Resenha: As relações entre os poderes no Brasil: executivo e legislativo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Teorias da Democracia e Instituições Políticas - Professor Dr.: Wagner Pralon.
Gabriela M. Terentim N° USP: 7554710
As relações entre os poderes no Brasil: executivo e legislativo
Os quatro textos selecionados para o embasamento do tema: relação entre
os poderes Legislativo e Executivo no Brasil, dissertam
majoritariamente sobre o poder de legislar que detém o Chefe de Estado
brasileiro, bem como suas conseqüências, a relação deste fato com o
regime presidencialista de coalizão pluripartidário e como ocorrem esses
processos.
Figueiredo e Limongi e Abranches, referem-se ao
Presidente como entidade dotada de enormes poderes (monopolizador de
recursos) viabilizados pelas Medidas Provisórias e que através delas o
poder executivo determina a agenda do Congresso. E ao referir-se ao
Congresso, analisam o processo de barganha: como se dá a disciplina
partidária, a influência dos líderes, de os votos são partem da vontade
do indivíduo ou se obedece a uma combinação no partido, se as ações
dependem dos rumos eleitorais. Delimitam a área que os poderes dos
líderes partidários alcançam. E por fim, temos um texto que alonga-se
em analisar como foram utilizadas as Medidas provisórias no Brasil. Em
suma, os três autores concordam que o presidente do Brasil detém grandes
poderes viabilizados pelo decreto lei, que o presidencialismo de
coalizão funciona, bem como o pluripartidarismo e a disciplina
partidária e que não precisamos de grandes reformas neste sentido.
Já Barry Ames, discorda em parte da afirmação feita pelos três autores
já citados ao que se refere à disciplina partidária, dizendo que no
Brasil a influência dá-se de baixo para cima entre os membros do
partido, que o voto encaminhado pelos líderes não tem tanta influência
como afirmado nos outros textos, para afirmar essa tese, diz ainda que
os deputados tanto têm autonomia em relação aos seus líderes que
transitam sem grandes problemas entre os partidos. Questiona também a
magnitude do Poder Executivo exercida pelos seus Projetos, dizendo que
muitas vezes eles nem chegam a ser aprovado ou rejeitado. Mas a
divergência mais evidente entre Ames e os outros autores é sua
insatisfação com o sistema eleitoral brasileiro, onde afirma o sistema
eleitoral brasileiro abarrota o Congresso de partidos pouco
disciplinados (Ames, 2007: 257). Ao fim ao cabo, o planos dos deputados
consiste em continuar sua carreira política e isso que irá balizar suas
ações no Congresso.
Por fim, temos o texto do Sérgio Abranches,
que traz dados para fazer uma comparação entre os países com regimes
semelhantes ao do Brasil, que ilustra toda essa discussão sobre a
relação entre o Poder Executivo e Legislativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário