segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resenha Crítica: A era dos direitos, de Norberto Bobbio.

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.


Norberto Bobbio, em sua obra, A era dos Direitos, reúne alguns artigos que ele escreveu durante muitos anos.

Para Norberto Bobbio três são os elementos de um movimento histórico, do qual já passamos e principalmente o qual vivemos, sendo eles os Direitos do homem, a democracia e a paz. Pois para ele “sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos” (BOBBIO, p.01)

E com esses elementos que Bobbio disserta sua obra, e a divide em três partes. Em geral seu livro relata sobre os Direitos do Homem, sobre as várias fases dos Direitos do Homem, e a questão da formação do Estado Moderno e sobre o significado histórico dos direitos.

Seu livro divide-se em três partes. A primeira baseia-se em três teses que diz jamais ter se afastado delas. As teses discorrem que os direitos naturais são direitos históricos, que os direitos dos homens nascem na era moderna, junto com uma concepção individualista da sociedade e que os direitos do homem tornam-se um dos principais indicadores do progresso histórico.

Essa primeira parte subdivide-se em três. A primeira versa sobre os Fundamentos dos Direitos do Homem, sobre o fundamento absoluto se existe e é desejável. A segunda, Norberto Bobbio aborda as várias fases dos Direitos do Homem, desde sua promulgação até a transformação em direito positivo no interior de cada Estado e sua expansão no plano internacional. Na terceira encontramos o significado filosófico-histórico da formação do Estado Moderno, da relação entre o Estado e os cidadãos.

A segunda parte aborda sobre os Direitos do Homem na Revolução Francesa e o que esta deixou de herança, e sobre a teoria de Kant, dando destaque a teoria kantiana do direito cosmopolita.
Na terceira parte da obra temos estudos sobre temas como a resistência a opressão, principalmente voltada à questão da resistência ao poder, pena de morte e o seu debate atual, tratando se acha certou ou não o uso e defendendo que a abolição da pena de morte será um sinal indiscutível no progresso moral. São discutidos acerca desses temas problemas históricos e teóricos.

Quando Norberto Bobbio diz que:

quando (...) colocamos o problema do fundamento dos direitos do homem, pretendemos enfrentar um problema do segundo tipo, ou seja, não um problema de direito positivo, mas de direito racional ou crítico (ou, se quiser, de direito natural, no sentido restrito, que é para mim o único aceitável, da palavra.)

ele quer expressar que os direitos do homem, não são meramente impostos como o direito positivo é, e sim são direitos desejáveis pelo homem, como o direito natural.

Essa idéia de colocar a fundamentação, o direito humano, em uma ligação ao direito natural, apresenta a noção de que o direito natural consiste em conformar-se em um ideal de justiça eterno na sociedade, e os direitos dos homens tem em si um ideal de justiça. Outra característica semelhante ao direito natural que é a de em toda a parte ter uma mesma eficácia e ser um direito universal.

Com a modernidade, os homens passam a ter direitos por força da natureza, ou seja, para o jusnaturalismo o homem é possuidor de direitos naturais que, posteriormente, são positivados nas Declarações de Direitos. A positivação dos direitos passa a assegurar uma dimensão permanente e absoluta, contra o poder do Estado.

Os direitos do homem resultam de lutas históricas pela libertação e emancipação do homem, que desencadearam as declarações de direitos firmadas em diferentes épocas da história da humanidade. Desta forma, os direitos ditos humanos são o produto não da natureza, mas da civilização humana; enquanto direitos históricos, eles são mutáveis, ou seja, suscetíveis de transformação e de ampliação.

Devemos ter me mente que as primeiras palavras que abrem a Declaração invocam o estado de natureza ao dizer: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”, o que é simplesmente outra maneira de dizer que “os homens são livres e iguais por natureza”. Rousseau abre “o Contrato Social” afirmando: “O homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros”. Para Norberto Bobbio, o desenvolvimento dos Direitos do Homem passou por três fases: os direitos de liberdade, aqueles que tentam limitar o poder do Estado; os direitos políticos, os quais passam a afirmar liberdade como fator positivo, de autonomia e, finalmente os direitos sociais que possibilitam o bem estar. Bobbio conclui que: a Declaração dos Direitos do Homem foi geradora de outras declarações.

Os direitos do homem e as liberdades fundamentais são universalmente respeitados a partir do momento em que seus fundamentos são reconhecidos universalmente.

Uma consideração é que falta uma incorporação dos direitos humanos de forma mais densa, com a criação de mecanismos efetivos para sua defesa e promoção. No momento em que a sociedade absorver esses conceitos, não serão mais necessárias medidas coercitivas, tampouco movimentos de defesa de determinadas facções sociais. Todos nós teremos em nosso íntimo, os preceitos arrolados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem. Outra consideração é que a proteção dos direitos humanos não deve se reduzir ao domínio reservado do Estado, ou seja, não deve se restringir à competência nacional exclusiva, uma vez que é tema de legítimo interesse internacional. A barreira da soberania nacional não deve restringir a aplicação dos Direitos Humanos.
Por Maria Regina de Oliveira Heuer

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Comunicado DIR/EACH - 020/2011

São Paulo, 06 de maio de 2011.
Caros Docentes e Funcionários,
Em função de solicitações de informações encaminhadas à Direção, esclarecemos que:
1) Quanto à Biblioteca:
a. Novos armários já estão sendo aguardados para o mês de maio.
b. Está prevista a montagem de 30 computadores para usuários.
c. Foram retomadas as ações referentes à adequação do espaço, incluindo obra do forro, iluminação, novas mesas, espaços de leitura, mobiliário para ambientes de estudo.
2) Vários bancos têm sido instalados na EACH. Novos bancos estão encomendados e aguardamos a entrega.
3) Já foram comprados 23 novos projetores multimídias. Os equipamentos com problemas serão substituídos em breve. Também foram adquiridas lâmpadas para reposição nos equipamentos.
4) Estão sendo projetados totens para recarga de notebooks que serão instalados no Edifício I1 e no CB.
5) Está em andamento a compra de 280 carteiras universitárias para as salas de aula, com dimensões adequadas para adultos. A aquisição das carteiras fora do padrão adequado é motivo de um processo administrativo na EACH.
Sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail projetos-each@usp.br para que a Comissão Assessora de Planejamento e Projeto de Espaço Físico, que conta com representação de docentes, funcionários e alunos, possa tomar as providências.
Saudações EACHianas,
A Direção

