sábado, 24 de abril de 2010

Moral e Politica em Nicolau Maquiavel - Vinicius Felix

Trabalho de conclusão da disciplina Introdução ao Estudo da Política - Professor Pablo Ortelado
Moral e Politica em Nicolau Maquiavel - Vinicius Felix




Moral e Política na Obra de Nicolau Maquiavel: justificação pela ética guerreira.

A critica a cerca dos escritos de Maquiavel, geralmente considerado o pai da ciência politica, abordam o inédito da separação, na sua analise, da prática política das considerações morais. Essa abstração da moral que caracterizaria o discurso "maquiavélico", dá margem ainda para qual seria o posicionamento moral de Maquiavel: se trata-se de denuncia da moral, que limitaria a apreciação emancipada da política por ela mesma; se tratava-se de demonstrar que a política não seria praticada moralmente; se tratava-se da demonstração de lógicas diferentes para uma ética particular e para uma ética pública. E também sobre qual seria seu direcionamento político: se suas obras seriam analises "cientificas" da política; se se tratavam de apologias oportunistas por parte de Maquiavel ora à republica ora à monarquia; ou se seria denuncia disfarçada de manual, das maneiras cruéis dos déspotas, destinada ao esclarecimento da população quanto à importância da liberdade. Ora, em qualquer que seja a alternativa, geralmente se abstrai a "superestrutura" moral que permeia os textos. Isso porque o autor de fato não tem escrúpulo em descrever os atos mais imorais, perpetrados pelos "Grandes Homens" da História. Mas confunde-se a descrição com prescrição. Há na obra prescrições mesmo de como proceder no crime. Porém, não só esses atos são classificados como crimes abjetos, mas há na obra a prescrição da maneira correta do homem proceder na vida, a fim de obter a glória. Isso é moral. A eficiência política não se confunde com probidade pessoal, nem a eficiência criminosa em atingir fins políticos se confunde com atos necessários ou próprios para a boa política. Sobre Agátocles, tirano de Siracusa, homem eficientíssimo em manter sua posição através dos crimes, da crueldade e da força de sua personalidade, diz: "Mesmo que não seja possível dar o título de ato valoroso à matança dos concidadãos, à traição dos amigos, à falta de fé, piedade e religião, com tudo isso se conquista o poder, não a glória" (O Principe, Cap. VIII). Os esforços de se abstrair a moral na analise da obra de Maquiavel, em si podem ser tomados como um posicionamento ético/moral. É a tentativa de se transpor éticas (ou projetos de éticas) atuais para o passado, a fim de justificá-las com a autoridade de tão famoso autor. Além da temática da justificação dos meios pelos fins, já de uso vulgar, e da identificação da eficiência política como fim em si (a exemplo de Agátocles), ocorre a transposição de concepções "pacifistas" modernas, de abominação da violência e identificação dessa com o que seja mais imoral. Nisso se perde de localizar as concepções éticas particulares a Maquiavel, como sendo situado historicamente numa sociedade sabidamente violenta. Mesmo o cristianismo, identificado com pacifismo nos seus primórdios e atualmente, como praticado hegemonicamente então (Séculos XV e XVI), não condenava a violência. Assim se faz necessário para a devida apreciação da obra, conhecimento do contexto em que "a obra veio à luz" (MARTINS, 1999), da vida pessoal do autor e do seu meio social. Minha preocupação aqui não é analisar o contexto social e politico da obra de Maquiavel, mas identificar alguns aspectos da "superestrutura" moral que permeia a obra, os determinantes dos julgamentos morais dados sobre os homens e feitos abordados pelo autor, para além da simples descrição de praticas políticas. Os temas que identifico nas obras O Principe e Discorsi (principalmente, mas também em A História de Florença) e que irei abordar, embora não de forma exaustiva, versam sobre: i) a natureza do Mundo, dos homens e da História; ii) a natureza, função e desenvolvimento do Estado, da Lei e da Religião; iii) os tipos de Estado apropriado a cada situação, das diferenças entre principados e repúblicas, e do tipo de homem e atitude necessário a cada; e iv) a ética guerreira, sobre o que de fato é Virtude, e como se relaciona com a Fortuna, para a perpetuação da Glória.

