sábado, 12 de junho de 2010

USP-Leste, Entidades e Desenvolvimento local

Convite para a reunião da:

USP-Leste, Entidades e Desenvolvimento local.

Resultado da “CARTA CONSULTA” sobre propostas para a USP-Leste (EACH): 2010-2014.

(A consulta foi durante o mês de Abril de 2010)

Informes: Movimento Nossa Zona Leste. Falar com Luis: 7194.4426;

E-mail: vozdacomunidade@uol.com.br


No dia 17 de junho de 2010, 14,00 horas, vai acontecer o 2º Encontro do NASCE (USP-Leste) com as Entidades da Zona Leste, no Salão da Igreja São Francisco, Rua Miguel Rachid, 997, Ermelino Matarazzo. Nesta reunião vamos avaliar os cursos de extensão e planejar o segundo semestre de 2010.

A USP-Leste foi inaugurada em 2005, e hoje tem 10 cursos, cerca de 5.000 estudantes e 260 professores/as. A Zona Leste tem 4,2 milhões de habitantes, 11 Sub-Prefeituras (Na cidade são 31 Sub-Prefeituras), 33 Distritos (Na cidade são 96 Distritos), ou seja, a Zona Leste compreende 40% da população da Cidade de São Paulo (Cidade que tem o 3º. Orçamento do País) e “convive” com índices africanos/haitianos e de primeiro mundo.

O ORÇAMENTO DE 2010 para Ensino Superior no Estado de São Paulo é de 7,5 Bilhões. Estes recursos vêm dos impostos do Povo do Estado de SP (ICMS). É mais que urgente que estes recursos do Ensino Superior retornem aos pobres de maneira eficiente, na qualidade de vida e na cidadania plena. A Universidade não pode tudo, mas tudo pode fazer para garantir mais qualidade de vida e cidadania para os excluídos da sociedade. Urge um sério estudo sobre como estes 7,5 Bilhões estão distribuídos no Estado de São Paulo. Com certeza a Zona Leste (10% da população do Estado) é extremamente excluída destes 7,5 Bilhões.

O ORÇAMENTO DO GOVERNO FEDERAL PARA UNIVERSIDADES EM 2010 é de 55 Bilhões de reais. É urgente e necessário fazer um sério estudo sobre como estes 55 Bilhões de reais estão distribuídos no Brasil. Em 1994 foi criada a primeira Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, na Vila Mariana). Somente agora em 2010 estamos participando, com esperança e coragem, do novo CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL na Zona Leste de São Paulo. Em, 14 de Abril de 2010, o Conselho da UNIFESP aprovou receber o terreno da Prefeitura de São Paulo para a instalação da UNIVERSIDADE FEDERAL NA ZONA LESTE. Na área da Gazarra, na Av. Jacu-Pêssego, Itaquera/Guainases, ZONA LESTE DE SP.




Aqui estão as propostas para a USP-Leste (EACH) para 2010-2014, resultado da consulta do mês de abril de 2010. Continue participando e faça NOVAS SUGESTÕES para que a USP-Leste seja uma UNIVERSIDADE em caminhada com a qualidade de vida e cidadania do Povo da Zona Leste. A luta é de todos e todas e a vitória será de todos e todas.


1ª.)= Uma antiga solicitação é que a USP-Leste tenha mais 10 novos cursos nos próximos quatro anos. Novos cursos de graduação e pós-graduação. Quais as suas propostas?

2ª.)= O importante líder da Zona Leste, Sr. Anacleto B. Pereira, da ASSUAPET - Associação dos Usuários e Amigos do Parque Ecológico do Tietê, assuapet@assuapet.org.br, Cel. 7276-5517, deixa a seguinte proposta: “Quanto ao DESENVOLVIMENTO DA USP Leste, sugiro que continue atuando ativamente junto as comunidades da região e buscar junto a Diretoria do Parque Ecológico ou DAEE uma parceria efetiva de integração da universidade com o Meio Ambiente e com o Turismo Ecológico. Se necessitar de nosso apoio direto, estamos à disposição”.

3ª.)= Queremos a instalação do “Memorial do Migrante” na USP-Leste. O Projeto do Memorial está numa fase de elaboração e aceitamos suas propostas. O “Memorial do Migrante” será um grande espaço cultural e educacional para toda Zona Leste e SP

4ª.)= Vamos levar ao novo Magnífico Reitor da USP Prof. Dr. João Grandino a questão da urgência da construção dos novos prédios que estão faltando na USP-Leste (EACH). Estas novas construções serão fundamentais para a ampliação dos novos cursos na USP-Leste.