Fonte: http://each.uspnet.usp.br/diretoria/comunicado/2011-06-05mensagem-informacoes-gerais.pdf

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aluno morre em assalto na USP

19 de maio de 2011 | 


O estudante de 4º ano de Ciências Atuariais Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado na noite de ontem no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), na Cidade Universitária. Ele foi baleado na cabeça por volta das 21h30, depois de assistir a uma aula de Contabilidade no câmpus do Butantã, na zona oeste de São Paulo.
Segundo amigos do estudante, um guarda universitário ouviu um disparo e correu para o estacionamento da faculdade. Lá, encontrou Paiva já morto perto de seu Passat azul-marinho blindado. Um dos pés do rapaz estava dentro do carro e o resto do corpo, do lado de fora. Ao lado, havia uma chave quebrada, um celular e um óculos.
Testemunhas contaram à polícia que, logo após sair da aula, Felipe foi seguido até o estacionamento.Após abordagem, o estudante entrou em luta corporal com o suposto assaltante. Foi quando o assassino sacou a arma. Felipe ainda tentou entrar no carro blindado para se proteger, mas não deu tempo. Após balear o jovem, o bandido fugiu. O guarda ainda viu um carro grande, como um utilitário, saindo do estacionamento.
Para ele, houve luta corporal, pois a maçaneta do carro do universitário foi quebrada. Há câmeras do local, mas elas não conseguiram flagrar o crime.
Segundo amigos, Felipe morava com a família na região de Pirituba, zona norte, e trabalhava em uma empresa de gestão de fundos e investimentos na Avenida Brigadeiro Faria Lima. Obstinado, sonhava em crescer na vida para poder realizar seu grande sonho: ser piloto de avião. “Ele trabalhava muito, sonhava com isso”, contou a amiga Rebeca Nogueira, de 23 anos, que assistiu à aula de Contabilidade com Felipe. “Não tô acreditando ainda que isso aconteceu.”
Sem saber que Felipe tinha sido o rapaz assassinado, ela chegou a telefonar ontem à noite para a casa dele. A mãe avisou que Felipe ainda não havia chegado. Informados logo depois, pais chegaram ao local às 23h40, visivelmente transtornados. A mãe teve de ser amparada.
A notícia chocou não só estudantes da USP, como internautas em redes sociais. Por volta das 22 horas, o Twitter já trazia centenas de comentários sobre o crime e a falta de segurança na Cidade Universitária. “Cara, eu sempre brincava com esse negócio de toma cuidado no estacionamento da FEA pra não ser sequestrado”, disse um aluno. “Precisa acontecer isso para fazerem algo.”
O 93.º DP, que atende a Cidade Universitária, registrou 4 casos de homicídios e 3 tentativas neste ano – em toda a região, que inclui o Jaguaré. Por outro lado, houve o registro de 285 roubos, 634 furtos e 120 roubos de veículos.
Pedro da Rocha

terça-feira, 17 de maio de 2011

Optativas para segundo semestre de 2011.

Email enviado pela prof. Vivian:

Oi Fernando e Vinícius,
Envio a ementa das optativas do semestre que vem, que estarão sob minha
responsabilidade. Acho que precisam ser publicadas para os alunos,
Vivian

DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS


Disciplina Optativa: Direitos e Garantias Fundamentais

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A optativa oferecida pela Prof. Flávia na primeira aula de sexta-feira será sobre Saúde, e como ela disse em aula, a forma de avaliação será presença em aula e um artigo no final do semestre.

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Veja também:

Atribuição Didática de GPP para 2011/2 - informações

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Esclarecimento sobre os nomes Administração Pública e Gestão de Políticas Públicas.

Caros(as) Alunos(as),




Em primeiro lugar, louvo a todos pelo debate. O debate de idéias é sempre bem-vindo, sendo - de fato - a essência da universidade.



Escrevo, contudo, para esclarecer algumas questões históricas e alguns fatos recentes que demarcam a nomenclatura de nosso curso. Peço que, por favor, leiam com atenção. Inclusive, sugiro uma MESA na semana de GPP que apresente (e discuta) - didaticamente - o campo do saber de Gestão e Políticas Públicas no Mundo e no Brasil. Percebe-se, ainda, que a assimetria de informação entre os discentes e acadêmicos da área é enorme, dificultando sua compreensão e gerando algumas confusões.



Não sei se todos sabem, mas o estudo do campo de Adm./Gestão/Políticas Públicas como área de ensino e investigação é minha especialidade acadêmica. Meu doutorado, apresentando em 2006 na EAESP-FGV, versa sobre o ensino de graduação em AP no Brasil. Vocês podem acessá-la, se desejarem, na biblioteca digital da FGV na internet. (basta colocarem no google, tese Fernando de Souza Coelho).



Em primeiro lugar, alguns esclarecimentos sobre o nome do curso.



1. Entre 2004 e 2005, quando o curso foi desenhado/implantado, cogitou-se o nome Administração Pública para tal. Contudo, dois argumentos contribuiram para o curso ser intitulado de GPP, quais sejam: (I) de um ponto de vista legal, na época AP era considerado um curso idêntico ao de Administração (de Empresas) pelas autoridades educacionais brasileiras (MEC e CFA), o que, pelo artigo 11 do estatuto da USP, que impede a oferta de dois cursos similares ou idênticos no mesmo município, era vetado. Ou seja, pela interpretação, como existia um curso de ADM na FEA, não cabia um curso de AP no município de São Paulo. (II) de um ponto de vista acadêmico, tratava-se da proposição de um bacharelado interdisciplinar entre às ciências socias (sobretudo a C. Política) e a Administração Pública, portanto, sem relação com a profissão de Adminsitração. Logo, das ciências socias vem Políticas Públicas e da Administração (e áreas afins) vem Gestão. Eis, então, o curso de Gestão de Políticas Públicas.



2.Em 2005, tal nomenclatura, era uma exentricidade na academia (brasileira). Não existia nenhum curso com tal nome; hoje são, pelo menos, 10 (incluindo UNB, Unicamp, UFRN, UFABC, etc.). Em 2010, aprovamos no Conselho Nacional de Educação as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em PUBLICAS, incluindo AP, GPP, GP (Gestão Pública), GS (Gestão Social) e PP (Políticas Públcias). Temos, atualmente, aprox. 50 cursos no Brasil com esses nomes, sobretudo nas IES públicas. Cada nomenclatura tem um significado (especificidade), mas o ethos dos cursos é o mesmo, com variações - naturais - no design da grade curricular. Vejam - em anexo - uma carta assinada pelos coordenadores e professores de curso de PUBLICAS em anexo que pautou o CNE.



