quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Brasília - Cidade Constitucional 2009 - Dia 2.





Brasília - Cidade Constitucional. 


A viagem prossegue. Estamos aqui desde domingo a tarde. Segunda-feira visitamos o Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes. Ontem seminário na Enap, no DNIT e no IPEA. A noite um concerto no Teatro Nacional com a orquestra OSTNCS e o pianista convidado Max Barros, parece que é uma sumidade no meio.

Parece que cumprimento de horário não é o forte da gente. Palestra marcada para as 8:30 h começa quase 9h. Outra coisa que não é forte em mim é guardar nome, principalmente de palestrantes, recorri ao Caio e ao Nelson, jogados na cama, aqui ao meu lado. Que também não sabem, mais o Nelson sugeriu ver na programação. O Sr. Paulo Sergio de Carvalho, diretor de formação profissional da ENAP, proferiu a palestra sobre a história da constituição da ENAP e também expôs um pouco da sua vida. Não estou muito inspirado para relatar aqui ponto-a-ponto do que ouvimos, logo mais coloco o link para quem estiver interessado ouvir a gravação. Ele falou sobre conselhos de classes após provocação do Prof. Paulo de GA e se esquivou da provocação do Prof. Nerling, quando questionado sobre o que é ser Gestor de Políticas Públicas.

Saímos em seguida para ir ao DNIT. A dúvida reinante era que tipo de roupa usar. Roupa social ou mais relax, mas não tão relax a ponto de usar bermuda. Saímos rumo ao local da palestra. Os motoristas da USP, merecem uma crônica a parte. Não sei se os caras fazem o que fazem conscientes, ou se estão perdidos mesmo. Desde domingo vamos sempre para praticamente o mesmo lugar , a Esplanada dos Ministérios, e ainda assim, eles criam um trajeto diferente a cada viagem, e é um trajeto diferente para ir e outro para voltar. Eu quero acreditar que seja uma estratégia para que possamos conhecer um pouco mais de Brasília.

Chegando ao DNIT, chamou a atenção a quantidade de vezes que tivemos que nos identificar. Foi na portaria, onde as bolsas eram revistadas até com raio-x, outra vez na sala de recepção, com a secretária passando a folha novamente e mais uma vez dentro do auditório. Neste tempo todo passava pela minha cabeça o caso Lina Vieira, imagina se um bando de universitários tiveram que se identificar e ser 3 vezes em menos de 20 minutos, o que não fazem com as visitas da Sra. Dilma?

Sobre a palestra, gostei do primeiro suplente do senador Jaime Campos (DEM), Luiz Antônio Pagot (PR), que é diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. Comentou sobre a estrutura do departamento e que recebe pelo menos umas 15 citações da justiça sobre irregularidades em obras públicas. Contou como chegou ao cargo e sua história, desde os primórdios até hoje. Economista pela universidade federal do Paraná, fala em como é controlar 2537 obras e 17 bilhões em orçamento. Muito interessante a palestra, pois mostrou o dia-a-dia de um gestor do primeiro escalão. [Dúvidas aqui no quarto, a discussão é se o cara esta no primeiro ou no segundo escalão, parece que o consenso é que o cara, desculpa, acabam de me corrigir, o excelentissimo senhor deva fazer mesmo parte do segundo escalão.]. O discurso do Sr. Pagot enviesou para o meio-ambiente e as malfadadas licenças ambientais. Pareceu que o Sr. Pagot odeio os ambientalistas, acredito apenas que ele maneirou quando descobriu que na turma tinha alguns GAs além do Professor Paulo.

Como disse acima, gostei da palestra, muito mais pela postura e argumentação do que pelas idéias, faltou um contraponto, um debate, pois somos facilmente influenciados por autoridades com poder de argumentação.

A palestra foi prejudicada por conta de outro evento agendado, [ia escrever palestra, mais ficou estranho e em mais um consenso dos companheiros de quarto, alterei.] no IPEA, o que acabou prejudicando um possível debate após o exposto pelo Sr. Pagot, gostaria de fazer perguntas, até as preparei no decorrer da exposição, mas novamente a maldição do relógio nos atinge em cheio, saímos correndo, não sem antes nos identificar novamente e passar pelo detector de metais e pelo raio-x. Bem que a turma da Casa Civil poderia aprender a controlar visitas com a segurança do DNIT.

Mais uma vez fizemos turismo pela cidade no ônibus da USP. Demos muitas voltas e a turma com fome chiava dentro do busão. Foi engraçado ver o pessoal sair correndo atrás de uma barraquinha de lanches, o que só achamos próximo da portaria do prédio da IPEA. Ao que parece, o prof. Nerling, foi o primeiro a ver a barraquinha, saiu de lá engolindo um lanche em direção a portaria... logo atrás, veio aquele mar de gente, as duas moças ficaram atordoadas com aquele movimento de cliente, uns 30 cercaram o trailler [?], e elas desesperadas para atende aquele bando de famintos, um cara disse: Me dá um bolinho, um bolinho de qualeur coisa e um bebida, enquanto abanava vertiginosamente um nota de R$ 10. Eu não sabia se pedia meu lanche de qq coisa, ou se admirava a cena. Do nada veio uma terceira moça ajudar, o estoque de pão de queijo zerou em segundos, tá tudo tudo bem exagerei, zerou em minutos, mas não mais do que 5 minutos...

Como dizia, muitos de nós subimos os 14 andares equilibrando lanches, sucos, café e refrigerantes. Os primeiros a entrar ganharam um livro - que por sinal usamos e usaremos nas aulas da Cecilia - eu cheguei bem atrasado pois inventei de tomar um capuchino numa máquina que se encontrava no hall de entrada e acabei ficando sem este livro.

O palestrante, Pedro não-sei-do-quê, já iniciara sua exposição sobre o que é e como funciona o IPEA quando entrei na sala. O Caio e a Pata disseram que ele deu uma aula-trote na turma de 2008, entre outras coisas simularam briga entre ele e o Paulão.

Disse qual a função do IPEA, que é fazer pesquisas e propostas relativas ao desenvolvimento brasileiro no médio e longo prazo. Servindo de embasamento para o governo federal. Comentou sobre as críticas do aparelhamento do IPEA e falou sobre funcionamento interno e da rotina de trabalho. Comentou sobre os grandes temas nacionais, entre eles o pré-sal e como o IPEA tem auxiliado o governo a manter-se atualizado sobre o assunto.

Parece que ontem foi dia de correria. Saímos bem no momento em que caia uma chuva, resolvemos ficar por ali mesmo no prédio do BNDS, próximo ao prédio do Banco do Brasil, pois o combinado era encontrar-se as 17:30h atrás da Catedral, onde estariam nos esperando o ônibus. Só que houve um desencontro e acabamos nos atrasando ainda mais, o que deu tempo apenas de chegar ao alojamento na ENAPE, tomar banho, trocar de roupa e voar para o Teatro Nacional, onde assistimos a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claúdio Santoro [ostncs]. O espetáculo terminou depois da 22 h e chegamos na ENAP quase 23h. Alguns foram dormir e outros ficaram por ai.

Isto foi o dia de ontem, tem sido puxado os eventos, a programação não tem sido cumprida a risca, mas uma coisa que surpreende é a agilidade dos organizadores, principalmente Nerling, Rodrigo e Leandro em se articular e arrumar outro evento para cobrir os imprevistos. O mais incrível nisto tudo é que até agora tenho gostado de todas as palestras e atividades que participei e aparentemente é consenso entre meus colegas que o evento tem sido útil. Amanhã prometo dizer o que aconteceu no dia de hoje.


Fui.


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