terça-feira, 23 de março de 2010

Brasil passa por sua era de ouro durante o governo FHC -

Brasil passa por sua era de ouro durante o governo FHC

Crescimento é a palavra-chave que descreve o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os resultados positivos da gestão de FHC podem ser verificados em todas as esferas de atuação do Estado. No plano econômico, observou-se a consolidação do Plano real, o fim da hiperinflação – que chegara a mais de 2500% na gestão anterior –, a estabilidade monetária e as privatizações. Além disso, a implantação do programa de reestruturação do sistema financeiro brasileiro (PROER) permitiu a consolidação dos bancos brasileiros em instituições fortemente fiscalizadas. Este feito foi devidamente reconhecido por Lula, sucessor de FHC no cargo presidencial.

Assim como no plano econômico, no plano social também houve melhorias: foram implantados diversos programas de transferência de renda, tais como o Bolsa Escola, o vale-gás e o bolsa-alimentação. O governo Lula também reconheceu a relevância desta iniciativa e optou por unificar os programas sob o nome de “Bolsa família”.

Por último, no plano gerencial aconteceram profundas reformas administrativas, com modernizações de sistemas estatais. São exemplos a implementação da Advocacia Geral da União, da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Ministério da Defesa.

O grande mérito conquistado por FHC durante seu mandato foi a manutenção da estabilidade da economia brasileira através do controle da inflação, feito que há tempos não se conseguia alcançar no Brasil. É preciso mencionar que não foi sem grandes obstáculos que se manteve o controle da economia: durante o governo FHC, diversas crises assolaram o mundo, tais como a crise do México em 1995, a crise asiática em 1997-98, a crise russa em 1998-99 e, em 2001, a crise argentina, além da crise deflagrada pelos atentados terroristas nos EUA em 11 de setembro de 2001.

Há quem diga, mesmo ante os dados enumerados acima, que o governo Lula tem sido muito melhor que o de FHC devido ao crescimento que apresenta o produto interno bruto (PIB) sob a gestão do primeiro. Sabe-se, porém, que usar o PIB para medir a qualidade de vida de uma população, não é adequado. Outros indicadores poderiam ser mais apropriados neste caso, pois o aumento do PIB não traduz necessariamente uma realidade sócio-econômica melhor. O Índice de desenvolvimento humano (IDH) seria o mais adequado para medir a qualidade de vida dos brasileiros. A observação deste, permite a verificação de que os indicadores sociais apresentaram melhor desempenho durante governo FHC, que ficou superior a 1%, na média. Por outro lado, sob o governo Lula, observa-se que a taxa média foi de 0,41% ao ano (entre 2000 e 2007), valor este que fica abaixo da metade dos valores verificado nos 5 anos anteriores.

Mas se insistirmos em usar o PIB como medida de crescimento, podemos observar que nos anos FHC o PIB brasileiro se manteve muito maior quando comparado com outros países latino americanos de estrutura sócio econômica semelhante, como a Argentina.

Porém, a insistência em usar dados do IBGE sobre o PIB comparando os governos Lula e FHC consiste em grande erro. Tal análise comparativa exige cautela, pois em 2007 houve alteração na metodologia utilizada e, coincidentemente, o valor do PIB para os anos do governo FHC ficou reduzido. Assim, fica evidente que desconsiderar essa mudança metodológica em uma análise comparativa sobre o PIB (nos governos FHC e Lula), levará a uma conclusão distorcida. Por outro lado, se a comparação entre as gestões se apoiar no IDH, nos programas sociais e na estabilidade econômica, será indiscutível a superioridade de alcance do governo FHC.

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