3. No exterior, o nosso curso é o denominado PUBLIC POLICY AND MANAGEMENT. Não existe PUBLIC POLICY MANAGEMENT.O signficado é, cursos de graduação ou pós-graduação, que articular a subárea de análise de políticas públicas (da ciência política) com o estudo de gestão pública. Enfim, uma formação tecnopolítica. No Brasil, a história mostra que os cursos de AP se tornaram - por circusntâncias da nossa história - uma adaptação de AE, tendo n problemas de formação acadêmica. Vejam o meu artigo em anexo, bem como o artigo da Marta Farah. Logo, em virtude desta história, existe um (pre)conceito com o nome Administração Pública que é descabido; contudo, como demonstramos, AP não é igual a GPP. Nos EUA, existem os cursos de Public Policy, Public Administration, Public Management, Public Affairs e Public Policy and Management (este é o nosso caso).



4. Durante as discussões do Relatório Melphi, foi proposto ao curso de GPP em reuniões a alteração da nomenclatura para a AP. Os coordenadores, na época, com o apoio do corpo docente, disseram que a proposta não cabia e usaram os argumentos acima. Na minha opinião, essa discussão não cabe e afirmo que tal fato não está e não entrará em PAUTA.



5. O que temos de fato é trabalhar - intensamente - para a divulgação do curso e a consolidação da área de GPP; esta é a proposta desta coordenação nos próximos dois anos. Contaremos com a colaboração de TODOS os alunos e ex-alunos.



Fico à disposição para discutirmos esse assunto pessoalmente. Assim, reitero a idéia de uma mesa na Semana de GPP para discutir a formação/conformação de nosso campo do saber em GPP.



Um abraço,



Fernando Coelho



P.S 1 - os arquivos citados seguem abaixo (link) ou em anexo.



www.each.usp.br/grife/images/CadernosEBAPE_FGV.pdf

(meu texto sobre as dificuldades do ensino de AP no Brasil)



http://gppusp.blogspot.com/2010/08/carta-de-balneario-camboriu.html

(carta dos coordenadores dos cursos de graduação em Publicas para o CNE).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Atribuição Didática de GPP para 2011/2 - informações

Caros(as) Alunos,

Em anexo, enviamos em pdf o documento de atribuição didática de nosso curso para o 2º semestre de 2011. Lembro a todos que tal horário, ainda que FECHADO em GPP, está sujeito a alguns ajustes.

Em linhas gerais, conseguimos cumprir com toda a alocação de carga-horária para GPP, considerando o ciclo básico (ED e RP). Ainda faltam algumas confirmações (vejam explicação na sequência), mas, grosso modo, nossa atribuição didática está OK - contando com a colaboração de alguns professores visitantes, bem como considerando a alocação do professor de Administração - em contratação - Martin Jayo.

Abaixo, seguem algumas explicações referente à oferta de disciplinas. Quaisquer dúvidas, estamos à disposição. Lembro que em tal processo consideramos uma planilha preparada pelos RDs - sobretudo pelo Vinicius Felix - com a necessidade de oferta de disciplinas diante da transição das grades curriculares. Conseguimos prever a oferta de algumas disciplinas que não estavam previstas, como:

- Políticas Públicas no Brasil Contemporâneo - intermestral em julho - Prof. W Pralon.
- Governança nas Organizações Públicas - Prof. E. Caldas, 2 semestre.
- Estatística II - a ser ofertada como intersemestral em janeiro de 2012, com professor a confirmar.
- Gestão de Custos (optativa a ser ofertada pelo Jaime), servirá de equivalência para os que necessitam da disciplina de Controladoria para se formar.
- A disciplina optativa a ser ofertada pelo Prof. Cabral servirá de equivalência para os que necessitam da disciplina de Sustentabilidade para se formar.

Em breve, divulgaremos a atrbiuição didática com as informações completas, como por exemplo a nomenclatura de todas as optativas.

Fernando e Cecília

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Abaixo, vejam as explicações e condicionantes referentes a tal atribuição.

1. Em adição, o Prof. Wagner Pralon colaborará com a oferta de uma disciplina intersemestral - Políticas Públicas no Brasil Contemporâneo (2 créditos); a oferta desta disciplina é fundamental para 20 alunos do último ano que pretendem se formar em 2011. Essa carga-horária será reduzida de sua carga-horária em 2012.

2. No segundo semestre, a Prof. Marta Assumpção e o Prof. Wagner Pralon estarão afastados para Licença Prêmio. Em adição, o Prof. Fernando Aguillar estará afastado na categoria de afastamento sem remuneração.

3. No próximo semestre, conforme aprovamos na COC de abril, atribuiremos 2 horas-aula para os professores responsáveis pela Supervisão de Estágio Obrigatório (que inclui Estágio não-obrigatório). Assim, o Prof. Rogério tem 6 horas-aula previstas em GPP, assumindo as disciplinas de Estatística I - manhã e noite - e dividindo a disciplina de Métodos de Pesquisa - manhã e noite - com o Prof. José Renato. Por sua vez, o Prof. Jaime, como ministrará tão-somente uma disciplina optativa de 4 créditos - em ambos os turnos, prefiriu não considerar tal desconto.

4. Um professor está assumindo uma carga-horária superior a 8 horas-aula no próximo semestre. Prof. Vivian que, além de RP, ministrará três disciplinas optativas. Em uma delas, buscará a participação de alguns convidados.

5. A disciplina Cidade Constitucional (2 créditos) será oferecida pelo Prof. Marcelo Nerling no período da tarde. Como as atividades (presenciais) da disciplina implicam tão-somente a participação do aluno na viagem técnica a Brasília (na semana da Pátria), é mais lógico a sua oferta em tal período, facultando ao aluno se matricular em outra disciplina optativa no período da manhã ou da noite.