Texto completo clique aqui.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cursos de Graduação em Administração Pública e Políticas Públicas.

Mensangem do prof. José Renato, coordenador do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP.

Caros alunos,
é com muita satisfação que redijo esta mensagem para me comunicar diretamente com todos os alunos de GPP e reproduzir uma notícia dada na última reunião de CoC.

O Conselho Nacional de Educação vem realizando um processo para o estabelecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação em Administração Pública e Políticas Públicas, compreendendo o campo muldisciplinar "voltado a Estado, Governo, Administração Pública, Gestão de Políticas Públicas, Gestão Pública, Políticas Públicas e Gestão Social" (palavras retiradas da minuta elaborada pelo CNE). Tal ação do CNE resultou na realização de uma audiência pública realizada no último dia 5 de abril em Brasília, na qual reuniu representantes de diferentes cursos de Administração Pública, Gestão de Políticas Públicas, Políticas Públicas, Gestão Social entre outros.

Nesta reunião fomos representados pelo Prof. Fernando Coelho, portador de uma carta redigida pela coordenação de GPP na qual expressamos nossa posição sobre tal processo (anexo), e que além de participar ativamente da audiência pública reuniu-se com mais de uma dezena de coordenadores e representantes de cursos congêneres ao nosso, o que sem dúvida alguma representou a formação de uma rede de cursos de graduação em Gestão Pública (denominação genérica para abarcar as diferentes denominações que existem atualmente no Brasil).

Portanto, gostaria com esta mensagem ressaltar a importância deste processo.
Em primeiro lugar, pela primeira vez criou-se um fórum de discussão entre os cursos de graduação em Gestão Pública (diversas denominações), fato muito relevante, dado que nos últimos anos surgem vários cursos de graduação na área em mais de uma dezena de instituições públicas brasileiras - USP, UNICAMP, UnB, UFABC, UFRN, UDESC, UNAMA (PA), UFC, UFRJ entre outras. Em segundo lugar, gostaria de registrar que a nossa experiência vem servindo de referência para diversas destas instituições, e que o fato de criarmos o primeiro curso de Gestão de Políticas Públicas do Brasil, em 2005, vem sendo bastante elogiada em diversos lugares, inclusive pelos próprios proponentes desta audiência pública.

Demarco ainda o fato de todas estas instituições demandarem conhecer os detalhes da nossa experiência de implantação do curso de graduação em GPP, bem como das discussões que estamos fazendo em torno de nosso PPP (Plano Político Pedagógico), o qual todos sabemos vem sendo reformado pela CoC de GPP, sendo o mesmo submetido para apreciação dentro da USP nos próximos meses.

Na minha avaliação este processo de debate em torno da área da Gestão Pública é bastante importante para nosso curso, uma vez que tal área vem passando por um momento de reinvenção, e agora em 2010 já deixamos de ser somente um curso "diferente", uma "excentricidade" ou uma "nova experiência pedagógica" como éramos no momento inicial das atividades do curso de GPP da EACH/USP (dado que éramos o único curso do Brasil com este nome). Além de representar um ganho muito grande para os alunos que estão se formando ou virão a se formar, pois nosso curso, além do reconhecimento formal que obtivemos em 2008 pelo Conselho Estadual de Educação, órgão responsável por regular as universidades públicas paulistas, vem ganhando legitimidade e reconhecimento dentro da academia brasileira e, principalmente, dentro do setor público brasileiro. Afirmo isto pois a visibilidade de nosso curso vem aumentando a cada dia, e o reconhecimento da excelência de nossa proposta vem recebendo diversos elogios e reconhecimento de muitas pessoas e instituições, como por exemplo, os participantes da referida audiência pública.

Importante também demarcar que o corpo docente de GPP vem reformulando nosso PPP através de um processo de discussão exaustivo iniciado ainda no final de 2008 (ressalto que daquele ano em diante realizamos mais de uma dezena de reuniões sobre o assunto entre o corpo docente e a RD), e que agora no início de maio, mais especificamente no dia 4 próximo, realizaremos a reunião final no qual a versão final de nosso novo PPP será apreciada. O texto será finalizado na próxima semana, e a RD discente receberá uma cópia, para que discutamos na reunião do dia 4, que aprovará o texto final e o remeterá para a CG de nossa unidade, iniciando assim os trâmites burocráticos para que o novo PPP seja implementado a partir de 2011.