5ª.)= O líder Ivan, presidente do CONSEG Ermelino Matarazzo/Ponte Rasa, deixa esta proposta para a USP-Leste: “Sugiro que seja criado e implantado um Polo Tecnológico e de Inovação para a Zona Leste na USP-LESTE. Para desenvolvimento de projetos inovadores e para atrair investimentos para este novos negócios. Ex: Incubadoras de empresas”. {Prezado Ivan: leia no final das propostas a reportagem do dia 29 de Março de 2010. O Diretor da USP-Leste disse que esta INCUBADORA é a primeira de toda USP. Penso que a sua proposta foi contemplada!}

6ª.)= Que a USP-Leste (EACH) organize o “Cursinho” (Reforço pré-vestibular) para 1.000 Jovens em 2010 e cinco mil Jovens em 2011. Esta “preparação” para a Juventude da Zona Leste é fundamental, pois o ensino tem uma defasagem de cerca de três anos. O Reitor da USP, Prof. João Grandino, como o Diretor da USP-Leste, Prof. Jorge Boueri, estão interessados nesta proposta.

7ª.)= Que a USP-Leste organize visitas dos Estudantes do 3º. Ano do Ensino Médio no campus da Universidade. Que estes Estudantes conheçam os Cursos e as dinâmicas de uma Universidade Pública. Que todos os Estudantes da EACH, na medida do possível, participem desta atividade.

8ª.)= Instalar com URGÊNCIA na USP-Leste (EACH) o INSTITUTO DO IDOSO. Por muitos motivos: Em 1º lugar: na Cidade de São Paulo temos 1 milhão e duzentas mil pessoas idosas. Em 2º lugar: na USP-Leste temos o Curso de Gerontologia.

Em 3º. lugar: segundo a pesquisa do SEADE, a Cidade de São Paulo é uma das piores Cidades para o Idoso viver. São Paulo está no número 503 de 645 cidades. Com o INSTITUTO DO IDOSO poderemos massificar um grande movimento PREVENTIVO, EDUCATIVO com a população idosa e assim a Zona Leste poderá chegar em 4 anos (2010-2014) no número 300 entre as

645 Cidades do Estado de São Paulo. Com certeza muitos idosos vão até poder jogar na Copa do Mundo de 2014 e a maioria dos Atletas das Olimpíadas de 2016 serão idosos da Zona Leste, a exemplo do Corinthians. Brincadeiras à parte, é urgente um grande PLANO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O POVO DA TERCEIRA IDADE DE ZONA LESTE E DA CIDADE DE SÃO PAULO. A Cidade mais rica do Brasil não pode continuar sendo uma das piores para tratar os idosos.

9ª.)= Instalar na USP-Leste (EACH) a Clínica de Reabilitação Luci Montoro.

10ª.)= Que a USP-Leste tenha um OBSERVATÓRIO SOCIAL DA ZONA LESTE (e da Cidade). O “Observatório Social”, entre muitas contribuições, poderá publicar os indicadores sociais e assim direcionar as Políticas Públicas. Nota-se uma falta de informações para os Poderes Públicos e Organizações Sociais sobre os INDICADORES SOCIAIS. Hoje são fundamentais estas informações para que as Políticas Sociais tenham rumos e impactos na qualidade de vida e cidadania. Que a USP-Leste publique, semestralmente, suas pesquisas dos indicadores sociais da Zona Leste e da Cidade. Palavras do novo Reitor da USP, Prof. João Grandino: “A UNESP é a Universidade que mais contribui para as Políticas Públicas do Estado de SP”.