6. Para fechar o horário, necessitamos que o professores que vão ministrar disciplinas optativas que apontem o código e o nome da disciplina. Temos algumas confirmações:

- Prof. Jaime - Gestão de Custos
- Prof. Vaz - Tendências & Inovações
- Prof. Alessandro - Psicologia Política e Políticas Públicas
- Prof. Marcelo Ribeiro - Políticas Públicas de Trabalho e Emprego
- Prof. Flavia - Políticas Públicas de Saúde

Faltam confirmar:

- Prof. Vivian - nome das duas disciplinas e em qual dos horários estão cada.
- Prof. Marcelo Nerling - nome da disciplina dentro do rol de GPP.
- Prof. F. Coelho - nome das duas disciplinas e em qual dos horários estão cada.
- Prof. A. Viúde - nome da disciplina dentro do rol de GPP.
- Prof. Iglecias - nome da disciplina dentro do rol de GPP.
- Prof. Cabral - nome da disciplina dentro do rol de GPP.

7. A disciplina a ser ministrada pelo Prof. Cabral terá conteúdo referente à Desenvolvimento local, Sustentabilidade Urbana e Políticas Públicas. Ele pediu para ter no máximo 36 alunos inscritos, em virtude de trabalho de campo previsto na disciplina.

8. A opção de escolha de optativas no curso não foi tão afetada. Os alunos do 8 semestre (noturno) poderão optar entre duas disciplinas na segunda-feira e na sexta-feira, bem como no primeiro horário de quinta-feira - considerando as opções de optativa no sexto semestre. Os alunos do 8 semestre (matutino) poderão optar entre duas disciplinas na quarta-feira e sexta-feira.

9. Necessidade de outras disciplinas por parte dos formandos, considerando a transição da grade curricular, serão analisadas a luz de processos de equivalências com outras disciplinas a serem negociadas entre coordenação, professores e alunos.

10. Em anexo, enviamos a nova grade e o documento de equivalência/oferta de disciplinas aprovado na COC de novembro de 2010.




Prof.: Fernando Coelho.

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Atribuição Didática GPP 2011.2.pdf


Nova Grade GPP.pdf
Grade2011-adaptacoes.doc

Escola de governo

Jornal Diário do Grande ABC

http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/71/5619/escola-de-governo.aspx

07/05/2011 

Nos últimos anos, têm aparecido muitos cursos superiores em Administração Pública, ou em Gestão de Políticas Públicas, pelo Brasil

Nos últimos anos, têm aparecido muitos cursos superiores em Administração Pública, ou em Gestão de Políticas Públicas, pelo Brasil. Uma das experiências mais interessantes vem do Estado de Minas Gerais.
Em Minas, foi criada a Fundação João Pinheiro, ligada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado. A instituição atua nas áreas de ensino e pesquisa em administração pública, avaliação de políticas públicas e na produção de indicadores estatísticos, econômicos, demográficos e sociais. Além disso, a fundação presta serviços aos governos estadual e federal, prefeituras, Câmaras municipais, organismos nacionais e internacionais, universidades, empresas privadas e entidades representativas de diversos segmentos sociais.
A João Pinheiro mantém um curso de Administração Pública bem diferente dos demais do País. Todo aluno que passa no seu vestibular já tem um lugar garantido no governo quando acabar o curso.
Funciona de forma muito simples. Quem é selecionado recebe um salário-mínimo por mês durante o tempo que estuda. Se já for funcionário púbico, passa os anos de estudo liberado de comparecer ao seu posto de trabalho. Assim que o aluno faz sua colação de grau, é nomeado no Estado para o cargo de EPPGG (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental). E passa a ganhar um salário, claro, bem maior do que a bolsa recebida durante os anos de estudo.
Quem passa por isso tem que permanecer, no mínimo, dois anos trabalhando para o governo mineiro. Quem fizer o curso e preferir não trabalhar no Estado, tem que pagar pelo tempo de estudo e devolver todo o dinheiro das bolsas que recebeu. 
COMBATENDO O CONCURSEIRO
No Brasil, temos uma verdadeira legião de concurseiros profissionais. São pessoas que dedicam uma fase de suas vidas para tentar entrar em um cargo público concursado, qualquer um deles. Claro, quanto maior o salário, melhor. Esse pessoal lota as salas de cursos pré-concurso pelo País afora. Alguns passam anos só estudando para concursos. Claro que, no meio desse pessoal, tem gente bem-intencionada, mas a maioria quer mesmo é só um emprego estável para viver nas costas da viúva.
A grande vantagem dos alunos da Fundação João Pinheiro é que eles passam anos e anos no Ensino Superior desenvolvendo uma concepção moderna de Estado. Entram no Estado dispostos a combater práticas predatórias, como utilizar da coisa pública como se fosse privada. Possuem a capacidade técnica e a vontade de fazer do Estado uma estrutura moderna, gerencial, e tentam trabalhar em políticas públicas da forma correta, formulando, implementando e avaliando as atividades do governo de forma eficaz, efetiva e eficiente.
CENTRO DE INDICADORES
A Fundação João Pinheiro é, hoje, muito mais do que uma graduação. Sua área de estatística produz indicadores de vários tipos, que facilitam a formulação e a avaliação de ações do governo mineiro. Com estes dados, fica muito mais fácil definir as prioridades e mais difícil que o dinheiro público seja desperdiçado.
Um Centro de Estudos de Políticas Públicas é responsável pela análise de todas as políticas implantadas em Minas Gerais. Especialistas de todos os lugares colaboram para pensar nas melhores formas de resolver os problemas do Estado e na melhor relação custo-benefício para as ações do governo. 
DÁ PRA COPIAR?
Municípios interessados em melhorar sua gestão pública poderiam copiar a experiência da Escola João Pinheiro, de Minas Gerais. É evidente que a maioria dos municípios brasileiros não poderia arcar com os custos da criação de uma escola de Ensino Superior. Mas isso tem solução. Imaginemos que, por exemplo, 20 municípios pequenos formem um consórcio intermunicipal e criem uma escola de governo. Cada município poderia arcar com os custos de um aluno por ano, e, ano a ano, seu governo receberia um especialista em administração pública. Com a estrutura da escola, poderiam ser organizados seminários para discussão de políticas públicas, capacitações para os funcionários públicos, produção de indicadores para a região, entre outras coisas. Professores e alunos destas pequenas escolas poderiam ter acesso a órgãos de financiamento de pesquisa, como CNPQ e Capes, e produzir pesquisas relacionadas à administração pública em sua região.

domingo, 8 de maio de 2011

Colação de Grau 1º Turma EACH/USP

Durkheim, Marx e Weber

Indivíduo e sociedade
Autores Clássicos e suas principais preocupações. As interpretações de Durkheim, Weber e Marx sobre a SOCIEDADE MODERNA.