Gostaria de terminar esta longa mensagem dizendo aos alunos que o processo de reformulação de nosso PPP vem sendo uma etapa longa e necessária de nossa atuação enquanto curso de graduação, e toda esta discussão foi acompanhada de perto pela RD, portanto, posso afirmar com muita convicção que o nosso novo PPP, apesar de alguns discursos minoritárias contrários, será fruto de um planejamento no qual todo o corpo docente participou, bem como a RD, e no qual todos vem podendo expressar sua opinião no sentido de construirmos um certo consenso em torno da natureza e dos objetivos de nosso curso.

Portanto, gostaria de deixar registrado que apesar de falas que visam minar toda e qq ação que destoe de opiniões individuais minoritárias, as quais não encontram respaldo e legitimidade nos demais partícipes, o novo PPP de GPP está muito afinado com o setor público brasileiro, característica que dará um salto de qualidade nesta importante e próspera experiência de curso de graduação. Importante registrar, para finalizar, que tais ações somente abrirão mais portas no mercado de trabalho para os egressos de nosso curso (portas que já existem e que a cada dia que passa ficam mais numerosas).

Fico a disposição de todos, abraços;
Zé Renato
PS. Para aqueles alunos que não saibam ainda, todo o processo de discussão de nosso PPP está registrado numa wiki - http://www.gpopai.usp.br/wiki/index.php/Revisao_GPP; por favor visitem tal endereço, disponível desde 2008.



Prof. José Renato de Campos Araújo
Coordenador de Curso
Gestão de Políticas Públicas
Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)
Universidade de São Paulo (USP)
55 11 3091.8115
skype: jrenato.araujo
zrenato@usp.br
www.each.usp.br/zrenato













segunda-feira, 19 de abril de 2010

Trancamento parcial de matrícula dias 26 a 30 de abril.



Prezados alunos,

Informamos que o período para solicitação de trancamento parcial de matrícula, referente ao 1º sem/ 2010, será de 26 a 30.04.2010, das 09h às 14h e das 16h30 às 21h, no Serviço de Atendimento ao Aluno.

É permitido fazer o trancamento parcial em qualquer disciplina em que o aluno encontra-se regularmente matriculado, desde que permaneça matriculado em pelo menos 12 (doze) créditos-aula.

Para fazer a solicitação, o(a) interessado(a) deverá imprimir e trazer preenchido o formulário específico, anexo, e disponível na página da EACH: www.each.usp.br (link / graduação / formulários), e entregá-lo no Serviço de Atendimento ao Aluno.

Consultem os códigos e créditos das disciplinas no resumo escolar do júpiter web.