11ª.)= PEDAGOGIA SOCIAL: Minha proposta para a USP Leste é a criação de um curso de graduação, e posteriormente de pós-graduação lato e stricto sensu em Pedagogia Social. A Educação Social está em vias de regulamentação no Congresso Nacional e há um amplo movimento nacional, tanto pelo reconhecimento da profissão quanto pela organização dos educadores sociais como categoria profissional. Hoje estes são chamados pejorativamente de arte-educadores, oficineiros, práticos, mestres, etc., e as práticas educativas que exercem também pejorativamente denominada Educação não formal. Fizemos levantamento sobre o universo das ONGs na Zona Leste e há alguns milhares de jovens envolvidos em práticas de educação popular, social e comunitária e um curso de graduação em Pedagogia Social significaria tanto a formação pedagógica destes educadores quanto a sua profissionalização. E temos na Feusp um bom acúmulo nesta área, inclusive com o III Congresso Internacional de Pedagogia Social, de 21 a 24.04.2010. Veja www.usp.br/pedagogiasocial. III CIPS: psocial@usp.br 2/4/2010, Elie Ghanem, elie@usp.br

12ª.)= MUDAR O ESTATUTO DA USP QUE IMPEDE CURSOS NA USP-LESTE: “Olá! Atendendo a solicitação, enquanto membro da comunidade, considero que a melhor sugestão para a USP Leste é algo simples e que já foi discutido anteriormente durante a implantação da Unidade USP Leste. Quando da mobilização da comunidade pela implantação da USP na Zona Leste, muito se questionou sobre quais cursos deveriam fazer parte da grade curricular. A primeira e única barreira foi o Estatuto da Instituição que impedia e impede a repetição de cursos dentro do município. O assunto foi plenamente, porém insatisfatoriamente, discutido, sem que o referido Estatuto fosse modificado. Hoje, vemos cursos “alternativos” sendo ministrados, quando a necessidade real são: mais vagas nos cursos pré-existentes. Fico imaginando a Prefeitura de SP ou o Governo do Estado criando novos cursos a cada escola que inauguram, porque uma regra idiota e absurda impede a repetição dos existentes. Já imaginaram se a regra valesse para todas as instituições, inclusive as particulares? Quantos cursos na área de Medicina ou Engenharia? Quantos cursos na área de Matemática poderíamos criar ou inventar? De que adianta ter mil cursos aqui na Leste se o que interessa ao futuro universitário é o que tem lá na USP Sede? Acho que reacender essa discussão é o primeiro e melhor passo para transformar a Unidade Leste da tão conceituada USP num Campus com os mesmos benefícios e vantagens da Unidade Sede. Se existem entraves legais e burocráticos, vamos buscar soluções para modificá-los a nosso favor ao invés de ficar inventando”. Um abraço. Paulo Antonio de Oliveira. Fone: 8656-0333 / 2025-4095, Itaim Paulista.

13ª.)= Minha Proposta para USP LESTE é a Implantação de Curso de Medicina e Odontologia. Não custa Sonhar! Um abraço, Jorge Macedo dos Santos, Centro Social Leme do Prado, Paróquia N. Sra. das Graças - XV de Novembro – Itaquera.

14ª.)= “Proponho que a USP-Leste apresente curso de educação em saúde pública, acredito na importância deste curso por sentir falta deste profissionais nas unidades de saúde, são educadores que contribuem dentro das unidades nos grupos de orientações e educação em saúde pública para a população”. CELIA AP. ASSUMPÇÃO, assumpsol@hotmail.com

15ª.)= Proposta: Implantação de Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. (2 de abril de 2010 05:09, Beth Seno, bethseno@gmail.com, escreveu:

“Car@s, envio consulta de propostas para a USP Leste que o Pe. Ticão pretende realizar {todos os anos?} no mês de abril. Seguem algumas delas anexas: “Aproveito a deixa para pedir apoio para a proposta de realização anual de uma Feira de Economia Solidária em paralelo à Feira do Livro da EACH e solicitar que o diretor autorize a sua realização em um espaço maior. Por fim, Pe. Ticão nos informa que já foi assinado acordo para a implantação da Primeira Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Zona Leste. Ela será na EACH. Quando da apresentação do projeto no campus: instalação de pólos de telemarketing, construção de estádio, trem bala para o aeroporto - perguntamos para o representante da Prefeitura se não havia uma Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. O representante nos respondeu que Cooperativas Populares não trariam desenvolvimento para a região. Desse modo, seria importante pedirmos o projeto para a Diretoria, ler, analisar e decidir se é mais apropriado a EACH subsidiar implantação de telemarketings na região, cujas propostas de empregos são precárias; ou projetos de incubação de cooperativas populares que são uma estratégia de enfrentamento e superação da exclusão social e da precariedade das relações de trabalho. Boa Páscoa a tod@s, Beth.

