sábado, 4 de agosto de 2012

Expansão consolida proposta da USP Leste

http://each.uspnet.usp.br/imprensa/noticiado.pdf




Inaugurado em 2005, o câmpus da USP na zona 
leste de São Paulo ganhará dez prédios até 2014, 
seguindo a vocação de atender à comunidade



Está a caminho a primeira expansão da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH – USP), a USP Leste, inaugurada em 2005. O novo investimento, de cerca de R$ 96 milhões – quase o mesmo aplicado na criação do câmpus (pouco mais de R$ 100 milhões) –, acontecerá em consolidação ao projeto na zona leste e de sua vocação.

“Nossa marca é a de um engajamento muito forte com a comunidade. E a ampliação é a afirmação desse
câmpus e da sua proposta”, ressalta o diretor da unidade, Jorge Boueri. Segundo ele, o plano de expansão foi elaborado com lideranças locais e garantirá três novos equipamentos voltados à população, além do suprimento às necessidades acadêmicas.
“Essa unidade teve origem na demanda da comunidade e se consolida nesse caminho”, avalia o diretor.
Dentro desse perfil, o câmpus sediará também um dos principais serviços do Programa São Paulo Amigo
do Idoso, desenvolvido pelo Governo do Estado: o Laboratório Centro-Dia do Idoso (LCDI), cuja construção terá custo de R$ 5 milhões. A instalação de 1,2 mil m2, em três andares, será modelo, com prestação de assistência a idosos semidependentes (com limitações físicas e/ou cognitivas), moradores
da região, e apoio às suas famílias.

Além disso, terá um centro de ensino e pesquisa para formação de recursos humanos especializados, que vai ao encontro de atividades estabelecidas na USP Leste, como a Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) e os cursos de Gerontologia e Ciências da Atividade Física (leia mais no boxe ao lado). O cronograma de obras não foi definido, mas a direção pretende que, até março de 2013, todas tenham sido iniciadas. O prazo coincide com a comemoração dos dez anos de inauguração da pedra fundamental da escola. A entrega de todo o conjunto é esperada para 2014.

Novos prédios  – O plano de crescimento da USP Leste abrange dez novos pré-dios, ampliação do número de salas de aula e outras instalações, como piscina e gramado central, num total de 38 mil m2 em construções. A área total do câmpus (250 mil m2)também será acrescida de 43 mil m2, com um terreno vizinho cedido pelo Governo.
Nele, serão construídos o Centro de Convenções, de 10 mil m2, e o Centro de Cultura e Exposições, que ficarão abertos à comunidade. Ambos têm projeto do arquiteto Ruy Ohtake – que também assina o do
Parque Ecológico do Tietê – e abrigarão um espaço para a memória da imigração e da migração no Brasil, especialmente no que diz respeito aos seus desdobramentos na zona leste da capital.
Destinados a grandes eventos, os centros servirão ainda como laboratório para as atividades culturais do curso de Lazer e Turismo da EACH, e atenderão às iniciativas semelhantes dos outros cursos. O terceiro novo equipamento de interação social será a Escola de Desenvolvimento Social – Casa da Ciência,
que receberá alunos de escolas públicas com atividades científicas.

Para uso pedagógico exclusivo da universidade, as novidades são um edifício para a Escola Politécnica, que inaugurará o curso de Engenharia da Computação no câmpus, outro para atividades de pesquisa e extensão, um terceiro para a pós-graduação, e laboratórios de têxtil, moda e mídias.
“O curso de engenharia é muito aguardado”, afirma Boueri, acrescentando que a criação de 60 vagas para essa área é mais um exemplo da interação social do câmpus. “Atendemos aos pedidos”, informa. O projeto da Politécnica é também o que absorve o maior montante dos investimentos, com custo previsto de R$ 30 milhões.Outro objetivo contemplado é de chegar a 500 vagas na pós-graduação, que hoje tem 242 alunos. Nesse intuito, programas serão incorporados aos cinco atuais, como o da pós-graduação em sustentabilidade, o primeiro stricto sensu do gênero no Brasil e o primeiro doutorado da unidade, que já
está aprovado.