Atenciosamente,


Serviço de Atendimento ao Aluno



domingo, 11 de abril de 2010

A Importância do xerox na vida universitária

Por Eleonora Rigotti*

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Se é verdade que uma Universidade se faz com alunos e professores, também é verdade que todo estabelecimento de ensino possui hoje um Xerox. Grandes, pequenos, uns menos informatizados, outros mais. Fato é que a maioria esmagadora dos professores disponibiliza material em suas respectivas pastas e os estudantes, fotocopiam! Em grande escala.
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Segundo estudo (disponível em www.gpopai.usp.br/relatoriolivros.pdf) do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai–USP), 1/3 da bibliografia básica obrigatória de 10 cursos da Universidade de São Paulo (USP) estão esgotados. Os dados mostram claramente que a compra dos livros utilizados na Universidade (em oposição à cópia reprográfica de capítulos) não está ao alcance dos estudantes. Em todos os cursos, para mais de 3/4 dos estudantes, os custos anuais para a compra de livros está muito próximo da totalidade da renda familiar mensal ou mesmo a ultrapassa.
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A realidade atual, de livros esgotados, bibliotecas com poucos (e às vezes nenhum) exemplares e condições sócio-econômicas não compatíveis com os gastos, faz com que os estudantes sejam impelidos a xerocar as obras. Entretanto, essa prática, apesar de difundida e fundamental para a vida acadêmica atual, não é tão tranquila quanto parece.
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Os Xerox vem sofrendo, desde 2004, uma intensiva fiscalização da ABDR (Associação Brasileira de Direitos Reprográficos) e muitos foram fechados. Em cinco estados brasileiros - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Sul - universidades e diretórios acadêmicos (que muitas vezes abrigam os Xerox em suas instalações) foram processados pela realização de fotocópias. Até agora, 18 instituições foram acionadas na Justiça. A atual Lei de Direitos Autorais (9610/98) permite a reprodução de "pequenos trechos" das obras, sem definir porcentagens. Para a ABDR, estariam liberadas no máximo três páginas.
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Na ausência de interpretação clara do Judiciário, adicionada à insegurança jurídica causada pelo vago termo da Lei, bem como da necessidade urgente de alunos terem acesso a material para estudo, no final de 2005 a FGV baixou uma Resolução idêntica à já emitida pela USP e pela PUC e que interpreta o termo "pequenos trechos". O Conselho Universitário da USP aprovou resolução para regulamentar a xerox de livros e de revistas científicas, segundo a norma, "serão liberadas as cópias de pequenos trechos dos livros para uso privado do copista [aluno], sem visar o lucro". Na prática, está liberada a cópia de um capítulo de livro ou de um trabalho científico em revistas especializadas, disse o professor encarregado do parecer, Walter Colli. "A USP não quer cometer ilegalidade, mas também não quer impedir as formas clássicas de ensino", disse.
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As infinitas possibilidades de interpretação da lei prejudicam os estudantes, que não têm outra saída a não ser xerocar as obras para estudar. O que é pequeno trecho de um livro de Medicina? Ou de História? Ao mesmo tempo, o que é pequeno trecho de um poema? Uma linha? A interpretação é subjetiva, e o que me parece central é compreender o acesso democrático ao conhecimento como fundamental para o processo educativo, dentro e fora dos ambientes educacionais. Os direitos autorais devem ser respeitados, sim. Como expressos na Constituição Federal e na Declaração dos Direitos Humanos. Mas também cabe-nos diferenciar o direito dos autores do direito das editoras. O interesse público do privado.
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Cercear a reprodução de obras já esgotadas, impor preços não condizentes com a realidade econômica do país e criminalizar estudantes e professores pela tentativa de distribuir e compartilhar conhecimento não são atitudes condizentes com uma perspectiva de democratização da Educação. O setor editorial é muito beneficiado por recursos públicos,seja por meio de imunidade de tributos e não incidência de contribuições, seja pelo financiamento direto na produção de conteúdos, com o pagamento de cientistas ou bolsistas em regime de dedicação integral seja pelo financiamento de editoras universitárias públicas. Se faz necessária, portanto, uma contrapartida para a sociedade que o financia.
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Cabe ao poder público garantir a contrapartida para a sociedade, através de meios legais, cada vez mais claros e coerentes com a realidade. O processo de Reforma da atual Lei dos Direitos Autorais (9610/98), que deve entrar em fase de consulta pública ainda este mês, é uma oportunidade para que as mudanças necessárias sejam colocadas, de forma a garantir que as demandas da sociedade sejam ouvidas. A livre reprodução das obras, sem restrições de tamanho, autor ou editor, para fins educacionais, deve ser conquistada e garantidanesse processo.
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A construção de uma sociedade mais justa e fraterna passa pela garantia do acesso e da difusão dos conhecimentos didáticos e científicos, pelo reconhecimento da Educação como um direito de todos e dever do Estado e do entendimento da Cultura como elemento transversal nesse processo.
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* Eleonora Rigotti é estudante de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo e intregrante do Centro e Circuito Universitário de Cultura e Arte da UNE

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Sugestão de Leandro - Conforme email abaixo:

Basilio, uma companheira de GPP escreveu um belo texto sobre a vida universitária que tem tido uma boa repercussão. Segue copiado abaixo. Se julgar interessante, por favor, divulgue!

Abraços

Leandro Teodoro Ferreira
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Carta-resposta do Boueri ao editor do Estadão

São Paulo, 07 de abril de 2010.

