quinta-feira, 9 de junho de 2011

Edital da Fuvest terá alerta em relação a curso de Obstetrícia




Após escapar da ameaça de fechamento no início do ano, o curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP) será apresentado no manual do vestibular da Fuvest com um aviso de que não há garantia aos formados de certificação por nenhum conselho profissional. Por ano, são oferecidas 60 vagas na carreira na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each), a USP Leste.

Em março, o iG revelou que um relatório feito pelo ex-reitor da universidade Adolpho Melfi sugeria o corte de 300 vagas em todo o campus, incluindo todas as de Obstetrícia. O documento gerou protestos de alunos e professores que votaram pela manutenção da carreira.
Agora um aviso será incluído para que a instituição – única no Brasil que mantém o curso – não fique refém de processos judiciais. De acordo com comunicado da pró-reitora de Graduação, Telma Zorn, a explicação adicional foi um pedido do diretor da USP Leste, José Jorge Boueri, para atender a uma solicitação do Ministério Público, quando o Conselho de Enfermagem negou registro dos egressos de Obstetrícia.
Para a coordenadora do curso, Nádia Zanon Narchi, o adendo é justo, mas deveria incluir a informação de que, até agora, os formados ganharam na justiça direito a registro profissional. "Cabe recurso, mas no momento as duas turmas de formados têm mandado de segurança que lhes garante inscrição definitiva no conselho de enfermagem", explica.
Já a aluna Flavia Estevan acha que esta pode ser mais uma estratégia para esvaziar o curso e fechá-lo. “A tendência é que caia o número de inscritos e, em algum momento, eles fechem por falta de demanda”, opina. No último vestibular, 312 pessoas se inscreveram no vestibular para tentar uma vaga em Obstetrícia.
Agradecimento por "sacrifício" no interior
O comunicado da pró-reitora diz também que outra reunião do Conselho de Graduação será feita ainda em junho para resolver assuntos que, por causa da votação de mudanças no vestibular, ficaram pendentes.
Por último, Telma faz um agradecimento aos colegas que aprovaram as alterações na Fuvest que tornarão o processo mais seletivo e frisa o "sacrifício" das unidades do interior - onde é mais provável que sobrem vagas. "Sei que isso nos custou alguns sacrifícios, particularmente aos colegas dos campi do interior. Envio, particularmente a esses, o meu agradecimento."
De acordo com a assessoria da imprensa da USP, ela se refere ao sacrifício de viagens que os representantes do interior têm de fazer até a sede da instituição a cada reunião do Conselho de Graduação. Foram necessárias três reuniões para votação das mudanças no vestibular.

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