16ª.)= Proposta do GERRY – Diretor do FDZL e CONSEG A.E.CARVALHO - “É muito importante que tenhamos na USP-Leste cursos de ponta, de alta tecnologia agregada, que venham contemplar as necessidades do mercado, sabemos que a ABINEE tem um projeto de crescimento e pretende incluir a Zona Leste neste objetivo, portanto temos que preparar o profissional do futuro, sabemos que a integração viária que nos colocará no corredor de exportação em futuro breve, necessitará também de mão de obra qualificada, outro exemplo é a importação de desenhistas de software que o Brasil está fazendo, justamente por não termos os números ideais de formandos nesta área, para os próximos anos serão necessários algo em torno de 100.000 formandos e, segundo nos foi passado, estaremos formando apenas 10% desta necessidade ano”. Sintetizando “É NECESSÁRIO QUE TENHAMOS CURSOS DE REFERÊNCIA E NÃO CURSOS DE SEGUNDA LINHA PARA QUE O JOVEM DA ZONA LESTE TENHA CADA VEZ MAIS REMUNERAÇÃO DIGNA DE GRANDES PROFISSÕES. Espero que as colocações de alguma forma contribuam para nossas reflexões.”

Também aprovo na USP-Leste o Instituto do Idoso. É muito importante em um país que vê aumentar o número de idosos e mais ainda, para melhorar a qualidade de vida do mesmo, com políticas sérias para contemplar os que trouxeram este pais até aqui” Gerry, j.gerryconforto@terra.com.br

17ª.)= Uma proposta para a EACH (USP-Leste) é um estudo/pesquisa sobre a questão da costura dos

trabalhadores/as na Zona Leste. Acontece uma relação do trabalho da costura na Zona Leste e Cidade que chega a desumanização... Que contribuição a USP-Leste pode fazer acontecer, já que tem uma faculdade nesta área. Envolve a questão de imigrantes Latino-americanos...

18ª.)= seguem algumas sugestões que considero importantes para serem incorporadas:
1. Revisão da legislação que proíbe a duplicação de cursos no mesmo município. Em uma cidade como São Paulo, a oferta de 2 cursos semelhantes (no campus Butantã e Leste) não significa dispêndio incorreto de recursos;
2. Regulamentação e revisão da atual formação profissional dos cursos oferecidos de modo a superar os impasses que os alunos sofrem para o exercício da profissão; 3. Levantar demandas de políticas afirmativas (permanência em melhores condições) de alunos que são egressos de escolas públicas. Abraço. Marilia.
19ª.)= 1)= CURSOS DE GRADUAÇÃO de Biblioteconomia e Serviço Social. 02)= Cursos de PÓS-GRADUAÇÃO COMO: sob. Relações Étnicas raciais, Meio Ambiente e Terceiro Setor. 03)= Criação de pólos de graduação via EAD
04)= Grupos de leitura, encontros presenciais mensais de incentivo à leitura. 05)= Aplicação das cotas no vestibular não apenas de 10% que é a menor porcentagem de uma universidade, mas a aplicação das cotas com indicação de quantidade para negros, índios e deficientes físicos e pessoas vindas de escolas públicas. Porque esta universidade dá 10% de cotas a todos, e colocam todos em um bolo só, como se todos fossem iguais e tivessem as mesmas oportunidades e sabemos que não é assim. Esta universidade deixa claro que prioriza e sempre priorizou a elite de são Paulo. Adelina Maria Martins, Gestora e Produtora cultural, e-mail: pontoleitura@gmail.com
20ª.)= “Proponho a abertura de Pós-graduação na área de Enfermagem na USP Leste, assim como o curso de bacharelado em Enfermagem propriamente dito. Também sugiro que haja Pós-graduação na área de enfermagem na USP Leste e que os cursos de graduação tenham atrativo profissional não só aos jovens, mas para adultos, levando em consideração o não reconhecimento de alguns cursos que já existem na USP Leste, torna-se um risco investir em um curso que não há rentabilidade profissional no futuro”. Nada mais, Enfermeira Sulivania, Cidade Pedro Nunes, suli_vania@hotmail.com

21ª.)= Desenvolver na USP-Leste um Centro de Educação à distância com meios eletrônicos para apoiar os cursos/oficinas que serão desenvolvidos com movimentos comunitários e para os cursos pré-vestibulares. (Juan de Onis, sinoed@gmail.com).