Ao Editor-Chefe do
Jornal O Estado de S. Paulo

O papel do Grupo Estado e da Família Mesquita no processo de criação e consolidação da Universidade de São Paulo, iniciado antes mesmo de 1934, é notório e sempre foi motivo dos mais altos elogios da sociedade brasileira e de reconhecimento por parte da comunidade acadêmica da USP.

A profissionalização do jornal e da USP foram implementadas visando a adequação aos novos tempos e se constituíram em soluções fundamentais para sua sobrevivência e para o cumprimento de suas missões junto à sociedade.

Vemos com estranheza a publicação sistemática de editoriais deste prestigioso
jornal coincidindo com a véspera das reuniões do Conselho Universitário da USP e gostaríamos de recordar a essa editoria alguns fatos que julgamos relevantes.

Primeiramente, a discussão sobre o plano de expansão de vagas nas universidades estaduais paulistas ocorreu a partir do ano 2000 no governo Mário Covas, com as primeiras verbas orçamentárias disponibilizadas no o ano de 2001, através da emenda conhecida como Emenda Deputado Claury.

A partir de janeiro de 2002, as universidades estaduais elaboraram seus planos
de expansão. A USP trabalhou na viabilidade da criação da unidade na Zona Leste, a Unicamp na criação da unidade em Limeira e a UNESP em diversas unidades espalhadas pelo estado.

A Universidade de São Paulo empreendeu nos anos de 2002 e 2003 o estudo da viabilidade locacional e didática do projeto da criação de uma unidade na Zona Leste da cidade sob o comando da Profa. Dra. Míriam Krasilchick, ex Vice-Reitora da Universidade.

Em 2005 a Escola de Artes, Ciências e Humanidades é inaugurada e se dá o início das aulas nos dez cursos aprovados pelo Conselho Universitário, nove bacharelados e uma licenciatura. O sucesso dos cursos de Marketing, Sistemas de Informação e Têxtil e Moda é evidenciado pelos índices de procura na FUVEST.

A criação da EACH reconhece a longa e coesa luta da Zona Leste por melhores condições para a sua população. Hoje, a inserção na região é palpável, com alterações no entorno e com articulação de transporte de massa pela reformulação da Linha 12 da CPTM. Os estudantes e docentes da EACH cooperam com escolas públicas, indústrias, e com o setor de saúde da região.

No mês de março a Universidade de São Paulo assinou convênio com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento para a construção de uma Incubadora Tecnológica e Social, e o credenciamento do Parque Tecnológico da Zona Leste, projetos que tiveram participação decisiva de professores da EACH.

A EACH apresentou em 2009 o maior número de Projetos de Extensão e Cultura na Universidade e conta com o maior Programa da Universidade Aberta à Terceira Idade da USP. Demonstra dessa maneira sua vocação ao contato com a comunidade externa. O Programa PROEXT do Ministério da Cultura aprovou 18 projetos para o Estado de São Paulo, sendo que dos sete contemplados na USP, cinco são de docentes da EACH.
A EACH é um projeto inovador e como tal pensou-se em induzir à inovação com base numa análise da sociedade atual e na que está por vir, pensando-se não apenas em formas para atender, mas também para estimular novas necessidades. Ou seja, pensa-se no mercado de trabalho, mas também em novos tipos de empregos e produções, provocando até mesmo a criação de novos conselhos profissionais. A revisão e atualização dos cursos têm sido constantes desde a criação do campus e os centros decisórios da Universidade têm acompanhado esse processo, conferindo confiança a Escola.

Os cursos de Gerontologia e Obstetrícia vêm se preparando para incorporar as
adaptações que se fazem necessárias, processo comum na Universidade, especialmente em cursos com menor tempo de implantação. A coordenação do curso de Obstetrícia está encaminhando uma proposta de adequação será concluída até o final do mês de abril. Quanto ao curso de Gerontologia, seus docentes decidiram por mudanças e adequações na grade curricular que reverterão na formação de um profissional capaz de produzir conhecimentos gerontológicos e realizar a micro e macro gestão na área. Cabe ressaltar que os egressos deste curso encontram boa inserção no mercado de trabalho e que a importância desse curso já é reconhecida pela sociedade.