Quem predomina? O indivíduo ou a sociedade? Sociologia x individualismo

a) Indivíduo x Sociedade (quem predomina?)

Por que todos nós estudamos, procuramos uma profissão, queremos ter um carro e uma casa, nos casamos? Enfim, por que temos uma trajetória de vida mais ou menos definida?
A sociedade molda o indivíduo: não somos totalmente livres – nossos pensamentos e ações são moldados socialmente. Somos muito menos livres do que pensamos ser. Sofremos a pressão do social. Somos condicionados e influenciados pelo meio. 


O individualismo – valorização do indivíduo como ser racional, livre e autônomo para escolher – é uma concepção histórica. O individualismo ganha força na era moderna, ao valorizar o indivíduo contra os poderes dos reis, dos nobres e do clero. A burguesia desenvolve essa concepção de indivíduo e a utiliza em suas teorias econômicas sobre a sociedade – uma sociedade em que indivíduos livre e racionais escolhem vender e comprar trabalho e mercadorias. A sociologia se opõe a essa concepção, ao mostrar que não somos tão livres: agimos (e pensamos) influenciados por forças sociais.

Ninguém é um Robinson Crusoé, vivendo isolado em uma ilha deserta. Nossa subjetividade é socialmente construída ao nos relacionarmos com a sociedade e com os outros.

Mas isso não significa que não possuímos uma certa liberdade.
Pense, por exemplo, nos desviantes. O desviante é aquele que quebra uma regra social, aquele que foge à regra. O comportamento desviante, geralmente, é punido (sofre sanções) pela sociedade. Essa punição pode ser uma simples reprovação social (como no caso das mães solteiras há 40 anos atrás: escolher ser mãe solteira era um comportamento desviante (fugia à regra), que era punido por comentários e olhares de reprovação); mas pode também, em casos extremos em quer o desvio é grave e considerado crime, ser punido de forma mais severa (prisão, por exemplo). O desviante pode, por outro lado, ser um inovador, transformando os padrões de comportamento da sociedade.

O indivíduo é capaz de mudar a sociedade com seus atos? Até que ponto o indivíduo é livre?
Depende do tipo de sociedade, dos recursos de que o indivíduo dispõe, da posição que ele ocupa na estrutura social (na nossa sociedade, o diretor de uma empresa multinacional possui mais recursos de poder (dinheiro e contatos políticos) do que o diretor de uma grande escola para interferir nos rumos do governo de sua cidade).

b) Comunidade x Sociedade
A pressão do social tende a ser maior em pequenas comunidades (cidadezinhas de interior, pequenas comunidades religiosas, tribos indígenas) do que em sociedades numericamente maiores e com maior divisão do trabalho (mais funções, mais opções para o indivíduo se expressar).

Como o indivíduo é moldado pela sociedade? Como a sociedade passa seus valores e regras para o indivíduo?

Continuação...

c) Processo de socialização, instituições sociais e papéis sociais
A socialização é o processo pelo qual o indivíduo incorpora as regras, os valores e a cultura da sociedade.
A socialização se dá através das instituições sociais: família, escola, igreja/religião, grupos sociais, trabalho, meios de comunicação, etc.
As instituições sociais são padrões de comportamento perduráveis e consagrados pela sociedade.
As instituições definem papéis para os indivíduos.
Desempenhando papéis, nos relacionamos com os outros.
O individualismo exagerado dificulta a convivência social (o nosso relacionamento com os outros) e a consciência do coletivo.

A sociologia nos ajuda a tornarmo-nos conscientes das forças que podem estar nos limitando enquanto indivíduos sociais.

d) A visão dos clássicos sobre a relação indivíduo e sociedade:

Emile Durkheim: o social prevalece. A consciência coletiva se impõe sobre os indivíduos, moldando-os.
Marx: a estrutura econômica da sociedade prevalece. As classes sociais são definidas por essa estrutura, e as classes sociais é que fazem a história.
Weber: a ação social dos indivíduos prevalece. A sociedade é constituída pelas ações dos indivíduos.

 Émile Durkheim (1858-1917):

a) A SOCIEDADE PREDOMINA, moldando, condicionando, padronizando os indivíduos.
O comportamento dos indivíduos é determinado pelas estruturas sociais. Nas palavras de Durkheim: "é o todo que faz a parte"
A sociedade tem características próprias, propriedades diferentes das partes que a compõem, constituindo uma realidade específica:
"A sociedade não é uma simples soma de indivíduos"
"O todo não é idêntico à soma das partes"
Consciência Coletiva: "conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade [que] forma um sistema determinado que tem vida própria".
b) A sociologia estuda FATOS SOCIAIS
Para Durkheim, os fatos sociais devem ser tratados como coisas.
Os fatos sociais são:
Exteriores: existem fora dos indivíduos. 
Coercitivos: exercem força, pressão sobre os indivíduos.
Gerais: encontram-se "espalhados" pela sociedade.
"é fato social toda maneira de agir, fixa ou não, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, que é geral na extensão de uma dada sociedade, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter"
Os fatos sociais cumprem uma função. O fato social corresponde a uma necessidade para a manutenção da harmonia social.
Fato social normal (mais freqüentes e vantajosos) x fato social patológico (aquele que é exceção, que foge à média)
Para Durkheim, o crime é normal por existir em toda e qualquer sociedade. Ele é considerado patológico quando foge à média (quando é estatisticamente alto)
a) Formas de integração/solidariedade social

Sociedades simples/tradicionais:Forte semelhança entre os indivíduos, A SOLIDARIEDADE MECÂNICA une os indivíduos, Predomina a consciência coletiva do grupo sobre o indivíduo.

Sociedades complexas/modernas:Os indivíduos se diferenciam por suas funções (maior divisão social do trabalho), A SOLIDARIEDADE ORGÂNICA une os indivíduos, maior espaço para a individualidade.