22ª.)= Sugiro que a USP se abra aos professores da rede pública estadual, que crie e divulgue cursos para nós, para nosso aperfeiçoamento e consequente melhora do ensino público, que se comprometa com a educação estadual, uma vez que todos somos funcionários estaduais!”. (Maria Elizete Gonçalves, meg37@estadao.com.br)

23ª.)= A ANVISA aprovou oficialmente os “remédios caseiros”. Que a USP-Leste faça extensão deste assunto com a população da Região Leste. (Luis Carlos Santos, Cidade Tiradentes, Zona Leste).

24ª.)= Criar um Projeto de Lei para que os Postos de Saúde tenham gerontólogo, pois em 2024 teremos mais Idosos do que Crianças em São Paulo, segundo o Seade. O SEADE também diz que a Cidade de São Paulo é uma das piores cidades para o Idoso viver.

25ª.)= Criar um Projeto de Lei para que todas as Vilas/Jardins de 10 a 15 mil habitantes tenha um agente de Lazer. O Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns dizia: “O Lazer é tão importante como a alimentação”. Um agente de Lazer numa Comunidade é fundamental para a sociabilidade, a ocupação do tempo, o empoderamento pela população das Praças e Espaços úteis para Lazer, Cultura, etc...

26ª.)=

27ª.)= Continue a enviar propostas para a USP-Leste, Entidades, Comunidades e Desenvolvimento Local................ ”Seja você a mudança que deve acontecer no mundo”.(Gandhy)

USP-Leste (EACH) terá a primeira INCUBADORA DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA na Zona Leste de São Paulo. (É a primeira INCUBADORA de toda USP)

O reitor da USP, João Grandino Rodas, participou, nesta segunda-feira, dia 29 de março de 2010, da cerimônia de assinatura do credenciamento provisório do Parque Tecnológico de São Paulo – Zona Leste no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec). O documento foi assinado pelo secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, e pelo prefeito, na sede da Prefeitura.

O projeto é uma ação conjunta do Estado com a Prefeitura de São Paulo, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, o Centro Universitário da FEI e o Instituto Mauá de Tecnologia. A proposta também conta com o apoio de entidades empresariais como Fiesp/Decompec, Abimaq, Abinee, Abes e Sinditêxtil. O complexo será implantado em uma área de 203 mil m², localizada na Avenida Miguel Ignácio Curi, no Distrito de Itaquera, entre a Avenida Prof. Eng° Ardevan Machado e a Rua Dr. Luís Aires, próximo à estação de metrô Corinthians-Itaquera. O local abrigará instituições de ensino e pesquisas, laboratórios, empresas incubadas, centro de convenções, pavilhão de exposições, auditório, área de serviços e alimentação, edifício comercial e centro cultural.

O empreendimento será voltado às áreas de pesquisa e desenvolvimento nos setores de Inovação e Apoio de Gestão, Têxtil e Moda, TI e Software, Inteligência de Mercado e Mídia e Gerontologia. A criação do Parque Tecnológico da Zona Leste tem como objetivo incentivar o desenvolvimento tecnológico em São Paulo , ampliando a interação entre universidades, institutos de pesquisas, setor privado e órgãos públicos, além de estimular a expansão de indústrias intensivas em conhecimento, fomentando o surgimento de novas empresas de base tecnológica.

Na oportunidade, o secretário estadual de Desenvolvimento também assinou um convênio com a EACH para a implantação de uma incubadora de empresas de base tecnológica, que será o embrião do Parque Tecnológico. O acordo prevê investimentos de R$ 842 mil para adequar o local que receberá a incubadora, no Edifício I1 da EACH. Desse valor, R$ 663 mil serão repassados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento e o restante será contrapartida da própria Universidade. A incubadora contará com oito salas, que somarão 682,88 metros quadrados. O prazo de execução das obras é de oito meses após a contratação da empresa que vencer a licitação. Este ato aconteceu no dia 29 de Março de 2010, na Prefeitura de São Paulo.






Para dialogar sobre:

Universidade e desenvolvimento local

Elie Ghanem*


Universidade e a tradição elitista

Uma das imagens mais comuns que se costuma fazer da universidade é a que a associa a um diploma em um curso de nível superior. Pensa-se que esta seja uma forma de subir na vida para quem vem de famílias pobres, cujos pais têm pouca instrução e não são donos de alguma empresa. Acredita-se que, por meio da continuidade dos estudos, as pessoas terão ascensão social porque serão profissionais de prestígio e alta remuneração.