O Mestrado em Sistemas Complexos, primeiro Programa de Pós-Graduação da EACH, já iniciou suas aulas. Trata-se de um programa stricto sensu interdisciplinar que servirá de canal de transição para estudantes provenientes das áreas de gestão, saúde e sócio-ambientais com interesse em um treinamento em modelagem quantitativa; e para estudantes provenientes das áreas de matemática, física, computação e engenharia interessados em aplicações sócio-ambientais. Além deste Programa, a EACH já submeteu o pedido de criação de outros programas à Pró-Reitoria de Pós-Graduação, é parceira no Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina e já aceitou o convite para integrar o Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte. A previsão é chegar a mil alunos de pós-graduação nos próximos cinco anos.

A EACH possui grande número de laboratórios didáticos e de pesquisa, tais como os de: têxtil e moda, simulação e observação, softwares especiais, física e saúde, desenvolvimento em recursos didáticos, gastronomia, multidisciplinares (Física/Química), estudos do movimento, terceira idade e de informática. O uso compartilhado das instalações permite a interdisciplinaridade e a colaboração entre várias áreas. Dessa maneira, as áreas do conhecimento englobadas pelos cursos da EACH têm tido suas necessidades supridas com laboratórios apropriados.

A internacionalização é intensa na Escola, com alunos nossos indo para o exterior, e estudantes da Comunidade Européia e da América Latina chegando para intercâmbio. Foram celebrados convênios e nossos professores participam de Congressos no exterior, enquanto alguns já atuam como professores visitantes em Universidades fora do Brasil.

Entendemos que as duas manifestações do editorial do Jornal O Estado de São Paulo, publicadas este ano e relativas à USP Leste, em nada contribuem para o sucesso das atividades da Universidade, tentando apenas induzir ao descrédito da EACH junto à comunidade acadêmica e à sociedade, denotando campanha política neste ano eleitoral.

Este tipo de publicação prejudica o bom andamento dos trabalhos da Escola que no momento empenha-se em proceder às alterações que se fazem necessárias
em seus cursos e dificulta a concretização de parcerias com a sociedade, fundamentais para a constante melhora da Universidade.

O campus do Butantã, criado nos anos 50 e 60, enfrentou, em seus primórdios,
dificuldades muito maiores que as encontradas pela USP Leste. Cinquenta anos depois, esse campus – do Butantã – é um sucesso de plenitude na realização universitária e de presença no mundo.

A presença da USP tem contribuído, cada vez mais, para a mudança de perspectiva sobre as possibilidades de uma vida melhor para a população da Zona Leste de São Paulo, papel reconhecido pela comunidade da Zona Leste e por suas lideranças.

Quanto ao futuro da EACH, nossa meta é ser em 2034, ano do centenário da Universidade, uma das unidades mais produtivas da USP. A EACH continuará buscando uma maior produção em ensino, pesquisa, cultura e extensão, bem como a ampliação do contato com a comunidade da região. Podemos assegurar que a USP Leste continua sendo um projeto inovador, atual e merecedor de todo o crédito por parte da comunidade externa e da Universidade de São Paulo.

Prof. Dr. J Jorge Boueri F
Diretor
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo



Veja o edital do Jornal Estado de S.Paulo e a EACH. Em http://batsilio.blogspot.com/2010/04/jornal-estado-de-spaulo-e-each-mais-do.html


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Resposta do prof. Bouri ao blog do Luis Nassif

De Prof. Dr. J Jorge Boueri F

CCRI – Comissão de Comunicação e Relações Institucionais

Prezado Nassif,

Recentemente foi publicada em seu blog uma carta, assinada por um estudante da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – USP Leste), na qual eram apontadas falhas no funcionamento desta Escola. O texto suscitou uma centena de comentários dos leitores, boa parte deles com queixas referentes a outras unidades de ensino ou à universidade como um todo. Frente a isso, torna-se preciso esclarecer alguns pontos relativos à nossa unidade.