Com a modernidade, a sociedade passa por um processo de evolução caracterizado pela diferenciação/especialização das funções sociais. A consciência coletiva enfraquece e a divisão do trabalho social é que passa a gerar integração, ao criar dependência entre os indivíduos. 
O individualismo nas sociedades modernas dá mais autonomia e liberdade para as pessoas, mas se exagerado produz EGOÍSMO e ANOMIA. Enquanto o individualismo moral valoriza o indivíduo positivamente, o individualismo exagerado (egoísmo) é negativo para a sociedade, pois o indivíduo passa a seguir somente suas próprias regras e a só se importar consigo mesmo, não se importando com a sociedade e com os outros indivíduos. Nas palavras de Durkheim:
"Mas a sociedade não pode se desintegrar sem que, na mesma proporção, o indivíduo se isole da vida social, sem que os seus fins próprios se tornem preponderantes em relação aos fins comuns, em suma, sem que sua personalidade tenda a sobrepor-se à personalidade coletiva. Quanto mais estão enfraquecidos os grupos aos quais pertence, menos dependerá deles e tanto mais, por conseguinte, dependerá exclusivamente dele e passará a reconhecer unicamente as regras de comportamento que se baseiam em seus interesses particulares. Se conviermos, portanto, em chamar "egoísmo" a esse estado em que o eu individual se sobrepõe exageradamente ao eu social e o prejudica, poderemos dar o nome de egoísta ao tipo particular de suicídio que resulta de uma individuação excessiva."

Assim, o problema das sociedades modernas para Durkheim é de ordem moral. A divisão do trabalho social tem uma função moral: integrar.
Para Durkheim, as instituições sociais cumprem uma função para o bom funcionamento da sociedade. Elas são a materialização de valores morais.

b) ANOMIA: desintegração ou ausência das normas, regras e valores morais. Esse estado de falta de regras e valores deixa as paixões e ambições humanas sem limites. A conseqüência é um estado de confusão, competição e conflito gerais em que cada indivíduo segue suas próprias regras e interesses por não reconhecer regras ou valores comuns. Ou ainda um estado de desorientação geral, já que ninguém sabe por quais valores se orientar na vida. 

Durkheim propõe o culto/valorização do indivíduo (individualismo moral), a educação moral e cívica e o corporativismo estatal como formas de fortalecer os laços entre os indivíduos (através do conhecimento sociológico, que instauraria valores morais).

c) O suicídio também pode possuir causas sociais (relação suicídio e integração social)
Tipos de suicídio: 
egoísta (o indivíduo se isola, os laços sociais que o ligam aos grupos se desfazem, ele se mata por não se sentir parte de grupo algum); 
anômico (o indivíduo não consegue satisfazer seus desejos ilimitados pela falta de regras, ou se sente desorientado por não saber que valores seguir); 
altruísta (o indivíduo dá a vida por uma causa ou um ideal)

 Karl Marx (1818-1883)
 "até hoje os filósofos se contentaram em contemplar a realidade, mas o que importa é transformá-la".
"Tudo o que era estável e sólido desmancha no ar"

Antecedentes: 
A Revolução Industrial e a péssima situação dos trabalhadores.
Os trabalhadores começam a se organizar e a lutar por melhores condições.
Surgem o ludismo, os socialismos e os anarquismos.

Preocupações de Marx:
Emancipação do proletariado da EXPLORAÇÃO e ALIENAÇÃO capitalistas.
Superação do capitalismo pelo comunismo.

a) As CLASSES SOCIAIS são os sujeitos da história 
A LUTA DE CLASSES é o motor da história (na sociedade capitalista, essa luta opõe burgueses x proletariado(os que têm a propriedade dos meios de produção versus os que nada possuem)

b) Crítica radical da sociedade burguesa.
Crítica à igualdade formal / legal (e aos direitos do homem): a liberdade e a igualdade jurídica e política não bastam sem a emancipação econômica e social.
Crítica à economia política e suas supostas "leis naturais"
Crítica ao modo de produção capitalista (é histórico e superável: não é natural e eterno, não é um dado da natureza)
Acumulação primitiva = capitalismo comercial = violência, pilhagem, roubo, exploração colonial, escravidão, usura, legislação punitiva e rebaixamento dos salários. 
No capitalismo, o trabalho e o trabalhador se tornam mercadorias. Tudo se torna mercadoria, podendo ser trocado e medido por dinheiro.
O trabalho cria valor. Logo são os trabalhadores que geram riqueza. 
Exploração capitalista = extração da mais-valia pela classe capitalista
(mais-valia é o nome que Marx dá ao trabalho que o capitalista não paga ao trabalhador quando este gera riqueza ao produzir mercadorias).
A acumulação é o motor do capitalismo (D – D', ou seja, dinheiro que vira uma quantia maior de dinheiro). A busca do lucro, e não a satisfação de necessidades, é que move o capitalismo.

O trabalho no capitalismo é TRABALHO ALIENADO. 
(alienação = separação/estranhamento):
O trabalhador aliena o produto do seu trabalho
O trabalhador está alienado em relação ao seu trabalho (o ato de trabalhar)
O homem se encontra alienado dos outros homens, seus semelhantes.

Fetichismo da mercadoria = reificação/coisificação das relações sociais (os homens se relacionam através de coisas/objetos, e os objetos parecem se relacionar e possuir as características dos seres humanos)

c) A dominação no capitalismo é econômica, política e ideológica
O PROLETARIADO é o novo sujeito da história (antes foi a classe burguesa)
Estado = instrumento de domínio de uma classe sobre a outra (é um comitê da burguesia). Não representa os interesses gerais ou o bem comum.
IDEOLOGIA = visão de mundo das classes dominantes que mascara a dominação. Falsa consciência. Conjunto de representações da realidade que servem para legitimar e consolidar o poder das classes dominantes.

d) Superação do Klismo = CRISE DE SUPERPRODUÇÃO E REVOLUÇÃO (derrubada do poder pelo proletariado em armas) 
Ditadura do proletariado = socialismo (período de transição) 
Comunismo = abolição das classes, da propriedade burguesa e do Estado

e) Repercussões no século XX:
Revolução Russa de 1917, Revolução Chinesa (1949) e Revolução Cubana (1959).
Capitalismo x "Socialismo" real
O "socialismo" real
Reformismo, lutas e direitos trabalhistas e o Estado de bem-estar social
Os marxismos e a crítica ao capitalismo.




terça-feira, 3 de maio de 2011

DCE critica reitoria e promove bate-papo sobre curso da USP Leste


O DCE da USP promove amanhã à noite um bate-papo com o professor 
Pablo Ortellado, do curso de Gestão de Políticas Públicas (GPP), sobre 
a possível instalação de uma graduação em Administração Pública na 
USP Leste.
O bacharelado em Administração Pública está sendo montado pela FEA 
a pedido do reitor João Grandino Rodas, conforme mostrou ontem o jornal 
O Estado de S. Paulo.
 Na USP Leste já existe um curso com proposta semelhante, o de 
GPP, oferecido pela  Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). 
Na FEA, correm rumores de que a  graduação em Administração 
substituiria a de GPP.
Em texto publicado hoje no site do DCE, a gestão Todas as Vozes diz 
que o curso de  GPP está em risco. “Reafirmamos a necessidade de
 barrarmos as reformas excludentes  e antidemocráticas na USP.”
O encontro com o professor Ortellado será às 18h, no anfiteatro 3 da 
EACH-USP Leste..


