "qualquer coisa que possa ser usada para alterar as escolhas específicas ou as estratégias de um outro indivíduo", no caso, o voto para influenciar o poder público e os políticos. O autor ainda acredita que "muito dificilmente a atividade política será o principal objetivo da sua vida", mas, numa situação de perigo, o homo civicus utiliza os recursos para influenciar as ações do governo e depois retoma sua objetivos primários, como a busca pelo dinheiro.

Sobre o homo politicus, "presume-se que no decorrer do desenvolvimento, alguns indivíduos descobriram que a ação política é uma fonte poderosa de gratificações, tanto diretas, quanto indiretas. Se e quando os objetivos primários que movem o homo civicus tornam-se permanentemente ligados à ação política, nasce um novo membro do gênero homo politicus ", ou seja, o homem cívico pode tornar-se político. Este dispõe de muitos recursos para influenciar o homem cívico e manter-se no poder e, apenas ocasionalmente, o homo
civicus influencia o homo politicus. Os homens que se desviam das normas prescritas, nos sistemas pluralistas e democráticos, correm grandes riscos de derrota. Isto porque "já que os próprios mecanismos jurídicos e constitucionais podem ser subversivos se alguns cidadãos ou grupos adquirirem parcelas desproporcionais em comparação aos demais, o poder de um grupo há de ser controlado pelo outro", como afirmou o próprio R.A. Dahl em: Pluralist democracy in the U.S. Conflict and consent, Rand McNally, Chicago, 1962 (p. 40).

Em New Heaven, três hipóteses para explicar as mudanças da oligarquia para o pluralismo foram feitas: a primeira diz que algumas idades americanas passaram por uma transformação, "de um sistema em que os recursos de influência eram altamente concentrados, para um sistema em que eles são amplamente dispersos". A segunda, que essa "dispersão é uma conseqüência de certos aspectos fundamentais das estruturas sociais, econômicas e políticas de New Heaven" e, a terceira, que a "dispersão não representa
igualdade de recursos, mas fragmentação de recursos".

O autor considera seis características nesse sistema de desigualdades, uma fundamental que diferencia nitidamente o elitismo do pluralismo é: "3) Os indivíduos em melhor posição no acesso a um tipo de recurso freqüentemente estão em má posição no que tange a muitos outros recursos". O elitismo, diferentemente do pluralismo, afirma que quanto mais um indivíduo tem acesso aos "recursos" de uma organização, mais acesso aos outros recursos ele passa a ter.

O pluralismo assegura que diversos grupos sociais tenham seu espaço na política, para que possam fiscalizar uns aos outros e defender seus interesses, evitando que o poder esteja concentrado em um único grupo que exerça poder sobre o Estado e determine sozinho
os rumos seguidos pela nação.

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