Caríssimos e caríssimas, segue avaliação da feira com um desabafo. Nesse ano, tivemos muito mais dificuldade para realizar o evento, não houve apoio e só fomos até o final por conta da Feira de Economia Solidária. Pedimos desculpas, a mensagem é longa.
No balanço final, valeu a pena. O evento revelou os seus mais de 50 sucessores, ou seja, os discentes que coordenaram a atividade com as mil crianças da Annette. Eles vieram com o brilho da lua alta. Durante o mês de abril, planejaram a vinda dos alunos por turnos: dividiram as classes, cada dupla de gestor coordenou as atividades de uma sala. O cronograma foi seguido à risca: pegar as crianças para atravessar a rua, levar uma turma para o ônibus biblioteca participar das oficinas com cordelistas, enquanto a outra ía para a peça de fantoches, e outra revezava na contação de estórias. Enquanto isso, as professoras escolhiam as doações dos livros de editoras infantis que levaram para a Annette. No final, todos receberam os doces e ganharam algodão. A Monise conseguiu o patrocínio dos doces e quando faltou material para o algodão, o pessoal logo o providenciou. Esses fantásticos gestores (as) –do 1º e 2º ano em sua maioria– dedicaram-se totalmente à atividade que foi o maior sucesso do evento. Eles entendem a importância de políticas públicas de incentivo à leitura.
Não podemos deixar de mencionar o Jony, o único que participou de todas as edições da Feira do Livro. Nessa última, quase que a batata do cara assou: o Jony teve que parar o TCC. No dia da véspera do evento, os alunos de MKT tiraram as bancadas da feira do lugar por conta de uma palestra com um tal de Olivetto. O Jony teve que voltar correndo pra EACH e ficou até uma hora da manhã tentando disponibilizar as mesas de acordo com o mapa que tínhamos feito e que a Deloise montou na tarde anterior. Não deu pra montar tudo na ordem planejada, e nesse ano, ficamos sem o MAPA DA FEIRA.
Mas quem salvou a Pátria como sempre foram as mulheres: Deloise, a Lígia de G.A., Thaisa de MKT, Beth e Carol. Afinal só as mulheres conseguiriam dar conta de mais de 800 livros doados, montagem e desmontagem das bancadas de Economia Solidária todos os dias, mil crianças e mais de 100 refeições diárias. A Feira de Ecosol só foi realizada por conta da ajuda do Bruno Marra com os contatos da rede. A Silvana e o Felipe (Sig) da ITCP do Butantã trouxeram mais contatos.
Agradecimentos finais: à carona do Caio Penko para a professora Leda Paulani, à carona do Mateus Prado e Renato Eliseu para o Aziz com direito à pizza que o professor pediu. Na 4ª feira, os meninos do Henfil foram dormir às 2 da manhã e acordaram às 6 horas para comprar os doces que faltavam. Além disso, patrocinaram a divulgação e apoiaram a organização em todos os momentos. À Isabela Menon pela divulgação no Kera. Aos professores Jaime Crozatti, Flávia Mori e José Renato pelo apoio à palestra da Paulani. À professora Marta pela sessão de autógrafos do Folha Explica Políticas Públicas. Aos professores(as) Úrsula, Alessandro, Pablo, Jefferson e Vivian pela escolha dos livros doados. Aos professores Dante, Vaz, Ulisses, Elie e Singer pela solidariedade sempre. Aos professores Caldas, Edson Leite e Jacqueline Isaac Brigagão pelo incentivo. Aos funcionários (as): Renata, Nilva, Bete, Luiz Claudio, Darci, Almir, Anderson, Nanda Ritt, aos motoristas Alex e Edilton, à equipe porreta do Pimenta do audiovisual, à segurança Monica e ao responsável da segurança na parte da tarde, pela prontidão em qualquer eventualidade. Agradecemos e ao mesmo tempo pedimos desculpas ao professor Rogério, logo mais explicaremos o por quê.
Agora vamos à parte chata. Na feira do ano passado, a iluminação do vão da Biblioteca deu problemas e as editoras reclamaram um bocado. Foi prometido que isso não iria se repetir. Em janeiro, relatamos o problema para a nova Direção da Escola que prometeu que o caso seria resolvido.
Em fevereiro, perguntamos se as lâmpadas e reatores haviam sido providenciados e eles disseram que estava tudo sob controle. Quando chegou março, fomos fazer uma passagem de lista com o setor de Infraestrutura, e eles nos alegaram que seria impossível providenciar a iluminação, pois não haveria tempo hábil para fazê-la. Alguns colegas atentaram para o fato de que não há necessidade de licitação para compras abaixo de R$ 8 mil reais.
Voltamos a falar com a Direção e não tivemos resposta. Conversamos novamente com a Infra, e eles disseram que no mercado não havia reator compatível com as lâmpadas Philips. No começo de abril, o Jony foi contar as lâmpadas que estavam faltando, foi quando ficamos sabendo que desde o início, a Direção havia dito para os funcionários da Escola que não compraria as lâmpadas. Quando perguntamos sobre o modelo das lâmpadas, não tivemos resposta nem da Direção e nem da Infra. Isso atrapalhou um bocado, além de procurar o local da compra, tivemos que "pesquisar" sobre modelos de reatores. A uma semana do evento, fomos à manutenção, e o Sr. Vanderlei nos deu uma aula sobre reatores (rs). O Bruno Marra foi atrás de loja na Santa Ifigênia que tivesse reator compatível com a lâmpada Philips e conseguimos comprá-los.