Inaugurada em 2005, a EACH é fruto de um avançado programa didático e de inovação na estrutura universitária, que já apresenta resultados palpáveis à sociedade. Somos a terceira maior unidade da USP em número de estudantes de graduação. A Pós-Graduação ainda está em implantação – as aulas de seu primeiro programa tiveram início esse ano -, mas dentro de poucos anos também deve se tornar uma das maiores da universidade. Trabalham na unidade 241 docentes e 156 funcionários técnico-administrativos, admitidos por concurso público.

As instalações da Escola estão entre as mais significativas da USP, com grande número de laboratórios didáticos e de pesquisa. Há planos de expansão, para atender às necessidades que surgem, e três novos prédios estão em fase de licitação.

A criação da EACH reconhece a longa e coesa luta da Zona Leste por melhores condições para a sua população. Hoje, a inserção na região é visível: a EACH apresentou em 2009 o maior número de Projetos de Extensão e Cultura na Universidade e conta com o maior Programa da Universidade Aberta à Terceira Idade da USP. Os estudantes e docentes da EACH cooperam com escolas públicas, indústrias e com o setor de saúde da região.


O campus do Butantã, criado nos anos 50 e 60, enfrentou, em seus primórdios, dificuldades muito maiores que as encontradas pela USP Leste. Cinquenta anos depois, esse campus – do Butantã – é reconhecido como um sucesso na realização universitária e de presença no mundo.

A EACH continuará buscando uma maior produção em ensino, pesquisa, cultura e extensão, bem como a ampliação do contato com a comunidade da região. Nossa meta é ser em 2034, ano do centenário da Universidade, uma das unidades mais produtivas da USP.

Aproveitamos para convidá-lo para uma visita ao nosso Campus, para que possa verificar que a USP Leste é um projeto inovador, atual e merecedor de todo o crédito por parte da sociedade. Seria um prazer apresentar nossas instalações, nosso corpo docente, e nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Prof. Dr. J Jorge Boueri F
Diretor
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo

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Obstetrícia
Carta da Coordenadora do Curso de Obstetrícia ao editor do Estadão (08/abril/2010)

Ao Estado de São Paulo
Em resposta a reportagem do dia 3 de abril de 2010, como coordenadora do curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP), reforço a informação que a USP mantém seu caráter inovador e é considerada uma formadora de profissionais altamente qualificados para inserção no mercado.
Nesse mesmo sentido, o curso de Obstetrícia mantém essa prerrogativa, formando profissionais capacitados para o atendimento à mulher, especialmente no período grávido-puerperal.

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN/SP) está judicialmente obrigado a registrar os profissionais formados pelo curso de graduação em Obstetrícia, dando-lhes o direito de trabalhar, já que a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem incorpora o profissional obstetriz (Art. 6, parágrafo II).

Ocorre que o próprio COREN/SP, desrespeitando ordens judiciais, vem dificultando a inserção desses profissionais no mercado, recomendando a não contratação dos mesmos nos serviços de Saúde e responsabilizando os responsáveis técnicos dos serviços de saúde quando desrespeitadas as recomendações do conselho. Essa atitude demonstra uma tentativa de reserva profissional de mercado, apesar da legislação favorável ao obstetriz.

A melhoria da assistência obstétrica, prerrogativa para a qual o curso de graduação em Obstetrícia da EACH/USP foi formado e com a qual corrobora, parece não ser o objetivo principal de outras entidades. Infelizmente, uma vez mais, a população se vê prejudicada, deixando de ter acesso a uma equipe de saúde composta por profissionais de alto nível, incluindo nesse contexto os obstetrizes, com o objetivo único de uma melhor assistência obstétrica.


Prof.ª Dr.ª Lucia Cristina Florentino P. da Silva
Coordenadora de Obstetrícia
Escola de Artes, Ciências e Humanidades
Universidade de São Paulo

Link para a matéria sobre o curso de Obstetricia no Estadão.
http://batsilio.blogspot.com/2010/02/sobre-each-no-orkut-usp.html


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Ainda há esperança. Que venham os futuros líderes deste país...

Jovens querem ser políticos

USP LESTE - EACH

Vídeo institucional da EACH parte 1.

Vídeo institucional da EACH parte 2.

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 1

Opiniões sobre o ciclo básico da EACH. 2