Leia também:

Resposta do Coordenador Prof. Coelho sobre a proposta do curso de Adm na EACH.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Resposta do Coordenador Prof. Coelho sobre a proposta do curso de Adm na EACH.

Prezados(as) Colegas, RDs e Alunos,

Escrevo (abaixo) para esclarecê-los sobre a reportagem publicada no Estadão - on-line e jornal - nesta segunda-feira (encaminhada pelo nosso aluno Leandro Ferreira), a qual afirma que a Reitoria da USP solicita a abertura de um curso de graduação em Administração Pública à FEA-USP - cuja oferta pode ser em nosso campus.

Peço a todos que mantenham a serenidade, sem a necessidade de grandes alardes. Manteremos a todos informados sobre os fatos e, certamente, discutiremos esse assunto em profunidade em nossa reunião da COC de maio.

Boa semana!

Fernando Coelho

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1. Sobre o conhecimento dos fatos.

Desde meados de março cogita-se a abertura de cursos de algumas unidades da USP Butantã em nosso campus. Na última congregação (realizada em meados de abril) a Diretoria da EACH informou aos membros que a POLI-USP realiza um estudo para a abertura e/ou transferências de algum(s) curso(s) na Zona Leste.

Sobre a proposta de criação de um curso de Adm. Pública pela FEA-USP, a ser ofertado na Zona Leste, até meados da semana passada, era algo desconhecido ou ainda não divulgado (amplamente). Na quinta-feira (28/04), a aluna de GPP Mayara Patrão - representante do DCE - conversou comigo no intervalo da aula pergutando-me sobre tal proposta. Como eu desconhecia até então a proposta (que segunda ela foi discutida na última reunião da CG da FEA), respondi para ela que a criação de tal curso em nosso campus (ou unidade) não fazia nenhum sentido, seja pela equivalência/proximidade dos cursos de GPP e AP, seja pelas definições do estatuto da universidade (explico-me abaixo).

Na sexta-feira (29/04), um repórter do Estadão entrou o contato com o Prof. José Renato, indagando-o sobre um (possível) ofício da reitoria para a FEA-USP solicitando a criação de tal curso. Igualmente, o Prof. José Renato, após uma longa conversa com o jornalista que resultou na reportagem, disse que desconhecia a proposta e que a mesma era inviável pela similaridade dos cursos. Vejam a reportagem (em anexo).

Ainda na sexta-feira a noite, o Prof. José Renato e eu conversamos longamente sobre o assunto. Na ocasião, eu disse a ele sobre a informação que eu havia recebido da aluna Mayara Patrão, mas até então, com poucas informações sobre o assunto, tanto ele como eu achavámos que era alguma especulação dos jornalistas em relação (ainda) ao episódio de avaliação dos cursos da EACH que resultou no Relatório Melphi. No final da noite, o Prof. José Renato escreveu um e-mail para a diretoria e para a presidência da CG indagando-os sobre as informações repassadas pelo jornalista do Estadão.

Hoje (02/05), a matéria foi publicada no Estadão - on-line e jornal, trazendo informações adicionais da Assessoria de Imprensa da Reitoria e da diretoria da FEA. De acordo com a reportagem, existe SIM um estudo solicitado à FEA-USP para a implantação de uma graduação em AP, sendo o nosso campus apontado como o lugar para tal instalação.

Na meio desta manhã, recebi uma ligação do Diretor da EACH-USP para agendar uma reunião sobre tal asssunto/proposta. A reunião foi agendada para essa semana e, de imediato, adiantei para ele que eu - particularmente - sou contra a essa proposta de criação de um curso de AP em nossa unidade/campus. O diretor - Prof. Boueri - se  comprometeu em agendar uma reunião com o Diretor da FEA para uma melhor discussão/entendimento da proposta.

Ainda recebemos (eu e o Prof. José Renato) a resposta do e-mail da presidente da CG, dizendo que desconhecia tal proposta e que a mesma nunca foi mencionado no COG - Conselho de Graduação da USP.

2. Minha posição sobre a proposta

Abaixo, brevemente, explico minha posição contrária a tal proposta. Não conheço ainda a posição dos demais colegas (conheço apenas a do Prof. José Renato que, como eu, acham a proposta inviável e descabida). Por isso, essa é a minha posição como docente de GPP e não da coordenação.

- NÃO sou contrário a abertura de um curso de AP pela FEA-USP. A FEA-USP já teve em sua história um curso de graduação em AP entre 1965 e 1974, ano em que os cursos, antes distintos, se uniram e a especificidade em AP daquela escola se enfraqueceu. Na verdade, o que aconteceu na FEA (junão do ensino de AE e AP, ou incorporação deste por aquele) é o que aconteceu em quase todo o país nos anos 70/80. Assim, o ensino de Administração no Brasil - pós-70 - tornou-se sinônimo de Administração de Empresas. A FEA pode abrir esse curso nos campus do interior ou, se o estatuto da USP permitir, no seu próprio campus (prédio) na cidade universitária.

- SOU contrário a abertura de tal curso em nossa unidade (ou campus) - ainda não sei se somos unidade ou campus! - visto a similaridade entre os cursos. Não faz nenhum sentido termos os dois cursos - muito próximos em termos de abordagem - no mesmo local. Isso vai contra o princípio da universidade de racionalizar a oferta de vagas e bem aplicar os recursos públicos.