Outra, quando soubemos do evento de MKT que foi idealizado a uma semana da feira, pedimos para a Direção reforçar a segurança do vão dos auditórios, pois temíamos o problema com as bancadas. Nada foi feito. Os alunos de MKT deixaram iogurte e danone para os grupos de Economia Solidária, depois de ter tirado todas as bancadas do lugar. O Jony teve que ficar arrumando até a 1 da manhã todo o trabalho feito pela Deloise na tarde anterior. Dissemos pro pessoal de MKT que a responsabilidade social deles era de empresa Junior de araque! E por falar em responsabilidade social, também tivemos que avisar para o dono da empresa de algodão doce que não iríamos contratá-los novamente, caso enviassem adolescentes para trabalhar o dia todo.
Mais uma, nos anos anteriores, tínhamos 2 auditórios de apoio para colocar as caixas de livros de editoras que vêm de fora. Nesse ano, a Infra disse que não seria possível usar as salas para deixar as caixas de livros. No final do evento, completamente esgotados, tivemos que pegar caixas e caixas de livros e levar ao 1º andar do Titanic, onde eles ficaram guardados até a 6ª feira, quando a transportadora veio buscá-los.
Querem mais? O único modo que achamos para pagar a refeição dos participantes da Feira de Economia Solidária, foi contratar uma cooperativa de marmitex. Havíamos gasto mais do que imaginávamos com as lâmpadas –não sabíamos que o reator de cada uma delas custava R$ 50 reais. A Direção havia autorizado a permanência da cooperativa na copa do vão dos auditórios. Depois de cinco minutos de conversa com a Infra, a autorização foi cancelada. O jeito foi o pessoal da marmitex fazer as refeições na casa de um deles, e depois trazer para a Escola. A mesma coisa aconteceu com as mesas e cadeiras da Escola; a Direção autorizou o uso, que logo depois foi desautorizado pela Infra.
Nesse ano, conseguimos divulgação nos sites Aprendiz, R7, no metrô e na Bandnews, mas o público foi bem inferior em relação aos anos anteriores. No dia 9 de abril (6ª. Feira) por volta das 16h, o Coseas da EACH nos liga dizendo que não foi possível colocar os cartazes no campus Butantã, e que poderíamos pegá-los para fazer a divulgação. Eles tinham permanecido por 3 semanas na mão da Direção da Escola, que havia prometido fazer a divulgação no campus Butantã, onde está o super público alvo da feira. Resumo da ópera: teve editora que não quis doar livros por conta do público inferior. Isso não seria problema, se a Deloise não tivesse que ter agüentado um monte de representante gritando com ela. A professora Vivian acompanhou algumas dessas cenas.
Por fim, solicitamos a todos os professores da EACH que selecionassem as editoras para a escolha das doações. Dois docentes assinalaram, cada um, metade do número das editoras. O professor Rogerio entrou em contato oferecendo a sua colaboração, mas não tivemos coragem de solicitar que os docentes retirassem o nome de algumas editoras. Pois bem, na semana anterior ao evento, quando explicamos o procedimento para a escolha e que os livros eram para a Biblioteca da Escola, os dois docentes não entraram mais em contato :(
CONSIDERAÇÕES FINAIS: as 200 bancadas das editoras saíram por R$ 3.642,00; pulseirinhas de identificação pra mil crianças, R$ 162 reais; saquinhos de doce para os alunos da Annette mais algodão doce o dia todo pra todo mundo saem por R$ 700 reais contando com o almoço e lanche da equipe. Lâmpadas queimadas da Escola, R$ 1.500 reais, o teatro e a contação de estórias também saíram por R$ 1.500 reais, mais a refeição dos cordelistas, das bibliotecárias, do motorista do ônibus biblioteca e dos oficineiros e a refeição dos grupos de Economia Solidária e da comissão da Feira ficaram em R$ 1.750 reais. TER UMA FEIRA DO LIVRO COM A FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NA EACH, VER O AUDITÓRIO BOMBANDO COM UM MONTE DE AZIZETES E MAIS DE 50 ALUNOS DA ESCOLA FANTASIADOS E COORDENANDO ATIVIDADES COM APROXIMADAMENTE MIL CRIANÇAS NÃO TEM PREÇO!
* ah, os bebedouros da Escola também não estão funcionando. talvez fosse interessante aumentar a taxa de participação das editoras. E em cada ano, reverte parte da verba em alguma coisa pra Escola, tipo um PPP (rs).
* pra quem for ajudar na organização da Semana de GPP, boa sorte, a nova Infra é osso duro de roer...
*não tem twitter ou marqueteiro que eleve indicadores de avaliação, se os administradores não têm respeito e comprometimento com o projeto.
* o professor Dante se disponibilizou para fazer intermediação dos novos organizadores da Feira com a nova Direção
Beth Seno em 20 de abril de 2010 para lista de email de GPP.
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