Este significado atribuído à universidade mistura uma longa tradição de elitismo e desigualdade com a grande difusão de anúncios comerciais de faculdades privadas. Dentro da tradição, somente as pessoas nascidas em famílias ricas poderiam ter profissões de alto prestígio, que exigiriam muito estudo, mas, nas quais exerceriam muito poder e se distinguiriam das demais, sendo chamadas de “doutores”. Estas profissões sempre foram facilmente identificadas como as de advogado, médico e engenheiro.

Além do peso da tradição elitista, a opinião pública veio sendo condicionada por uma agressiva atuação da propaganda de empresas particulares de ensino superior. No rádio, na televisão, no metrô e nas ruas, há insistentes peças publicitárias vendendo a idéia de um futuro garantido para quem “faz uma faculdade”, com fotos de sorridentes estudantes trajados(as) para os rituais de formatura ou compenetrados(as), já com emprego certo, chefiando algum ambiente de trabalho ou parecendo realizar alguma tarefa técnica.

Nem todos os estabelecimentos de educação superior podem ser chamados de universidades. Alguns são institutos isolados, centros ou faculdades. Podem dedicar-se só ao ensino ou apenas à pesquisa. Uma universidade abrange variados estabelecimentos, também conhecidos como unidades universitárias. Uma universidade digna deste nome tem como traço distintivo dedicar-se à produção de conhecimento, seja filosófico ou tecnológico, artístico ou científico.

Além disto, no Brasil, o artigo 207 da Constituição obriga que as universidades obedeçam ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Quer dizer, o ensino, aquela função mais visível da educação superior (que fornece diplomas), é apenas uma parte que não pode se desligar da produção do conhecimento pela pesquisa e da extensão universitária. Por esta última função, menos incentivada e muito desconhecida, os saberes que a universidade reúne e produz deveriam ser compartilhados com as outras pessoas sem vínculos diretos com esta.

Desenvolvimento local

Além de ser comum pensar que universidade é o mesmo que uma faculdade e que esta se resume a ensino e diploma, grande quantidade de jovens não chega à educação superior. Algumas das razões para isto são a distribuição desigual de vagas pelos municípios e estados, os exames de ingresso incompatíveis com o preparo dos(as) candidatos(as), a desinformação sobre os cursos e outras atividades universitárias, a escolaridade insuficiente de quem não concluiu o ensino fundamental e o médio e a impossibilidade de conciliar horários de trabalho e de estudo. Por estas razões também, apesar de existir muita concorrência por educação superior, as vagas oferecidas não são totalmente preenchidas.

Contudo, muitas das pessoas que disputam aquelas vagas o fazem menos pelo gosto por certos tipos de conhecimento e mais pela busca de vantagens na disputa do mercado de trabalho. Portanto, algumas das medidas mais urgentes para lidar com a oferta de educação superior não seriam diretamente escolares, seriam providências para assegurar renda e emprego. Se as pessoas que completam o nível médio de ensino tivessem como se manter e sustentar sua família, uma grande parte não disputaria vagas de educação superior com estas finalidades. Outras poderiam escolher ramos de estudo mais de acordo com suas inquietações intelectuais e contribuir com a produção de conhecimento nestes ramos, dedicando-se à pesquisa científica.

Neste ponto está a principal chave para compreender a contribuição que a universidade pode dar ao desenvolvimento local. Claro que todos os locais precisam se desenvolver, mas, há alguns em que este desafio é maior, desde que se entenda que o desenvolvimento é o respeito aos direitos humanos, entre os quais o direito à vida, à liberdade, à segurança pessoal, à igualdade perante a lei e à sua proteção, a tomar parte do governo, ao acesso ao serviço público, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego, a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. Ver na universidade só função de ensino, desprezando a de pesquisa e a de extensão, é reduzir muito sua contribuição ao desenvolvimento. Inclusive porque o ensino tem sido principalmente voltado a ampliar o número de pessoas com diplomas de nível superior, o que leva à queda do valor dos diplomas.

Como é preciso priorizar a busca de alternativas de organização da vida e da atuação do poder público para fazer respeitar os direitos humanos, a principal contribuição da universidade, para isto, é produzir (pesquisa) e compartilhar (extensão) seu conhecimento com as comunidades locais, aperfeiçoando a capacidade destas para tomarem decisões fundamentadas, com a sua ampla participação.

    Professor da Faculdade de Educação da USP e da Each-Escola de Artes, Ciências e Humanidades (USP Leste).





