domingo, 20 de março de 2011

O Relatório de Avaliação dos cursos da EACH que originou 300 cortes de vagas.

Relatório final apresentado pelo Grupo de Trabalho designado pelo Prof. Dr Jorge Boueri, Diretor da EACH, pela Portaria EACH 26/10 de 17 de junho de 2010, para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.


INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados das reuniões do Grupo de Trabalho para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, criado pelo Prof. Dr. Jorge Boueri, Diretor da EACH, por meio da Portaria EACH 26/10 de 17 de junho de 2010. Por determinação da Portaria, competia ao GT:
1 – Realizar estudos sobre a potencialidade de áreas, revisão dos cursos existentes no tocante à sua dinâmica com a inserção na sociedade e no mercado de trabalho e a criação de novos cursos na EACH
2 – Preparar relatórios e pareceres para uso do Diretor sobre possíveis remanejamentos de vagas nos cursos da Escola.
3 – Apreciar, em caráter não deliberativo, outras matérias que lhe forem submetidas pelo Diretor.
A citada Portaria deixa claro que o GT não tem caráter deliberativo, devendo apresentar sugestões que serão posteriormente apreciadas pelos órgãos deliberativos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades.




d) Gestão de Políticas Públicas (GPP)
Na opinião do Grupo de Trabalho, o curso de Gestão de Políticas Públicas apresenta alguns aspectos que merecem ser destacados, conforme explanação a seguir.
O curso possui uma baixa relação candidato/vaga. Em 2010 foi de 4,08, valor este inferior à média da EACH (5,6). Em 2011 a relação aumentou um pouco, passando para 4,58. Cabe destacar, no entanto, que o curso completou suas 120 vagas em todos os vestibulares.
Com respeito à procura, recomenda-se um esforço de divulgação do curso e explanação do projeto pedagógico aos alunos egressos do ensino médio e de cursos vestibulares, que possivelmente desconhecem o curso e as áreas de atuação desse profissional.
O Grupo de Trabalho notou que o número de alunos formados pelo curso é muito baixo. Este fato, conforme justificado pela coordenação do GPP, pode ser explicado pela existência de um elevado número de estudantes com idade mais elevada e que já possui emprego (em estatais, principalmente) ou que já possui outra graduação. Trata-se do número de formados mais baixo da Escola, representando somente 5% dos alunos ingressantes. Um ponto positivo é que os formados encontram boas oportunidades de trabalho como gestores, em órgãos públicos ou em organizações privadas e do Terceiro Setor. Além disso, existem ex-alunos se dirigindo à área acadêmica (cursando Mestrado em outras instituições).
Um problema constatado com o curso diz respeito à matriz curricular. O GPP possui atualmente 22 docentes. Analisando as grades horárias (a atual utilizada em 2010 e a proposta para 2011), percebe-se que o curso tem grande número de disciplinas optativas (20%), a partir do 6º semestre, e que a maioria dessas optativas são de 2 créditos-aula, o que implica em os alunos terem muitas disciplinas a cursar.
Considerando que se trata de um curso da área de Humanas, na qual a carga de leitura é, em geral, superior às demais áreas, o que pode resultar em maior número de alunos em dependência, devido à impossibilidade de acompanhamento e atendimento ao que está sendo exigido. Na grade oferecida até 2010 existiam 32 disciplinas optativas possíveis de serem oferecidas e a partir de 2011 passam a ter 66 disciplinas optativas. Pareceu ao Grupo de Trabalho que grande número dessas optativas é criado mais em função do interesse do docente, em oferecer uma disciplina de sua área de atuação, do que visando fornecer ao aluno uma formação completa em um determinado setor do conhecimento.
O curso prevê disciplinas com pré-requisito, o que “dificulta” o aproveitamento por parte dos alunos, que precisam aguardar novo oferecimento das disciplinas em que ficaram reprovados para a continuidade do curso.
Cabe destacar que o curso não conta carga horária (como atividade didática) para orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso, o que, em parte, onera em carga adicional de trabalho os docentes envolvidos, pois a atividade não está sendo computada como acontece com outros cursos. É preciso rever a atribuição de carga horária para o acompanhamento de estágios, o que só é feito no curso de Gestão de Políticas Públicas e de Marketing, apesar de ser excedente à quantidade mínima de carga horária docente da Escola.
Além das disciplinas obrigatórias e optativas, o curso tem por responsabilidade oferecer a disciplina de Sociedade, Multiculturalismo e Direitos (SMD), no Ciclo Básico, para todos os cursos.
Um ponto que tem preocupado alguns docentes do próprio curso é a implantação, ainda neste ano, de um estágio obrigatório no 3º semestre (até 6 horas/dia). Até 2010, o estágio obrigatório estava previsto apenas para os últimos semestres do curso (7º e 8º). Este fato poderá atrapalhar o andamento e a fluência do curso. Vários docentes do próprio GPP têm interesse em rever este ponto.
Considerando os dados quantitativos analisados (candidato/vaga, matrículas, egressos etc.), e a solicitação da coordenação e professores do curso, o Grupo de Trabalho entende que a diminuição de 10 vagas em cada período (matutino e noturno), poderá ser benéfica para o bom andamento do curso.
Sugere-se maior acompanhamento aos alunos para viabilizar maior número de formados nos próximos anos, sem perder a exigência e a seriedade que têm sido demonstradas pela atuação dos docentes em sala de aula e dos alunos na prática profissional.
Por outro lado, críticas formuladas por certos docentes, presentes na apresentação do curso, foram consideradas adequadas pelo GT e devem ser motivos de reflexão, como por exemplo: o sequenciamento lógico do programa entre as disciplinas/semestres deve ser revisto, prioridade ao atendimento de disciplinas de interesse na formação dos alunos e não pela „expertise‟ dos docentes, maior envolvimento de docentes e alunos em projetos de extensão e maior articulação do curso com outros cursos, escolas e com o setor público.

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