Completam o panorama da expansão o reforço para o prédio das salas de aula, com um bloco de mil m2
, uma piscina, um edifício para a coordenadoria do câmpus, o gramado central e o bosque da chaminé.
Novo modelo  – A integração da USP Leste com a comunidade da região que a reivindicou – a mais populosa da capital, cerca de 4 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE de 2010 – modelou o seu funcionamento. A presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária da EACH, Meire
Cachioni, diz que a proposta de estímulo ao desenvolvimento da zona leste impulsionou a criação de cursos inéditos e de uma metodologia diferenciada de gestão para a unidade. Seus dez cursos de graduação, cinco programas de pós-graduação e diversas atividades de extensão foram embasados nas mudanças ocorridas na sociedade e no mercado de trabalho nos últimos anos. Isso resultou nas opções de bacharelado em gestão ambiental, gestão de políticas públicas, obstetrícia, sistemas de informação, marketing, têxtil e moda, lazer e turismo, ciências da atividade física e gerontologia, além da licenciatura em ciências da natureza, que reúnem 5.716 alunos.Outro destaque, segundo a professora, é o seu programa de extensão. “De todos da
USP, somos o que mais investe em projetos dessa natureza. Isso é uma marca”, afirma. O trabalho na área abriga mais de 30 projetos simultâneos, entre cursos de atualização e especialização, e cerca de 50 bolsas de apoio financeiro. São projetos direcionados à comunidade interna e externa. Os da casa oferecem ficinas de teatro, coral e muitas atividades ligadas ao curso de ciências da atividade física. Para a comunidade externa, o maior número de possibilidades está na Universidade Aberta à Terceira Idade (ver boxe). No aspecto da gestão pedagógica, a distinção se dá pela interdisciplinaridade e pela ausência de departamentos. “Iniciamos um novo modelo pedagógico e há mais três unidades com essa estrutura, que permite a circulação dos professores em cursos diferentes”, explica o diretor. Em relação ao futuro da USP Leste,

Boueri salienta que, além da Poli, cuja presença está assegurada no câmpus, pode haver a adesão de outras unidades, pois muitas têm demonstrado interesse. “Nós buscamos um crescimento dentro dos padrões de excelência da USP e em conjunto com a sociedade”, conclui o diretor.

Trabalho de referência  – O projeto do Laboratório Centro Dia do Idoso (LCDI) foi consolidado no âmbito do programa governamental São Paulo Amigo do Idoso, lançado em maio deste ano para desenvolver ações voltadas à qualidade de vida e ao atendimento ambulatorial da população da terceira idade.
“A USP já tinha a intenção de montar, para o curso de gerontologia, um laboratório escola que possibilitasse a formação prática dos alunos, uma vez que essa é uma área nova. Surgiu assim o interesse de criar o projeto-piloto no espaço onde está sendo construído o conhecimento sobre a especialidade”, explica a pesquisadora Meire Cachioni.A unidade, que será referência para a criação de outros equipamentos similares no Estado, terá atendimento das 7 da manhã, às 7 da noite, com procedimentos para a reabilitação cognitiva e social, além de atividades sociais e educativas. Para isso, contará com equipe multidisciplinar de gerontólogos, médicos residentes, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.Os encaminhamentos poderão ser feitos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou pelo Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia. O prazo para a frequência
ainda não foi estabelecido, mas, segundo a professora, os educadores desenvolverão um trabalho para que os idosos não se tornem dependentes do equipamento. “Para que haja rotatividade”, esclarece.
O LCDI atuará ainda com serviços de retaguarda, como o atendimento domiciliar. Para a gestão, terá a parceria das Secretarias do Desenvolvimento Social e da Saúde, esta com a responsabilidade de contratação dos profissionais da área e de repasse financeiro de cerca de R$ 2,4 milhões por ano.