- Salvo engano, pelo estatuto da universidade, não é permitido que no mesmo município sejam ofertados os mesmos cursos de graduação, embora em unidades ou campus distintos. Assim sendo, pelo entendimento tradicional das autoridades educacionais, Administração e Administração Pública são cursos equivalentes, visto que são as duas nomenclaturas possíveis para as graduações em Administração (desde 2005). Pelo novo entedimento - referente à aprovação das Diretrizes Curriculares dos Cursos de Públicas no CNE em 2010 -, Administração Pública é equivalente a Gestão de Políticas Públicas, Políticas Públicas, Gestão Pública e Gestão Social, sendo essas as nomenclaturas facultadas para o ensino de graduação em AP e correlatos no país. Essas DCNs estão sobre a mesa do ministro de Educação, faltando tão-somente a sua assinatura para publicação.





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Da Professora Gislene:


 Prezad@s,



Do meu ponto de vista, a primeira pergunta que deveríamos fazer é por quê? 



Por que o reitor fez as propostas que fez à Poli e à FEA?

Eu penso, no caso da proposta de AP, haja uma hipótese que se faz presente em dois cenários. No cenário 1 que considera que a reitoria, bem informada do que seja o curso de GPP, escolheu oferecer um outro curso que iria contemplar parte dos conteúdos já presentes em nossa grade. No cenário 2 que a reitoria simplesmente nem sabe o que é GPP e simplesmente foi em busca de duas grifes USP que tem boa aceitação no mercado e os convidou para trazer seu prestígio para a USP Leste.



Para mim a hipótese é que a reitoria está agindo a partir daquilo que a psicologia denominada pensamento mágico. Segundo esse raciocínio, a mera vontade da reitoria, sem conhecer de fato (e não querer conhecer de fato), as causas dos problemas que enfrentamos na EACH, escolheu o caminho aparentemente mais fácil (também sem estudar as consequências dessa escolha). Algo como: “Vamos incluir algumas grifes na Zona leste é o problema estaria resolvido. Automaticamente a EACH ganharia prestígio, alunos e deixaria de ser um problema”. E, como disse o Zé Renato, seria uma excelente média com o PSDB. Nem de longe este tema diz respeito somente a essa gestão. E não falo isso do lugar de outro partido, mas falo do lugar de quem sabe que é preciso considerar a política do governo, nos últimos anos, para as universidades do Estado e o que isso significa e como querem nos usar para suas finalidades políticas presentes e futuras. Não se escolhe um reitor a partir do nada.



Como sabemos que nenhum estudo sério foi feito para avaliar coisa alguma, eu penso que devamos sair da posição reativa e mostrar a razão de ser de um curso de GPP na USP. Devemos propor uma avaliação de verdade desta política pública implementada na Zona Leste e propor que qualquer ação só pode ser tomadas a partir de avaliações maduras e bem conduzidas. E, para isso, devemos propor que a reitoria pague o que for necessário para que essa avaliação, que seria coordenada pelos docentes de GPP, seja feita. É muito
provável que a resposta seja não. Mas, sair da posição reativa significa cinco coisas:



1- ir à imprensa que tanto tem trabalhado para “divulgar” nossa Escola e dizer que o curso de GPP está pronto para oferecer seus profissionais para preparar uma avaliação séria e criteriosa tanto dos passos tomados desde
antes de 2005 para a implementação de nossa Escola até o momento presente e deseja que a reitoria invista nessa investigação.

2- contar com o apoio dos deputados que já estão dedicados a pensar o assunto.

3- informar a opinião pública que (como eu sei que já foi tentado) a única avaliação feita (desde antes de 2005) foi essa intitulada “relatório de avaliação de cursos” que não seguiu critérios acadêmicos defensáveis dentro da Universidade de São Paulo.

4- mostrar à reitoria e à opinião pública que, se a reitoria deseja implementar novas políticas de extensão de vagas (fechamento de vagas), criação de cursos na Zona Leste, nos cabe, como docentes que entendem do assunto políticas públicas perguntar à reitoria: a partir de quais critérios, informações, dados, pesquisas, investigações se avaliou que essa seria  a melhor saída. Pedir para que mostre os dados e indique (como
sempre cobram de nós) quais os parâmetros foram seguidos para essas investigações e proposições. Certamente não seriam projetos aprovados pela FAPESP!!! Piadinha.

5- sobretudo fazer tudo sem manifestar que estamos contra-atacando. Ao contrário, eu penso que devamos agir como profissionais que somos e fazer um parecer resumido do que tem ocorrido nos últimos meses, a partir do tal relatório  e sugerir que é preciso fazer uma avaliação séria antes de dar qualquer outro passo nutrido pelo pensamento mágico que tem reinado soberano na USP, no que fiz respeito à EACH.



Ninguém está mais qualificado para avaliar políticas públicas e propor encaminhamentos do que aqueles que se dedicam a investigar e a lecionar em GPP, sobretudo porque, aqui na EACH, poderemos oferecer a perspectiva
multidisciplinar que é a marca da Escola fazendo investigações que contemplarão múltiplos aspectos, simultaneamente.



É preciso que imprensa, opinião pública e reitoria saibam que somos capazes de fazer isso e que nos oferecemos para fazer isso. Se não foi para isso que o curso de GPP foi criado (vai saber se sabiam o que estavam fazendo quando propuseram a  criação da EACH-USP Leste), ao menos agora temos que mostrar
que nós sabemos o que estamos fazendo e o que queremos. Dizer que o que não estamos endossando são ações pautadas pelo pensamento mágico. Não tem nada a ver com disputa entre cursos ou reserva de mercado ou corporativismo de qualquer espécie. Trata-se de ter cuidado com o uso do dinheiro público para evitar mais ações impensadas que, no lugar de resolverem problemas, criam outros.



Eu sugeriria um tom como esse em qualquer conversa futura. Temos sido muito bonzinhos e nada arrogantes como se costuma ser na USP quando se quer ser ouvido. Acho que agora é o tempo de subir o tom, mas com qualidade e estofo acadêmicos. Subir o tom sem gritaria, mas com a competência que os docentes de GPP têm de sobra. Se não formos nós, de um curso cuja missão é essa, formar gestores capazes de lidar com situações (entre outras) como essas pela qual estamos passando, quem não USP será capaz? Esse é o momento de
mostrar para que viemos e realmente subir o tom!!!



Saudações.



Gislene.



































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A Direção da EACH comunica: EACH NÃO É USPLESTE.



Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

Jovens querem ser políticos

USP LESTE - EACH

Vídeo institucional da EACH parte 1.

Vídeo institucional da EACH parte 2.

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 1

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 2