O debate equivocado sobre a Universidade

HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALD


EM VISTA DA relevância das questões sobre a educação e a ciência brasileiras apresentadas neste espaço editorial, vejo como necessária a tarefa de apontar alguns pressupostos equivocados em uma das recentes manifestações.
Refiro-me, com o devido respeito, ao artigo "Políticas públicas no ensino superior", do professor Ellis Wayne Brown, vice-reitor da Uniban Brasil, publicado no dia 20/4.
De início, enfatizo um ponto por ele nem sequer tematizado, mas que conduz toda a sua argumentação. Trata-se da concepção de ensino superior.
O ensino universitário é parte do ensino superior. Não se pode confundir um com o outro. Mas essa confusão está presente, no contexto da argumentação a que me contraponho, na afirmação de que nas políticas públicas da educação superior brasileira "tem-se adotado o ideário da universidade pública como hegemônico".
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece que universidades são instituições de ensino superior (IES) que satisfazem determinadas condições. E essas condições correspondem justamente ao ideário repudiado pelo ilustre articulista. A política educacional brasileira não obriga as IES a serem universidades.
Dessa confusão conceitual brotam vários equívocos no artigo. Um deles é a rejeição das avaliações feitas pelo Ministério da Educação.
O governo federal nada mais faz senão cumprir sua obrigação com a lei ao avaliar as universidades e exigir delas não só condições mínimas de titulação e de produção intelectual de seus quadros docentes mas, sobretudo, a indissociabilidade entre ensino, extensão e pesquisa.
Alheio a essa indissociabilidade, o "breve enunciado de ações de política educacional" do vice-reitor, consideradas por ele "prioritárias para o ensino superior", dá pouca importância para a pesquisa.
E o faz com equívoco, dado o seu falso pressuposto de que não existem fundos públicos para "projetos de pesquisa em razão da justificativa e da qualidade das propostas, independente de origens institucionais".
Como se ainda não existissem, para essa finalidade, as agências de fomento federais e estaduais.
O desafio da universidade brasileira não está apenas em ampliar a formação superior para o mercado de trabalho mas em fazê-lo com qualidade, pois, sem isso, nosso setor produtivo rumará para a obsolescência e a desvantagem na competitividade.
E o desafio da competitividade está também em promover a inovação. Para isso, o avanço na produção científica e tecnológica é fundamental na academia, da mesma forma que o envolvimento do empresariado na pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Por ter clareza disso, a União Europeia se propôs, em 2006, no âmbito da Estratégia de Lisboa, a meta de alcançar neste ano o nível de 3% dos seus produtos internos brutos em dispêndios em P&D. Naquele ano, em que a média desse índice entre os países europeus foi de 1,8%, essa diretriz foi uma reivindicação do setor produtivo, e não da academia.
Para participar desse desafio, o foco na qualidade não é um capricho ou um propósito elitista, como tenta o artigo caracterizar, mas condição necessária para a inovação e a competitividade do país.
Apesar de todos os seus percalços, a universidade brasileira foi o setor que mais contribuiu para o grande crescimento da participação nacional na produção científica mundial, que já havia saltado da 20ª colocação em 2000 para a 15ª em 2007, e passou à 13ª posição em 2008, à frente de países como a Holanda (em 14º lugar) e a Rússia (em 15º).
A inclusão social não é, para a universidade, um desafio incompatível com o foco na qualidade.
Nos últimos anos, vários foram os exemplos de políticas institucionais com resultados positivos de ampliação não só do ingresso de alunos das escolas públicas de ensino médio mas também de sua permanência.
Além do desafio da inclusão social, a universidade tem também o desafio de colaborar com o desenvolvimento econômico e social, a sustentabilidade, a melhoria da qualidade de vida e a conservação ambiental.
Mas sua atuação deve ser voltada para a superação da miséria e das desigualdades sociais, e não para a adaptação a elas.


HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALD é reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e professor titular da Faculdade de Engenharia dessa instituição, campus de Guaratinguetá.


O 3º. Encontro da USP-Leste, Entidades, Comunidades e Desenvolvimento local será dia.... Horário.... Local...




Falar com: Movimento Nossa Zona Leste: 9943.2646, Pe. Ticão, peticao@terra.com.br; Luis: 7194.4426.

Falar com Andersom: 8444.9626. E-mail: vozdacomunidade@uol.com.br

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Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

Jovens querem ser políticos

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