Sustentabilidade no câmpus – Na área do câmpus da USP Leste há a ocorrência de concentração de gás metano, por pertencer à várzea do Rio Tietê. Como os prédios inaugurados com a unidade não foram concebidos com sistema para a extração dos gases, a diretoria solicitou o desenvolvimento de recursos
para resolver o problema.A solução encontrada foi a adaptação de chaminés aos prédios antigos e um sistema de construção sem contato direto com o solo para os novos. Nesse projeto, já utilizado para a construção da Incubadora Social e Tecnológica, os prédios são erguidos sobre caixas de brita, que possibilitam a circulação dos gases, e apoiados em pilares. “A documentação dos recursos foi enviada para a aprovação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)”, afirma Boueri. Segundo ele, a escola promoverá também a recuperação do terreno cedido para a expansão e aprovou, para tal, um Plano
Diretor Socioambiental Participativo.O trabalho envolverá funcionários, professores, especialistas em gestão ambiental e alunos do curso de gestão ambiental da EACH, que deverão desenvolver um sistema de extração de gases, proceder à análise do solo e da água e a recomposição vegetal do terreno. “Queremos fazer um trabalho que sirva de exemplo”, diz Boueri. Paralelamente, terá início, no segundo semestre, o processo seletivo para o Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade da EACH, que será apoiado em duas linhas de pesquisa: Ciência e Tecnologia Ambiental e Gestão Ambiental. Primeiro programa stricto sensu do gênero no Brasil, terá vagas para mestrado e doutorado (o primeiro da escola). O objetivo é a formação de pesquisadores, mestres e doutores, com perfil interdisciplinar.  Saiba mais  – De acordo com a apresentação do curso da EACH, a gerontologia abrange a gestão da atenção ao envelhecimento e estuda aspectos biológicos, psicológicos e sociais da velhice. Dentre as atividades desenvolvidas pelo gerontólogo estão a avaliação do idoso, o planejamento e a execução de ações que promovem a qualidade de vida, pesquisas, gestão de instituições e serviços voltados para a população idosa, além do acompanhamento e apoio a cuidadores de idosos.Simone de Marco Da Agência Imprensa Oficial






















O amadurecimento da UnATI

O programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI), criado na USP em 1993 para promover cursos a pessoas com mais de 60 anos, tem na USP Leste a sua principal atuação.
A unidade oferece grande variedade de atividades em cursos semestrais organizados em duas frentes: com vagas em disciplinas da graduação, abertas pelos professores, ou em oficinas e minicursos criados só para
turmas da terceira idade. Um dos mais procurados é o Idosos  online, monitorado por alunos do curso de gerontologia e composto de três módulos: alfabetização digital, para idosos que nunca tiveram contato com o computador; aprendendo na rede, que envolve a busca avançada na internet para a aquisição de conhecimento gerontológico; e construindo a nossa rede, para a criação do blog da turma e páginas em redes sociais. Há ainda diversos núcleos: o de atividades físicas oferecem cursos de vôlei, ginástica, condicionamento físico, pilates e dança sênior. O aprendizado de pintura e trabalhos manuais, como o patchwork, é desenvolvido no de artes; enquanto o de conhecimentos gerontológicos trata sobre os direitos do idoso, a estimulação e o treino da memória e a promoção da saúde e da qualidade de vida.Novos conhecimentos – No segundo semestre do ano passado, 680 pessoas participaram das atividades. “Começamos com uma procura muito grande só de idosos da zona leste, mas hoje temos participantes de
todas as regiões de São Paulo”, diz a professora Meire Cachioni. É o caso de Sebastiana Rodrigues Mestre, 61 anos, moradora da zona norte, que começou a frequentar a UnATI no início do ano
passado. “Fiz quatro oficinas e estou repetindo a dose este ano”, conta. Cansada da rotina de dona de casa,
Sebastiana esperou completar 60 anos para realizar o sonho de frequentar uma universidade. “Tinha necessidade de novos conhecimentos e da convivência com outras pessoas, e a EACH me proporcionou isso”, diz ela, que não chegou a cursar o ensino médio. “Talvez ainda faça, para acompanhar as disciplinas da graduação”, planeja.Seu colega no Idosos on-line, o bancário aposentado João Batista Sante, de 63 anos, também encontrou um novo ritmo de vida e qualidade nos cursos da unidade. Ao se aposentar, há nove anos, caiu em depressão e, por indicação profissional, começou a buscar novos interesses. “Agora estou numa correria danada, uma coisa estimula a outra”, relata Expansão consolida proposta daUSP LesteInaugurado em 2005, o câmpus da USP na zona leste de São Paulo ganhará dez prédios até 2014,
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