sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nem a burocracia aguenta a burocracia - Exame


Revista Exame/Gestão - Por ROBERTA PADUAN

Regras mal desenhadas, excesso de controles, falta de motivação e medo - sim, medo de ser envolvido em suspeitas de corrupção. É assim o dia a dia dos funcionários públicos responsáveis por tocar a máquina estatal brasileira.



Três meses após assumir a direção do Instituto de Matemática e Computação da Universidade Estadual de Campinas, o físico Jayme Vaz Júnior decidiu instalar um elevador no prédio da faculdade. Na época, em fevereiro de 2007, as escadarias do edifício de quatro andares causavam enorme constrangimento a uma estudante de pós-graduação que se locomovia em cadeira de rodas e precisava esperar pela ajuda de colegas. Professores idosos ou com problemas de saúde também reclamavam das escadarias. Desde que Vaz decidiu resolver o problema até o início da instalação do elevador, há alguns dias, três anos se passaram. Todo esse tempo foi consumido no preparo de quatro - sim, quatro - licitações para que a obra fosse contratada. Se tudo der certo, o elevador começa a funcionar em novembro, quase quatro anos após a decisão de instalá-lo. A aluna da cadeira de rodas não usufruirá do equipamento. "Ela desistiu em seis meses alegando que o curso era pesado. Mas acredito que a dificuldade de locomoção colaborou para a desistência", diz Vaz.

Não foi a falta de dinheiro, mas os obstáculos para gastá-lo, que transformou a licitação do elevador da Unicamp em uma novela. A morosidade característica do serviço público brasileiro é resultado de uma mi ríade de formalidades criadas com o objetivo - nobre e imprescindível, é verdade - de evitar o mau uso do dinheiro do contribuinte. O lado perverso desse excesso de controles é uma burocracia que, além de torturar empresas e cidadãos, cria embaraços para os próprios gestores públicos. Obras e serviços se arrastam por anos antes de começar efetivamente a ser executados. Mesmo depois de iniciados, são frequentemente interrompidos sob suspeita de falcatruas, por ações movidas por quem discorda do projeto ou mesmo por concorrentes vencidos nas licitações públicas - a Justiça é atulhada por pedidos desse tipo.

O enrosco chega ao ponto de enervar o burocrata mais poderoso do país. Nos últimos meses, em várias ocasiões o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou publicamente seu inconformismo com a lentidão de obras questionadas por órgãos como o Ministério Público Federal, o Ibama e o Tribunal de Contas da União. Num gesto extremo, há um mês, Lula usou o poder do cargo para...

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Veja que existe parado no congresso um projeto-lei desde 2007 que iria resolver boa parte da morosidade do processo de licitação, mas estas, desculpem o termo, "antas" não fazem outra coisa a não ser desculpar-se pelos atos de corrupção que acontecem naquele antro de incompetentes legisladores.

A infinidade de projetos importantes parados naquela casa, esperando pela decisão dos nobres deputados e senadores é assustadora. Digite no google "projetos parados no congresso" e veja que os mais diversos temas do cotidiano de nossa vida estão lá representados. E depois ainda reclama da judicialização que vem ocorrendo no Brasil, oras, se os nossos representantes não tem competência, deve mesmo sobrar para os ministro do STF que, julga-se, serem homens de extremo saber e que acabam por fazer o papel que caberia ao legislativo.


fonte: http://portalexame.abril.com.br/nem-burocracia-aguenta-burocracia

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